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sábado, 15 de junho de 2013

DESINDENTIFICAÇÃO - A ILUSÃO BÁSICA


Qual a ilusão básica? 
É a identificação com o pensamento.
Despertar espiritualmente é despertar do sonho do pensamento. A mente funciona com voracidade e por isso está sempre querendo mais. Quando você se identifica com sua mente, fica facilmente entediado e ansioso. O Tédio demonstra que a mente deseja avidamente mais estímulo, mais o que pensar, e que essa fome não está sendo saciada.


Quando você fica entediado, pode querer satisfazer a fome da mente lendo uma revista, dando um telefonema, assistindo TV, navegando na NET ou o que é bem comum, transferindo a sensação mental de carência e sua necessidade de quero mais para o corpo e se satisfazendo temporariamente comendo mais.


A alternativa é aceitar o tédio e a ansiedade e observar como é sentir-se entediado e ansioso. A medida que você se dá conta dessa sensação,  surge de repente um espaço e uma calma em volta dela.. Primeiro é o pequeno espaço interno, mas, à medida que esse espaço aumenta, o tédio começa a diminuir de intensidade e significado. Dessa forma, até o tédio pode ensinar quem você é e quem não é.



Você descobre que não é uma pessoa entediada. O tédio é simplesmente um movimento de energia condicionada dentro de você. Da mesma forma, você não é uma pessoa irritada, rancorosa, triste ou medrosa. O tédio, a raiva, a tristeza e o medo não são seus, não fazem parte da sua pessoa. Eles são estados da mente humana e, por isso, vão e voltam.


Nada daquilo que vai e volta é você!!!


FONTE: O PODER DO SILÊNCIO - ECHKART TOLLE

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O PODER DE ESCOLHER


http://estranhabeleza.wordpress.com

Uma escolha sugere uma consciência, um alto grau de consciência. Sem ela não ha escolha. A escolha  começa no momento em que nos desindentificamos da mente e de seus padrões condicionados, o instante em que nos tornamos presentes. Até alcançar este ponto, você está inconsciente, espiritualmente falando. Significa que você foi obrigado a pensar, sentir e agir de determinadas maneiras, de acordo com o condicionamento de sua mente.

Ninguém escolhe o problema, a briga, o sofrimento. Ninguém escolhe a doença. Eles acontecem porque não existe presença suficiente para dissolver o passado, ou  luz suficiente para dispersar a escuridão. Você não está aqui por inteiro. Você ainda não acordou. Nesse meio tempo, a mente condicionada está governando a sua vida.

Do mesmo modo, se você é uma das inúmeras pessoa que possui assuntos mal resolvidos com os pais, se ainda guarda ressentimentos por alguma coisa que eles fizeram ou deixaram de fazer, então você ainda acredita que eles tiveram uma escolha e poderiam ter agido diferentemente. 

Sempre parece que as pessoas fizeram uma escolha, mas isso é ilusão. Enquanto a sua mente, com os seus padrões de condicionamento, dirigir a sua vida, enquanto você for a sua mente, que escolhas você tem? Nenhuma. Você não está nem ligando. O estado identificado com a mente é altamente defeituoso. É uma forma de insanidade.

Quase todas as pessoas estão sofrendo dessa doença em vários graus. No momento em que você perceber isso, não haverá mais ressentimento. Como você pode se ressentir com a doença de alguém? A única resposta adequada é a compaixão.

Se você é governado pela mente, embora não tenha escolha, vai sofrer as consequências de sua inconsciência e criar mais sofrimento. Você vai carregar o fardo do medo, das disputas, dos problemas e do sofrimento. Até que o sofrimento force você, no final,  a sair do seu estado de inconsciência....

....Como a resistência é inseparável da mente, o abandono da resistência - a entrega - é o fim da atuação dominadora da mente, do impostor fingindo ser "você", o falso deus.  Todo o julgamento e toda a negatividade se dissolvem.

A região do ser que tinha sido enconberta pela mente, se  abre.
De repente surge uma grande serenidade dentro de você, uma imensa sensação de paz.
E, dentro dessa paz, existe uma grande alegria.
E, dentro dessa alegria, existe amor.
E, lá no fundo, está o sagrado, o incomensurável, o que não pode ser nomeado.


Fonte: trechos do livro Praticando o Poder do Agora - Eckhart Tolle

domingo, 15 de abril de 2012

O FANTASMA MENTAL



O FANTASMA MENTAL


Você tem preocupações? Tem muitos pensamentos do tipo "e se" ? Você está identificado com a mente, que está se projetando num futuro imaginário e criando o medo. Não há como enfrentar tal tipo tipo de situação, porque ela não existe. É um fantasma mental. Você pode parar com essa insanidade que corrói a saúde e a vida aceitando simplesmente o momento presente. 

