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quarta-feira, 8 de abril de 2015

O OLHAR INTEGRAL

Mestres Ascensionados 20120604 KRYON – A RECALIBRAÇÃO DA LUZ E DAS TREVAS
 
"No coração da sombra existe a luz. E no coração da luz existe a sombra. 
A experiência do ser é a experiência do círculo que mantém os dois juntos.
O momento de repouso que fazemos é semelhante à nossa respiração. 
O inspirar e o expirar é uma não-dualidade. Se só inspiramos, sufocamos, se só expiramos, morremos. 

 O sopro contem a inspiração e a expiração e o que é verdadeiro em nossa vida fisiológica é também verdadeiro em nossa vida psicológica.

Tornar-se adulto é passar da idade dos contrários para a idade do complementar, para um outro modo de olhar as coisas. Se alguém diz algo contrário ao que penso e sou capaz de entender esse contrário como complementar, vou crescer em consciência e em compreensão. Se em vez de rejeitar ou negar alguns elementos de minha vida obscura, sou capaz de acolhê-los, torna-me-ei mais inteiro.

A sombra é o que dá relevo à luz. 

Quando amamos alguém, um dos sinais de amor verdadeiro é que amamos os seus defeitos. É fácil amar os defeitos de nossos filhos. É difícil amar os 
defeitos dos adultos ou de nossos cônjuges. 

Esse amor de que falamos não significa complacência, não é dizer ao outro que me agrada o que ele tem de desagradável, pois isso seria mentira e hipocrisia. 
O amor de que falamos é dar ao outro o direito de ser diferente. É dar a 
ele o direito de experimentar sua liberdade. De experimentar em mim mesmo esta capacidade de amar o que é amável e de amar, também, o que não é amável. Dessa maneira passaremos, de uma vida submissa para uma vida escolhida. 
Nossa vida vale pelo olhar que é posto nela. Os olhares de juiz nos enchem de culpa. Há olhares benevolentes, misericordiosos e ao mesmo tempo, justos. Precisamos desses olhares porque todos nós temos necessidade de verdade e de sermos amados. Por vezes, os olhares que encontramos são muito amorosos, muito doces, mas falta a eles a exigência desta verdade. 

Outras vezes, os olhares que se colocam sobre nós são plenos de verdade e justiça, mas falta a eles a misericórdia e o amor.
Há um olhar integral do qual temos necessidade a fim de nos vermos tal e qual somos. Porque a verdade sem amor é inquisição e o amor sem verdade é permissividade.

Estas são reflexões gerais e cada um pode entrar 
em particularidades que 
lhes são próprias, sentindo se existe em sua vida alguém que pode suportar sua sombra sem julgá-la, apesar de não se mostrar complacente com ela. 
Creio que todos nós temos a necessidade, pelo menos uma vez em nossas vidas, de um tal olhar pousado sobre nós. 

Nesse momento não teremos mais necessidade de mentir, de nos iludirmos, de usarmos máscaras. 
Podemos mostrar nossa verdadeira face, nosso verdadeiro corpo, com seus desejos e seus medos. 
Podemos mostrar nossa verdadeira inteligência com seus conhecimentos e suas ignorâncias. 

Mostrar-se com o coração verdadeiro, capaz de muita ternura e também capaz de dureza e indiferença. Mostrar-se como não-perfeito, mas aperfeiçoável. 
Sob este olhar nossa vida pode crescer. Porque o olhar que nos julga e nos 
aprisiona em uma imagem faz-nos ficar parados, enquanto que o outro olhar nos impulsiona a dar um passo adiante desta imagem que os outros têm 
de nós."
Jean Yves Leloup em Além da Luz e da Sombra

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O MEDO DE MUDANÇAS

http://stelalecocq.blogspot.com.br


Muitos têm medo de mudanças, mesmo que esta mudança as abra a uma existência melhor e mais feliz.  O abandono dos antigos hábitos, a perda do conhecido, cria em algumas pessoas um clima intolerável de insegurança.  Não há realmente segurança senão no previsível, mesmo que isto signifique infelicidade e sofrimento.

