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segunda-feira, 11 de junho de 2012

RIO+20, CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Quinta da Boa Vista 2
Quinta da Boa Vista, local do evento (http://www.rio20.gov.br/)



Por que este nome: Rio+20?
 Porque foi a 20 anos atrás que foi realizada Eco92, também promovida pela ONU, na capital fluminense, para debater meios possíveis de desenvolvimento sem desrespeitar o meio ambiente. O evento rendeu a criação de vários documentos importantes - como a Agenda 21, a Carta da Terra e as Convenções do Clima e da Diversidade Biológica -, além de ter consagrado uma menina de - acredite! -, apenas, 12 anos. 

Trata-se da pequena canadense Severn Suzuki, fundadora do movimento Eco - Organização Ambiental das Crianças, que ficou marcada na história da Eco92 ao juntar dinheiro, junto com três amigos - Michelle QuiggVanessa Suttie eMorgan Geisler* - para viajar para o Brasil e falar para os mais importantes líderes do planeta, na época. Em um discurso pra lá de emocionante, a menina pediu aos adultos mais respeito pelo mundo que eles deixariam para ela e suas futuras gerações. 



Vinte anos depois, será realizado novamente no Rio de Janeiro a Rio+20 .
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 13 a 22 de junho de 2012, a qual deverá contribuir para a definição da agenda de discussões e ações sobre o meio ambiente nas próximas décadas .A Rio+20 terá como foco principal a economia verde e a erradicação da pobreza.
De 13 a 15 de junho, está prevista a 3ª Reunião do Comitê Preparatório, em que representantes governamentais discutirão os documentos que posteriormente serão convencionados na Conferência. Entre os dias 16 e 19 serão programados eventos com a sociedade civil. E de 20 a 22 ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos chefes de Estado e de governo dos países-membros das Nações Unidas.
Entretanto, apesar dos esforços do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, vários líderes mundiais estarão ausentes, incluindo o presidente americano Barack Obama. Do lado europeu, o presidente russo Vladimir Putin, o presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso e o primeiro-ministro espanhol Mariano Rajoy confirmaram presença. Nem a chanceler alemã Angela Merkel nem o primeiro ministro britânico David Cameron deverão participar. Para garantir a presença de países africanos e caribenhos, o Itamaraty, o Ministério da Defesa e a Embraer trarão as delegações de 10 deles.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Rio+20, Sha Zukang, disse que as ausências de importantes líderes mundiais - como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron - não vão enfraquecer a conferência.
Na política de blocos inerente às negociações da ONU, podemos observar até o momento dois grupos principais: União Europeia por um lado, e G77 com China, por outro. O G77 é um grupo muito heterogêneo de países do Sul, ou seja, os que eram antigamente chamados de “terceiro mundo”, ou “em desenvolvimento”. Em seu interior, há diversos sub-blocos – como o da ALBA, o grupo africano, grupo de Estados insulares e grupo árabe. Há também potências emergentes dos BRICS, como Brasil e Índia. Desta vez, G77 e China defendem alternativas. A União Européia tem posição  ultraconservadora nas reuniões da ONU.

O texto do G77+China propõe uma nova ordem econômica mundial, baseada nos princípios da equidade, soberania, interesses comuns, interdependência e cooperação entre os Estados. Também propõe uma nova arquitetura financeira internacional, por meio da reforma rápida e ambiciosa das instituições criadas pelos acordos de Bretton Woods (Banco Mundial e FMI), mudando suas estruturas de governo e enfrentando seu déficit democrático, com base numa plena e justa representação dos países do Sul. Requer a provisão de recursos financeiros e transferência tecnológica em favor destas nações, sem condicionalidades.
Propõe-se uma mudança nos padrões de produção e consumo, denunciando que os recursos naturais são limitados e que os países desenvolvidos os usaram excessivamente. A partir daí, reconhece-se a importância da água como direito humano e o princípio da segurança alimentar – e se reivindica um desenvolvimento sustentável com enfoque holístico e em harmonia com a natureza, segundo proposta do Estado Plurinacional da Bolívia. Esta reivindicação foi também incorporada ao Rascunho Zero oficial, cujo parágrafo 33 diz textualmente: “Somos conscientes de que o planeta Terra e seu ecossistema são nossa casa e que “Mãe Terra” é uma expressão comum a uma série de países e regiões. Estamos convencidos de que, para alcançar um equilíbrio justo entre o econômico, as necessidades sociais e o meio ambiente de gerações presentes e futuras, é necessário promover a harmonia com a natureza”.

