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domingo, 30 de outubro de 2016

O CONCEITO DE MAYA

Crédito da foto
http://www.vedanta.org.br/multimidia?lightbox=dataItem-iuck9ebo

A Vedanta declara que nossa natureza real é divina: pura, perfeita, eternamente livre. Não temos que nos tornar Brahman, nós somos Brahman. Nosso verdadeiro Ser, o Atman, é um com Brahman. Mas, se nossa natureza real é divina, por que, então, estamos tão incrivelmente inconscientes disso?

A resposta para essa pergunta está no conceito de maya, ou ignorância. Maya é o véu que encobre nossa natureza real e a natureza real do mundo à nossa volta. Maya é fundamentalmente insondável: não sabemos por que ela existe e não sabemos quando ela começou. O que realmente sabemos é que, como qualquer forma de ignorância, maya deixa de existir com o raiar do conhecimento, o conhecimento da nossa natureza divina.

Brahman é a verdade real da nossa existência: em Brahman, vivemos, movemo-nos e existimos. “Tudo isto é verdadeiramente Brahman”, declaram os Upanishads – as escrituras que compõem a filosofia Vedanta. O mundo mutável que vemos à nossa volta pode ser comparado às imagens que se movem na tela do cinema: sem a tela imutável por trás, não pode haver filme. Da mesma forma, por trás deste mundo mutável, é o imutável Brahman – o substrato da existência – quem dá ao mundo sua realidade.

Porém, para nós, essa realidade é condicionada, como um espelho deformado, por tempo, espaço e causalidade – a lei de causa e efeito. Além disso, nossa visão da realidade ainda é obscurecida pela identificação equivocada: nós nos identificamos com o corpo, a mente e o ego, em vez de nos identificarmos com o Atman, o Ser divino.

Essa percepção equivocada original cria mais ignorância e dor, num efeito dominó: ao nos identificarmos com o corpo e a mente, tememos a doença, a velhice e a morte; ao nos identificarmos com o ego, sofremos de raiva, ódio e centenas de outros tormentos. Ainda assim, nada disso afeta nossa natureza real, o Atman.

Maya pode ser comparada às nuvens que encobrem o sol: o sol permanece no céu, porém a nuvem densa nos impede de vê-lo. Quando as nuvens se dispersam, tornamo-nos conscientes de que o sol lá esteve o tempo todo. Nossas nuvens – maya, que surge como egoísmo, ódio, ganância, luxúria, raiva, ambição – são sopradas para longe quando meditamos sobre nossa natureza verdadeira, quando nos ocupamos de ações altruístas e quando agimos e pensamos consistentemente nas formas de manifestarmos nossa real natureza: isto é, por meio de veracidade, pureza, contentamento, autocontrole e paciência. Essa purificação mental afasta as nuvens de maya e deixa nossa natureza divina brilhar.

Shankara, o grande sábio-filósofo da Índia do século sétimo, usava o exemplo da corda e da cobra para ilustrar o conceito de maya. Andando por uma rua escura, um homem vê uma cobra; seu coração bate mais forte, sua pulsação acelera. Examinando mais de perto, a “cobra” vem a ser um pedaço de corda enrolada. Uma vez que a ilusão se desfaz, a cobra desaparece para sempre.

Assim, andando pela rua escura da ignorância, vemos a nós mesmos como criaturas mortais, e, à nossa volta, o universo do nome e da forma, o universo condicionado por tempo, espaço e causalidade. Ficamos cientes de nossas limitações, escravidão e sofrimento. “Examinando mais de perto”, tanto a criatura mortal quanto o universo não são outra coisa senão Brahman. Uma vez que a ilusão se desfaz, nossa mortalidade e também o universo desaparecem para sempre. Vemos Brahman existindo em todo lugar e em todas as coisas.

Fonte: http://www.vedanta.org.br/vedanta

sábado, 16 de julho de 2016

Entre estar acordado e estar dormindo: Robert Adams e o caminho para a liberdade


É uma apologia à meditação e à auto-investigação, à auto-percepção e à intensidade da observação da vida, usando termos e situações do dia-a-dia, diferentes de grandes retiros ou outras práticas: observar o espaço entre estar dormindo e o estar acordado pode ser o início de um mergulho fundamental para a descoberta de si mesmo, segundo o autor americano da tradição indiana do Vedanta Robert Adams (1928-1997), autor de “Silence of the Heart” e “All Is Well”. 