(Eckhart Tolle)

sexta-feira, 6 de abril de 2012

DESIDENTIFICAÇÃO



Imagem google

Todos sonhamos mas nem todos se preocupam em investigar os sonhos a não ser aqueles que se dedicam em especializar-se no tema. Entretanto todos nós deveriamos procurar estudar os sonhos para entender um pouco mais de nós mesmos.

Em sua teoria Freud afirma que o sonho é uma representação do desejo e nos introduz nos campos psicológico, tradicional e iniciático.

Se considerarmos o sonho do ponto de vista tradicional, ele está relacionado ao corpo sutil ou corpo astral que também é chamado de corpo de desejo. Assim, quando sonhamos exprimimos desejos. 

A dimensão em que Freud analisa o sonho é a dimensão astral, psíquica. Jung escolheu analisar o sonho do ponto de vista espiritual e os parapsicólogos acompanham este padrão de análise, considerando  o sonho um contato telepático com outros seres. 

Contato este, semelhante ao que o vidente tem com os espíritos.
No entendimento de Francis Crick, nós sonhamos para esquecer, para eliminar sobrecargas energéticas.

Para iogues que concordam com o ponto de vista sob o qual Jung analisa nossa capacidade de sonhar, os sonhos são a expressão de um nível mais alto de consciência da pessoa.

Na verdade todos estes especialistas estão de certa forma corretos pois não temos um só tipo de sonho, e cada um está analisando um tipo de sonho, deixando os outros tipos de parte.

Segundo a hipótese sob a qual Patrick Paul analisa os sonhos, todo sonho refere-se a relação  de mim comigo mesmo, a relação entre o gêmeo celeste e o terrestre, metaforicamente, adão (gêmeo celeste) e eva (gêmeo terrestre), temos, neste sentido a metáfora do casamento entre o céu e a terra.

Temos em nós as duas dimensões, a celeste e a terrestre, se eu não estiver acordado para a dimensão celestre isto vai resultar num conflito que o sonho vai procurar resolver.

Quando estamos consciene de nossa dimensão celeste e a amamos esta unificação vai resultar no surgimento do corpo causal. Neste nível seu amor é amor a Deus. Quando estamos unificados com o gêmeo celeste esta condição se expressa no sono profundo.

A demora em chegar a este nível se deve ao fato de que o ego confunde o desejo de união ao gêmeo celeste, união com Deus, com o Todo com pequenas satisfações desta grande carência através da posse de coisas materiais cuja satisfação é falsa e logo em seguida a carência continua exigindo uma satisfação.

O sonho onde predomina a expressão do corpo de desejo permite que aos poucos tomemos consciência dessas carências do corpo físico e do corpo astral ou seja do ego para poder converter o desejo ou seja, reconhecer a ilusão do falso desejo para o qual a satisfação é sempre muito volátil.

Nossos condicionamentos criam nossos desejos, necessitamos descobrir como somos condicionados, qual é a falsa cabeça que carregamos (a metáfora é a luta de Hércules com a Hidra que a cada cabeça cortada nasce outra.). Se a falsa cabeça for cortada, surgirá a verdadeira cabeça. Neste momento, o desejo (eros) se transforma em rosa.

Quando o Ser se liberta das cabeças da hidra (suas falsas cabeças, seus condicionamentos), se torna, no nível existencial como uma rosa, uma expressão de Maria, purificado dos pecados ou seja, das matrizes dos condicionamentos. Esses condicionamentos são representados pela mãe negra e pelas experiências do negro (nigredo na tradição alquímica)

O único verdadeiro desejo do Ser existencial pode ser representado por uma matriz feminna, pela parte Yin, isto é, pela dimensão feminina de nós mesmos, sejamos homens ou mulheres.
O verdadeiro desejo dessa matriz virginal é receber e ser fecundada pelo masculino em nós mesmos, ou seja, pelo gêmeo celeste ou Verbo Divino.

A questão crucial é reconhecermos o verdadeiro desejo (distinguí-lo dos falsos desejos, os condicionamentos), os falsos desejos e as carências dificultam este reconhecimento. A solução não é reprimi-los nem realizá-los mas descobrir o desejo verdadeiro, real, essencial.

Na civilização/tradição grega existiam os sonhos terapêuticos e para ter estes sonhos ia-se para templos de cura e os sonhos eram interpretados por sacerdotes especialistas na arte de interpretar sonhos. Além dos sonhos terapêuticos os gregos consideravam os sonhos emunctórios, de eliminação, de descarga no sentido de vivenciar no sonho para esquecer e finalmente eles consideravam a existência dos sonhos de encontro com a dimensão espiritual e celeste de si mesmo, isto é, o gêmeo celeste.