Pelo panorama apresentado estão formados dois grupos com posicionamentos bem diferentes podemos até dizer, contraditórios. O G77+China buscando soluções coerentes e duráveis e a União Européia (e EUA ?) Mantendo uma posição ultraconservadora do modelo econômico vigente, que já deu  o que tinha de dar : crises econômicas mundias e cada vez mais desigualdades sociais e sem propostas coerentes com um futuro sustentável para a humanidade e seus herdeiros das gerações vindouras. O que está em questão é a sobrevivência da espécie humana, porque o planeta sabe se proteger muito bem e sempre consegue se renovar após cada catástrofe, com as novas espécies  que conseguiram sobreviver porque se adaptaram às novas situações ambientais.

Assista ao vídeo da apresentação de Suzuki na Eco92




Texto compilado tendo como referência os seguintes sites:

quarta-feira, 18 de abril de 2012

“Do meu lixo cuido eu” – uma lição de responsabilidade social















Este post foi a transcrição de uma conferência sobre o movimento social DO MEU LIXO CUIDO EU e, por achar interessante estou transcrevendo aqui.

"A reunião de abril trouxe Hugo Theófilo para conversar com os membros da ACEO.
Consciência ecológica. Foi esse o principal motivo que aproximou a Associação Cearense de Orquidófilos e Hugo Lucena Theophilo, que proferiu palestra na reunião mensal da ACEO, realizada sábado passado, na Casa de José de Alencar.
Hugo vem divulgando, no Ceará, o movimento “Do meu lixo cuido eu”, uma iniciativa que busca disseminar a prática de cuidar dos resíduos que produzimos em nossas casas, a partir de processos de compostagem, reutilização e preciclagem. Ele foi convidado pela presidente da ACEO, Vera Coelho, para levar essa ideia aos associados, uma vez que a questão principal envolvida no tema – o respeito à natureza – é uma pauta constante na entidade orquidófila cearense.
O movimento “Do meu lixo cuido eu” acredita que uma possibilidade para se minimizar o impacto da geração de resíduos nas cidades é trazer de volta o conhecimento de algumas gerações passadas, do tempo em que a coleta de lixo não passava na porta das casas e o hábito do descartável não era tão comum. Isso leva a pensar sobre um outro conceito de lixo:
1. Resíduos orgânicos não são lixo, são elementos com capacidade de voltar ao ciclo da vida, transformando-se em energia para os outros elementos;
2. Podemos chamar de lixo aquilo que perdeu essa capacidade, que saiu do ciclo da vida e entrou na cadeia da morte, principalmente pela ação humana. Os elementos plásticos são exemplo disso, pois não têm condições de reciclagem constante e, quando no ambiente, sua decomposição é poluente e lenta.
Todos os dias, toneladas de resíduos vindos de nossa alimentação são descartados, na maioria dos casos indo parar nos aterros sanitários. Restos de comida, cascas de frutas, embalagens, garrafas, latas, copos… a lista é longa. Quando olhamos para o caos que isso representa – o acúmulo de lixo nos aterros sanitários, as embalagens plásticas jogadas nas ruas e rios, o gasto da energia utilizada em materiais que só nos servem uma vez – não há como deixar de pensar que alguma coisa está errada.
“Do meu lixo cuido eu” procura resgatar a tradição de cuidar do lixo dentro de casa, utilizando a compostagem de orgânicos e outras técnicas simples. O processo pode ser feito em baldes plásticos (com tampa, para não atrair ratos e baratas), nos quais se colocam, por exemplo, folhas, cascas, sementes, bagaços, aparas de jardinagem, borras de café, chá etc. Com a decomposição natural, ao cabo de algum tempo, esse material irá transformar-se em excelente adubo para as plantas do jardim.
A ACEO chama a atenção para o fato de que essa espécie de adubo orgânico não é indicada para as orquídeas epífitas, podendo ser utilizada, porém, com excelentes resultados, na adubação de orquídeas terrestres. Conheça melhor o movimento “Do meu lixo cuido eu”, acessando o endereço: http://domeulixocuidoeu.wordpress.com"