O desejo de segurança é muito pronunciado nos psicóticos.  Em sua infância lhes foi ensinado que toda mudança é uma ameaça.  A separação da mãe ou do ambiente familiar foi-lhes apresentado como o equivalente da morte e do caos.  Esta noção vai criar, nestas pessoas, um medo de toda e qualquer mudança.

Muita segurança impede a evolução da pessoa, mas muita liberdade vai causar também muita angústia.  A criança não sabe mais quais são seus limites.  Portanto, o medo de não ser como os outros vai gerar um outro medo: o medo de conhecer-se a si mesmo.

FONTE:http://www.jeanyvesleloup.com/br/texte.php?type_txt=0&ref_txt=66

sexta-feira, 4 de março de 2011

NOSSA VIDA VALE PELO OLHAR QUE É POSTO NELA

Imagem Google

.. Os olhares de juiz nos enchem de culpa. Há olhares benevolentes, misericordiosos e ao mesmo tempo, justos. Precisamos desses olhares porque todos nós temos necessidade de verdade e de sermos amados. Por vezes, os olhares que encontramos são muito amorosos, muito doces, mas falta a eles a exigência desta verdade. 

Outras vezes, os olhares que se colocam sobre nós são plenos de verdade e justiça, mas falta a eles a misericórdia e o amor. ... Há um olhar integral do qual temos necessidade a fim de nos vermos tal e qual somos. Porque a verdade sem amor é inquisição e o amor sem verdade é permissividade. 

Trecho de: Além da luz e da sombra. in: http://www.jeanyvesleloup.com.br

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

A PAZ


"...Em resumo, o principal obstáculo à paz, o maior dos demônios é a nossa própria mente, este reservatório de emoções passadas, que se derrama sem parar sobre o presente; este “pacote de memórias” que denominamos ego, ou eu.  Quem sofre ou é infeliz é sempre o eu e nossa identificação com o que não somos realmente.

     Que só o presente existe é um segredo bem guardado; o que era, não é mais; o que será, ainda não é; se vivermos eternamente em nossos arrependimentos e projetos, teremos que sofrer e passaremos ao largo do “segredo”... “Ora ao teu Pai que está aí, dentro do segredo”, na presença do que é presente.  São palavras do Evangelho e também palavras de cura...

      A morte não existe ainda, ela não é.  Só permanece este “Eu Sou”, que existe desde sempre e para sempre.  Não podemos ir para outro lugar, senão onde estamos; e onde nos encontramos aqui já estamos.  Por que procurar, em outra parte, a vida e a paz que nós somos, se a paz é nossa verdadeira natureza, não está por fazer?

  Trata-se, primeiramente, de conferir menos importância àquilo que nos “impede” de estar em paz; depois, não lhe dar importância alguma, se quisermos; e isto significa aderir, instante após instante, ao que é, com um espírito silencioso, uma mente serena, ou melhor, não identificados com as memórias e com as emoções que essas memórias provocam.


     Lembrar-se de que nossa verdadeira natureza está em paz é uma forma universal de oração.  Essa rememoração de nosso ser verdadeiro encontra-se, efetivamente, na base das práticas de meditação de várias culturas ou religiões (dhikr – prática islâmica; japa – modalidade de ioga; hesicasmo – seita antiga de místicos cristãos orientais, etc.).

           Temos medo de que?  De perdermos a cabeça, perdermos a alma, de não  sermos o que nossas memórias nos dizem que somos, não sermos coisa alguma do que pensamos ser?  Perdem-se as ilusões, os pensamentos, e fica somente o medo de morrer.  Se eu paro de me identificar com o que deve morrer, permaneço já naquilo que sou desde sempre.

     Não pode haver outro artesão da paz que não seja aquele cujo corpo está relaxado, que tem o coração livre e a mente pacificada.  Mesmo o nosso desejo de paz pode tornar-se uma tensão, um nervosismo, um obstáculo à paz, uma obrigação, um dever que se somará à infelicidade e à inquietação do mundo.

     Afirmar que estamos em paz não é negar nossos medos, nossas memórias, nossos sofrimentos...  é colocá-los em seus devidos lugares, na corrente insensata e tranqüila da verdadeira Vida..."
   
 Trecho de "A Paz" de Jean Yves Leloup
endereço eletrônico: http://www.jeanyvesleloup.com.br