Os sonhos emunctórios não devem ser relatados mas esquecidos. Os sonhos provenientes da nossa metade celeste necessitam de interpretação e compreensão para nos tornar um pouco mais obedientes à dimensão celeste, ou seja, ao nosso verdadeiro desejo que é o desejo de nossa essência espiritual e não os falsos desejos do ego.

A grande chave para o trabalho espiritual que nos leva à iluminação ou seja à libertação da roda de sansara (as reencarnações) é o trabalho para reconhecer as matrizes de condicionamento astral que nos levam a viver repetidamente as mesmas situações problemáticas. Ao reconhecer uma matriz poderemos aos poucos nos libertar e partir para outra matriz e assim sucessivamente até a total purificação.

Estas etapas de reconhecimento e purificação são levadas a efeito durante um período de sete anos e, raramente atingimos um nivel de purificação que permita o contato com o mundo celeste antes dos quarenta anos. E, a maioria não consegue realizar este trabalho e volta em outra existência nas mesmas condições para começar tudo de novo. A liberação somente se torna possível aos 42 anos após o sexto setênio de descondicionamento. Por isso, na tradição judaica não se praticava a Cabala antes dos 49 anos.

O astral purificado se torna a ponte que liga o terrestre ao celeste.
A partir do momento que a pessoa passa a ter sonhos lúcidos o astral está exercendo sua função de emanador do plano celestial.
Todo este trabalho sobre o nível astral, egoico, etc, faz parte de um processo de desindentificação com o falso centro ou seja o ego, que é uma parte de nós mas não o todo.  

A identificação com a realidade psico-corporal sempre levará à morte, só com a desindentificação com esta parte que morre é que nos fará imortais. 

A desindentificação é a segunda morte após a qual renascemos em espírito e esta vida depois do renascimento é a vida eterna. Neste nivel estamos livres das formas pois não precisamos delas para Ser.  Jesus falava deste segundo batismo onde se renascia do Espírito Santo.


Leituras recomendadas para um aprofundamento no tema:
Patrick Paul - Sonhos seus mistérios e revelações - sonho terapêutico e sonho iniciático.
Freud - Obras completas - capítulo referente aos sonhos
Jung - Obras completas - capítulo relacionado ao tema dos sonhos

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Você é somente uma testemunha e nada mais




A mente é apenas uma procissão de pensamentos passando na sua frente na tela do cérebro. Você é um observador. Mas você começa a ficar identificado com coisas belas - essas são seduções. E uma vez que você fica agarrado nas coisas belas você também fica agarrado nas coisas feias porque a mente não pode existir sem a dualidade.
Basta tentar de vez em quando: Deixe a mente ser o que quer que seja. Lembre-se, você não é a mente. E você terá uma grande surpresa. No dia que você estiver completamente desidentificado da mente, mesmo por um simples momento, há uma revelação: a mente simplesmente morre; ela não está mais presente. 

E com o desaparecimento da mente desaparece o eu. E tantas coisas desaparecem as quais eram tão importantes para você, coisas tão perturbadoras para você. Você esteve tentando resolvê-las e elas estavam ficando cada vez mais complicadas, tudo era um problema, uma ansiedade, e parecia que não havia nenhuma saída.
O mestre diz ao discípulo para meditar sobre um koan: Um pequeno ganso é colocado dentro de uma garrafa, e depois alimentado e nutrido. O ganso vai ficando cada vez maior e maior, e preenche toda a garrafa. Agora ele está muito grande; ele não pode sair pela boca da garrafa - a boca é muito pequena. E o koan é que você tem que retirar o ganso sem destruir a garrafa, sem matar o ganso.
O que você pode fazer? O ganso é muito grande; você não pode retirá-lo a menos que quebre a garrafa, mas isso não é permitido. Ou você retira matando-o, assim você não se importa se ele sai vivo ou morto. Isso também não é permitido.
Dia após dia, o discípulo medita, não encontra nenhuma maneira, pensa desse jeito e daquele jeito - mas de fato não tem jeito. Cansado, completamente exaurido, uma revelação repentina...Subitamente ele compreende que o mestre não pode estar interessado na garrafa e no ganso; eles devem representar algo mais. 