Fonte: orquidófilos.com 

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER



A caminho da sexta grande extinção.

Pela primeira vez na história das espécies, o desaparecimento em massa de várias formas de vida na Terra não será resultado de eventos físicos, de perturbações nos ecossistemas derivadas de fenômenos de causa natural. Diferentemente das cinco grandes extinções que ocorreram nos últimos 420 milhões de anos, sendo a mais famosa a dos dinossauros 65 milhões de anos atrás, a sexta será essencialmente creditada na conta de um agente biológico: o homem.


"Somos o equivalente atual do meteoro que matou os dinossauros", comparou o paleontólogo e biólogo evolucionista Niles Eldredge, um dos curadores do Museu de História Natural de Nova York, em palestra realizada no dia 01/03, dentro do ciclo de eventos culturais organizados por Pesquisa FAPESP para a exposição Revolução Genômica. Com o falecido paleontólogo e biólogo evolucionista Stephen Jay Gould, Eldredge formulou a teoria do equilíbrio pontuado, segundo a qual a evolução das espécies não se dá forma constante, mas alternando longos períodos de poucas mudanças com rápidos saltos transformativos.

Transformações foram, aliás, o tema central de sua palestra. Desde o surgimento dos primeiros humanos modernos na África há cerca de 100 mil anos, o Homo sapiens se espalha por todos os continentes e altera a paisagem do planeta como nunca se viu e numa rapidez sem precedentes. Explora em excesso as espécies da natureza, polui o ambiente, desorganiza os biomas ao introduzir formas de vida de um ecossistema em outro e sua população não pára de crescer, aumentado ainda mais a pressão sobre os recursos globais.

"Ninguém quer destruir o planeta, mas estamos destruindo-o rapidamente", afirmou Eldredge, curador da exposição Darwin, hoje em cartaz no Rio de Janeiro depois de ter sido exibida em São Paulo. Segundo o pesquisador, a sexta extinção - um tema, sem dúvida, sujeito a controvérsias - entrou em sua segunda fase há 10 mil anos, quando o homem, após ter fincado pé nos principais pontos do globo, inventou a agricultura, tornou-se sedentário e mudou drasticamente sua relação com os biomas.

Em vez de ser apenas um caçador-coletor, dependente do que a natureza lhe oferecia, o homem começou a plantar os alimentos de que necessitava. "Saímos dos ecossistemas locais e passamos a não depender deles para comer", disse Eldredge. "Começamos a produzir nosso alimento. Não comemos mais frutas das árvores." Um dos principais efeitos do sucesso desse modelo é o aumento da população do planeta. Hoje há mais de 6 bilhões de pessoas na Terra. Mas quantos indivíduos o planeta pode suportar? "Depende do padrão de vida que escolhermos", afirmou o paleontólogo.