Ou, nos termos dele, pode lhe colocar no caminho para que “a consciência venha até você“. Ele menciona condições, como fazer todo dia, mas o principal talvez seja mesmo a repetitiva importância que ele dá a movimentos como “perceber”, “perguntar-se”, “descobrir” e “investigar”. Como está no texto abaixo, traduzido do satsang “Good For Nothing Man” (na íntegra, em inglês, neste link).

TEXTO COMPLETO EM....

OS TRÊS GUNAS - ROBERT ADAMS

 
"Existe uma coisa que vocês precisam sempre estar cientes, é a correta identificação. Estejam cientes que a natureza verdadeira de cada um de vocês é pura Consciência. Pura e inalterável Consciência. Não se vejam como corpos. Sei que existem infinitas razões para sentirem a identificação com seus corpos. Podem sentir medo, dor, stress, conflitos emocionais ou o que seja, mas aprendam a saltar sobre o reino aparente da matéria e realize que você é pura Consciência, a absoluta realidade.

TEXTO COMPLETO AQUI...

terça-feira, 27 de março de 2012

PRECISAMOS DE UMA RELIGIÃO UNIVERSAL ?






Estou publicando novamente este post que integrava anteriormente uma página porque estou reformulando e diminuindo o número de páginas deste blog.
Swami Vivekananda foi um monge, iogue e filósofo hindu. Principal discípulo de Ramakrishna, Vivekananda é considerado um dos mais célebres e influentes líderes espirituais do hinduísmo moderno, sobretudo da filosofia Vedanta (onde foi pioneiro no Ocidente), e inspirador do movimento do espiritualismo universalista.

Ele escreveu o livro:  "O que é religião - O ideal de uma religião universal", de Swami Vivekananda (Ed. Lótus do Saber)Se desejar ler um trecho do livro, que li e achei bastante elucidativo para o momento espiritual que vivemos, clique aqui.

A ILUMINAÇÃO NATURAL DE RAMANA MAHARSHI



Hoje, pesquisando sobre Vedanta, li um resumo da biografia de Ramana Maharshi. Fiquei impressionada com a forma espontânea como sua iluminação  ocorreu. Quem tiver interesse no tema, gostará de ler todo o post no site :http://www.sophia.bem-vindo.net=Vedanta

São posicionamentos como este, contido no livro :  "O Retorno à Origem" de Lex Hixon  que definem palidamente quem foi Ramana:


"Entretanto, a transcendência da mente ou ego não pode ser empreendida direta ou deliberadamente, pois isso tornaria a envolver imediatamente o ego, o que é, como Ramana costumava dizer brincando, como o ladrão que age como um policial para prender a si mesmo. Em vez de combater o ego mundano com um ego espiritual mais intenso, Ramana nos aconselha a arrasar o ego ignorando-o. 


Arrasa-se o ego percebendo seu vazio intrínseco, sua natureza meramente reflexiva. O luar nada mais é do que a luz do sol refletida, e nesse sentido não existe luar. Assim ensina Ramana: Ao invés de se pôr a dizer que existe uma mente ou um ego e que quer matá-lo, é preciso começar a buscar sua origem e descobrir que ela não existe em absoluto... 


Quando a mente investiga incessantemente sua própria natureza, ela aprende que não existe a mente. Este é o caminho direto para todo mundo... o fato é que a mente é somente um feixe de pensamentos... Descubra sua origem e agarre-se a ela. A mente irá desaparecer por sua livre vontade. 


Desse modo o praticante do vichara caminha, lenta e persistentemente, na direção da miragem do ego isolado, que inicialmente parece recuar intacto, e depois simplesmente desaparece. Voltarmo-nos para a Origem do Eu Sou dissolve, gradual e naturalmente, a miragem das distrações, habilitando-nos a perceber o fluxo interminável e revigorante da consciência primordial."