A garrafa é a mente, você é o ganso... e com o testemunhar, isso é possível. Sem estar na mente, você pode ficar tão identificado com ela que você começa a sentir que você está nela!
Ele corre para o mestre para dizer que o ganso está fora. E o mestre diz, "Você compreendeu isso. Agora o conserve fora. Ele nunca esteve dentro". Assim não surge à questão de trazê-lo para fora.
A consciência é o ganso que não está dentro da garrafa da mente. Porém, você está acreditando que ela está dentro da garrafa e perguntando a todo mundo como tirá-la de lá. E existem idiotas que irão lhe ajudar, com técnicas, para retirá-la da garrafa.
Consciência é não-dual e a mente é dual. Então apenas observe. Não lhe ensino algumas soluções. Eu lhe ensino a solução: Basta recuar um pouco e observar. Crie uma distância entre você e sua mente.
Seja isso bom, belo, delicioso, algo que você gostaria de desfrutar intimamente ou que seja feio - permaneça tão longe quanto possível. Veja isso como se você estivesse vendo um filme...
Identificação é a causa raiz da sua miséria. E toda identificação é identificação com a mente. Apenas dê um passo para o lado e deixe a mente passar. E logo você será capaz de ver de que não há nenhum problema - o ganso está fora. Você não precisa quebrar a garrafa, nem precisa matar o ganso.
Osho; Beyond Psychology
FOTO

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A ILUSÃO DE SEPARAÇÃO


Fonte da imagem : 
http://spleenbored-minhaspoesiasfavoritas.blogspot.com/2009_05_01_archive.html




Alan Watts, confidencia, em seu livro Tabu, que:

"[...] o livro que eu confiaria a meus filhos não conteria sermões, deveres e obrigações. O amor genuíno vem do conhecimento, não de um sentimento do dever ou de culpa. Quem gostaria de ser uma mãe inválida com uma filha que não pode casar-se por sentir que deve ficar cuidando da mãe e que portanto a detesta? Meu desejo seria dizer, não o que as coisas devem ser, mas sim como é que são e como e por que razão ignoramos como elas são.


Não podemos ensinar um ego a ser outra coisa que não egoísta, embora os egos tenham as formas mais sutis de se fingirem reformados. A primeira coisa a fazer, portanto, é desfazer, por experimento e experiência, a ilusão do ser como um ego separado.


O resultado pode não ser um comportamento nas linhas da moralidade convencional. Pode muito bem ser como aquilo que os justos disseram de Jesus: "Olhem para ele! Um glutão e um bêbado, um amigo dos cobradores de impostos e dos pecadores!"


Além disso, ao vermos através da ilusão do ego, torna-se impossível pensarmos que o nosso ser é melhor ou superior a outros pelo fato de tê-lo conseguido. Existe apenas, em todas as direções, um só ser nos seus incontáveis jogos de esconde-esconde.


Os pássaros não são melhores do que os ovos de onde saíram. Na verdade, até podemos dizer que um pássaro é a maneira de um ovo se transformar em outros ovos. O ovo é o ego,  com o pássaro sendo o ser libertado.


Há um mito hindu em que o Ser é um cisne divino, que pôs um ovo, do qual saiu o mundo. Assim, nem mesmo estou dizendo que devemos sair de nossa casca. Um dia, de qualquer modo, nós (o verdadeiro nós, o ser) faremos isso, seja como for, mas não é possível que o papel do ser permaneça adormecido na maioria de seus disfarces humanos e que, assim, conduza o drama da vida na terra a seu fim, numa vasta explosão.


Outro mito hindu diz que, à medida que o tempo progride, a vida no mundo se vai tornando pior e pior, até que finalmente, o aspecto destrutivo do Ser, Xiva, executa uma terrível dança que consome tudo em fogo. 

Depois, diz o mito,  seguem-se   4.320.000 anos de paz total, durante os quais o ser é simplesmente ele mesmo e não brinca de esconder. 

Depois, o jogo começa de novo, agora como um universo de perfeito esplendor que só se começa deteriorando 1.728.000 anos depois, e cada estágio do jogo é organizado de tal maneira que as forças da escuridão se apresentam apenas durante um terço do tempo, tendo, no final, um breve mas totalmente ilusório triunfo. [...]"

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Não sou a mente, sou aquele que observa os pensamentos



O caminho para a bem-aventurança, para essa oceânica bem-aventurança, é não se identificar com o complexo corpo-mente.

É preciso lembrar constantemente: "Não sou o corpo, não sou a mente; sou o observador, a testemunha". Lentamente, lentamente, isso se torna tão natural que você não precisa nem se lembrar; simplesmente está lá, é uma tendência oculta.

Mesmo em seu sono você sabe: "Não sou o corpo, não sou a mente, sou a testemunha". Mesmo enquanto sonha você sabe: "Sou a testemunha dos sonhos".

Quando esse testemunho se aprofunda grandemente, você está à beira de uma evolução. A qualquer momento todas as fronteiras desaparecem e, de repente, você é ilimitado, infinito.

Osho, em "Meditações Para o Dia"