"Se pensarmos num padrão de classe média, mais ou menos confortável, acho que a Terra tem condições de suportar apenas 2 bilhões de pessoas." O maior aspecto negativo da supremacia do Homo sapiens como espécie dominante na Terra é a crise atual da biodiversidade, que, de acordo com algumas estimativas, pode estar levando ao desaparecimento de 30 mil espécies por ano - e à sexta grande extinção, da qual nossa espécie talvez não escape, segundo Eldredge. Mas extinções não fazem parte da história evolutiva, pode-se contra-argumentar? É verdade.

O sumiço de algumas espécies abre caminho para o surgimento ou a ascensão de outras. Os mamíferos sempre viveram na sombra dos dinossauros - ambos os grupos de animais surgiram mais ou menos ao mesmo tempo - e só passaram a ocupar lugar de destaque no planeta com o desaparecimento dos grandes répteis. Mas também é verdade, como lembrou o paleontólogo, que as extinções em massa somente terminam quando a causa central delas desaparece.

No caso da sexta extinção, o fator primordial que a impulsiona seria o próprio homem. Logo ... Mas não se deve pensar que tudo está perdido, como fez questão de lembrar o próprio pesquisador. "O primeiro passo para resolver o problema é reconhecê-lo", salientou. "Ninguém está desistindo e há motivos para esperanças."

O paleontólogo defende a conservação dos biomas e a estabilização da população do mundo. "Precisamos tratar o vizinho como se nossa vida dependesse dele", afirmou. No entanto, ele reconheceu que o eventual desaparecimento do Homo sapiens não deverá representar literalmente o fim do mundo. Alguma forma de vida, como sempre, escaparia à hipotética sexta extinção em massa. 

Fonte: http://www.jureia.com.br

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Água engarrafada x ecologia


As águas turvas da Nestlé, Carla Klein


Há alguns anos a Nestlé vem utilizando os poços de água mineral de São Lourenço para fabricar água marca PureLife. Diversas organizações da cidade vêm combatendo a prática, por muitas razões.


As águas minerais, de propriedades medicinais, e baixo custo, eram um eficiente e barato tratamento médico para diversas doenças, que entrou em desuso, a partir dos anos 50, pela maciça campanha dos laboratórios farmacêuticos para vender suas fórmulas químicas através dos médicos. Mas o poder dessas águas permanece. Médicos da região, por exemplo, curam a anemia das crianças de baixa renda apenas com água ferruginosa.


Para fabricar a PureLife, a Nestlé, sem estudos sérios de riscos à saúde,desmineraliza a água e acrescenta sais minerais de sua patente.


A desmineralização de água é proibida pela Constituição.


Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta sais minerais para fechar a reação.


Em outras palavras, a PureLife é uma água química.


A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de o estar esgotando por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental, expondo a saúde da população a riscos desconhecidos. O ritmo de bombeamentoda Nestlé está acima do permitido.


Troca de dutos, pra extração mais profunda, na presença de fiscais é rotina. O terreno do Parque das Águas de São Lourenço está afundando devido ao comprometimento dos lençóis subterrâneos. A extração em níveis além do aceito está comprometendo os poços minerais, cujas águas têm um lento processo de formação, está ficando cada vez mais lento.


Dois poços já secaram. Toda a região do sul de Minas está sendo afetada, inclusive estâncias minerais de outras localidades.


Durante anos a Nestlé vinha operando, sem licença estadual. E finalmente obteve essa licença no início de 2004.


Um dos brasileiros atuantes no movimento de defesa das águas de São Lourenço, Franklin Frederick, após anos de tentativas frustradas junto ao governo e imprensa para combater o problema, conseguiu apoio, na Suíça, para interpelar a empresa criminosa. A Igreja Reformista, a Igreja Católica, Grupos Socialistas e a ong verde ATTAC uniram esforços contra a Nestlé, que já havia tentado a mesma prática na Suíça.
 
Em janeiro deste ano, graças ao apoio desses grupos, Franklin conseguiu interpelar pessoalmente, e em público, o presidente mundial do Grupo Nestlé. Este, irritado, respondeu que mandaria fechar imediatamente a fábrica da Nestlé em São Lourenço.




No dia seguinte, o governo de Minas (PSDB), baixou portaria que regulamentava a atividade da Nestlé. Ao invés de multas, uma autorização, mesmo ferindo a legislação federal. Sem aproveitar o apoio internacional para o caso, apoiou uma corporação privada de histórico duvidoso. Se a grande imprensa brasileira, misteriosa e sistematicamente vem ignorando o caso, o mesmo não ocorre na Europa, onde o assunto foi publicado em jornais de vários países, além de duas matérias de meia hora na televisão.


Em uma dessas matérias, o vereador Cássio Mendes, do PT de São Lourenço, envolvido na batalha contra a criminosa Nestlé, reclama que sofreu pressões do Governo Federal (PT), para calar a boca.


Teria sido avisado de que o pessoal da Nestlé apóia o Programa Fome Zero e não está gostando do barulho em São Lourenço. Diga-se também que a relação espúria da Nestlé com o Fome Zero é outro caso sinistro.


A empresa, como estratégia de marketing, incentiva os consumidores a comprar seus produtos, alegando que reverte lucros para o Fome Zero. E qual é a real participação da Nestlé no programa? A contratação de agentes e, parece, também fornecendo o treinamento. Sim, a famosa Nestlé, que tem sido há décadas alvo internacional de denúncias de propaganda mentirosa, enganando mães pobres e educadores para a substituição de leite materno por produtos Nestlé, em um dos maiores crimes contra a humanidade.


A vendedora de leites e papinhas "substitutos" estaria envolvida com o treinamento dos agentes brasileiros do Fome Zero, recolhendo informações e gerando lucros e publicidade nas duas pontas do programa: compradores desejosos de colaborar e famintos carentes de comida e informação. Mais preocupante: o Governo Federal anuncia que irá alterar a legislação, permitindo a desmineralização "parcial" das águas. O que é isso? Como será regulamentado?


Se a Nestlé vinha bombeando água além do permitido e a fiscalização nada fez, como irão fiscalizar a tal desmineralização "parcial"? Além do que, "parcial" ou "integral", a desmineralização é combatida por cientistas e pesquisadores de todo o mundo. E por que alterar a legislação em um item que apenas interessa à Nestlé? O que nós cidadãos ganhamos com isso?


Sabemos que outras empresas, como a Coca-Cola, estão no mesmo caminho da Nestlé, adquirindo terrenos em importantes áreas de fontes de água.


É para essas empresas que o governo governa?


Fonte: http://caroldaemon.blogspot.com/2010/07/nestle-mata-agua-mineral-em-sao.html

quinta-feira, 9 de junho de 2011

DESMATAMENTO DIMINUIU MUITO POUCO









Estudo da FAO aponta queda de 25% na destruição das florestas na última década
O Estado das Florestas na Bacia Amazônia, Bacia do Congo e no Sudeste da Ásia – estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) para ser apresentado nessa semana na cúpula de Brazzaville aponta que porcentagem de destruição das três maiores florestas tropicais do mundo – Amazônia, do Congo e Borneo-Mekong – caiu 25% na última década.

O estudo indica que a área desmatada nas florestas das três regiões, que juntas somam 1.3 bilhões de hectares e abrigam 33% das florestas do planeta, foi de 5.4 milhões de hectares por ano entre 2000 e 2010, um quarto a menos que os 7.1 milhões da década anterior.  A Bacia Amazônica sofreu a maior perda: cerca de 3.6 milhões de hectares por ano entre 2000 e 2010. Segundo o estudo, apesar da queda, as taxas de desmatamento continuam extremamente altas em alguns países.


Ainda conforme a pesquisa, a Bacia Amazônica contém o maior percentual de floresta primária (80%), ou seja de floresta original que não sofreu impacto pela ação do homem, porém também é a que mais perde áreas de floresta.


Além disso, as três florestas juntas são responsáveis pelo estoque de 42% de todo o estoque de carbono em florestas do mundo, porém esse estoque sofreu uma redução de 1.2 gigatoneladas de carbono no período de 2000 a 2010, devido principalmente a redução da área de floresta. 


fonte: http://www.wwf.org.br/?28842/No-Congo-paises-afirmam-interesse-em-cooperacao-para-conservacao-das-florestas-tropicais

segunda-feira, 6 de junho de 2011

LIÇÕES DO TERREMOTO



JAPÃO QUER SUBSTITUIR SUAS ATUAIS FONTES DE ENERGIA POR ALTERNATIVAS RENOVÁVEIS

O Japão quer tomar o caminho das energias renováveis. Na cúpula do G8, na França, o primeiro-ministro japonês Naoto Kan deve anunciar o ‘Sunrise Plan’, um programa que exige que todas as novas construções, residenciais ou comerciais, tenham painéis solares em sua estrutura. A intenção é ter até 2030, 10 milhões de casas abastecidas por energia solar.

O país busca alternativas para as usinas nucleares, que atualmente são responsáveis por um terço da geração de energia. Com o novo plano, o Japão pretende que em 10 anos, 20% de sua matriz energética seja em fontes renováveis.

Nos anos 80, a nação era líder mundial em produção de energia solar, mas acabou sendo passado para trás por potências europeias. Kan quer incentivar as empresas japonesas a pensarem em inovação energética e alcançar o resto do mundo.

Outras iniciativas procuram a implantação de fontes alternativas de geração de energia. Essa semana a gigante de telecomunicações Softbank anunciou a construção de 10 usinas solares. Já o programa do governo federal ‘School New Deal’ instalou painéis solares em 1200 escolas. O objetivo é alcançar 12 mil instituições.


Fonte: http://www.asboasnovas.com

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Enfim, algo para celebrar: Desflorestamento na Mata Atlântica diminui 55%




Em homenagem ao Dia da Mata Atlântica, comemorado hoje, 27 de maio, a Fundação SOS Mata Atlântica e o Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais divulgaram uma ótima notícia: a queda de 55% na média anual de desflorestamento da Mata Atlântica, com relação ao último levantamento realizado no bioma, em 2008. 

O dado faz parte do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica 2008-2010 - lançado pelas duas organizações - que analisa a situação do bioma, nos últimos dois anos, em 16 dos 17 Estados brasileiros que abrigam a Mata Atlântica - apenas o Piauí ficou de fora do levantamento, por falta de critérios que permitissem identificar os limites do bioma na região. 


Segundo o Atlas, em todos os Estados analisados, houve queda na média anual de desflorestamento da Mata Atlântica, sendo que os mais bem colocados do ranking foram Paraíba e Rio Grande do Norte, onde a taxa de destruição do bioma nos últimos dois anos foi de 0%. 

Já o Estado que se saiu pior na conservação da Mata Atlântica, entre 2008 e 2010, foi Minas Gerais, que desflorestou 124,67 km², seguido da Bahia, com 77,25 km² de bioma destruídos - sendo que as matas secas foram as mais afetadas nas duas regiões. Ainda assim, houve queda de 43% e 52%, respectivamente, nas médias anuais de desflorestamento dos dois Estados. 

TAMBÉM UM ALERTA "Se levarmos em conta que há 25 anos, quando surgiu a Fundação SOS Mata Atlântica, desmatava-se áreas equivalentes a um campo de futebol, a cada quatro minutos, nesse bioma, os resultados apresentados merecem grande comemoração, mas é preciso atentar para os detalhes dessa publicação", disse Mário Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação, que destacou, ainda, os Estados que mais desmataram, nos 25 anos de trabalho da Fundação SOS Mata Atlântica - que já produziu seis edições do Atlas de Remanescentes Florestais do bioma: Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. 

O primeiro foi eleito, por duas vezes, campeão de desflorestamento no bioma, além de ter ficado, por três vezes, em segundo lugar no ranking dos Estados que mais destruíram a Mata Atlântica. 


Enquanto que Santa Catarina e Paraná ocupam, hoje, o terceiro e quarto lugar, respectivamente, no ranking dos desflorestadores do bioma e, juntos, são responsáveis por cerca de 50% de toda a região de Mata Atlântica desmatada nos últimos 25 anos. 

"O que esses três Estados têm em comum? Eles desrespeitaram a legislação ambiental vigente. Em Minas Gerais, por exemplo, houve grande desflorestamento, com permissão do governo, para cultivo de carvão vegetal, usado na produção de ferro gusa e, no Paraná, as áreas de araucária não eram consideradas, pelo Estado, parte da Mata Atlântica até o ano passado", contou Mantovani, que ainda questionou: 


"Se essas atitudes foram tomadas antes da aprovação da emenda 164, quando o Estado ainda não tinha legitimidade para tomar esse tipo de decisão, imagina o que eles não farão caso aprovem o novo Código Florestal como ele está hoje, com esta emenda, que estende aos Estados a decisão sobre a consolidação das APPs - Áreas de Preservação Permanente. E mais: imagina o que será dos outros biomas, que não têm leis específicas para protegê-los?". 

Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento da Fundação, além de coordenadora do Atlas, concorda com Mantovani e acredita que essa publicação pode ser uma ferramenta poderosa para constatar as consequências negativas do novo Código Florestal na Mata Atlântica, caso o projeto de Rebelo seja mesmo aprovado. 


"Esses dados são super-recentes e, por isso, os considero um marco zero para medir os resultados da possível flexibilização do Código Florestal, mas claro, torço para que isso não aconteça e acredito que ainda seja possível reverter toda essa situação. 

 As nascentes e beiras de rios prestam serviços ambientais importantíssimos para o contexto regional e, também, para o próprio produtor e, por isso, a proteção sobre elas deve ser aumentada e não o contrário, como propõe esse projeto que está no Congresso", salientou Hirota.


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/mata-atlantica-desflorestamento-conservacao-codigo-florestal-628955.shtml

Nota: que bom que minha querida Paraiba está conscientizada neste item ecológco, não é a toa que João Pessoa é chamada cidade verde! Celebremos, parabens paraibanos!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Chegam ao mercado produtos descartáveis compostáveis para festas


A linha completa contempla Copos e Pratos, produzidos a base de bagaço de cana; e copos, pratos e talheres, produzidos a base de amido de milho. (Foto: Grupo Pão de Açúcar)
A fabricante de produtos para festas Regina desenvolveu a nova linha Green Line, com produtos descartáveis, compostáveis e fabricados a partir de fontes renováveis. Os produtos produzidos com essa tecnologia são pioneiros no Brasil e chegam neste mês com exclusividade em algumas lojas do Extra e do Pão de Açúcar.
Os produtos compostáveis não agridem o meio ambiente, pois são produzidos do bagaço de cana e amido de milho e, depois de utilizados, podem ser descartados no lixo orgânico, pois irão se decompor em contato com o solo. Os descartáveis compostáveis reduzem o acúmulo de resíduos sólidos na natureza, pois se decompõe em até 180 dias, sem liberação de resíduos tóxicos, e impedem que se acumulem em aterros sanitários.
As lojas do Extra e do Pão de Açúcar trazem a linha completa, que contempla copos e pratos produzidos à base de bagaço de cana; e copos, pratos e talheres, produzidos à base de amido de milho. A novidade pode ser conferida, a princípio, em dez lojas do grupo e trinta lojas do Extra. As informações são da Associação Paulista de Supermercados.
Fonte:  http://ciclovivo.com.br/noticia.php/2276/chega_ao_mercado_produtos_descartaveis_compostaveis_para_festas/

quinta-feira, 17 de março de 2011

A expansão do progresso e a segurança da vida no planeta Terra



A tragédia do japão está deixando os demais paises que usam a energia nuclear, preocupados e buscando fazer revisão na segurança de suas usinas. Entretanto, a recente tragédia que está causando tanto sofrimento e perdas e que, aliás, apenas começou a apresentar a extensão de suas consequências, está mostrando de forma cabal que não existe segurança com relação às imprevistas manifestações da natureza e que o mais seguros é não usar a energia nuclear por ser um tipo de energia que se escapa do controle frágil da criação humana, traz sempre consequências que fazem repensar o seu custo/benefício. 

Se traz algumas soluções para as necessidades expansivas no setor de energia, como tudo foi projetado levando muito pouco em consideração o valor intrínseco da preservação da vida  no planeta, incluindo a espécie humana, trouxe neste momento uma tragédia de proporções que ainda não podem ser calculadas.

Será que a dor e o sofrimento, um dia farão esta sociedade dita civilizada, as pessoas em geral e seus governantes em particular, mudarem seus valores e a escolha de suas prioridades?
Pelo visto, Hiroshima e Nagasaki não nos proporcionaram as lições que precisamos aprender.

A bem da preservação da vida como ela existe no planeta, atualmente, esperamos que estas lições de sofrimento e dor finalmente deem seus frutos. Apelamos, contudo, para a misericórdia e compaixão divinas para que toque com sua luz a mente e o coração dos seres humanos para faze-los acordar e perceber quais são os verdadeiros valores que precisam preservar e expandir. Amém.


Rosa de Hiroshima
(Vinícius de Moraes e Gerson Conrad)
::
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada.

 

terça-feira, 15 de março de 2011

A Sobrevivência da espécie humana é nossa responsabilidade


O Planeta Terra funciona como um ecossistema, então, defender um ambientalismo superficial que busca apenas o controle e a administração mais eficiente do meio ambiente natural em benefício do homem, se possível gerando muito lucro, por si só, não é o caminho apropriado para estabelecer as mudanças necessárias para a preservação da vida da espécie humana; sua continuidade requer mudanças radicais na percepção do seu papel no ecossistema planetário.
De acordo com esta visão da questão ambiental, pode ser dada aos homens a responsabilidade com relação ao desequilíbrio ora existente no ecossistema, uma vez que são os únicos seres conscientes e que agem de forma deliberada, por isso, possuem a possibilidade de alterar seu comportamento mudando atitudes e valores a fim de reconquistar a consciência ecológica perdida (Kung, H., 1993)
O planeta Terra de acordo com visão de Arne Naess, é um ser vivo e como tal tem condiçoes de restabelecer seu equilíbrio, sua homeostase mesmo que para isso desencadeie catástrofes ambientais como erupções vulcânicas, terremotos, maremotos, precipitações pluviométricas acima do nível esperado provocando inundações e desastres para as comunidades. Entretanto se o ser humano não despertar para esta questão, assumindo sua responsabilidade como provocador dos desastres dificilmente sobreviverá como espécie aos demandos perpetrados ao planeta em que habita.
É preciso, despertar desta letargia e partir para uma ação efetiva enquanto ainda é tempo. (será que ainda há tempo?)
Fonte: Projeto Naureza Viva - Josélia Barbosa de Oliveira e Maria do Carmo Araújo Pereira

quinta-feira, 10 de março de 2011

Generosidade



A nossa querida mãe Terra é insultada e oferece suas flores como resposta. (Tagore)
Mas.... Cuidado..... No mundo da manifestação tudo tem seus limites, só Deus é infinito em todas as suas virtudes.

Esta foi nossa primeira postagem, em 10/03/2011 no blogue "Agharta Ecológica" que foi desativado e seu conteúdo transferido para o blogue Projeto Agharta.