quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

O PODER DE ESCOLHER


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Uma escolha sugere uma consciência, um alto grau de consciência. Sem ela não ha escolha. A escolha  começa no momento em que nos desindentificamos da mente e de seus padrões condicionados, o instante em que nos tornamos presentes. Até alcançar este ponto, você está inconsciente, espiritualmente falando. Significa que você foi obrigado a pensar, sentir e agir de determinadas maneiras, de acordo com o condicionamento de sua mente.

Ninguém escolhe o problema, a briga, o sofrimento. Ninguém escolhe a doença. Eles acontecem porque não existe presença suficiente para dissolver o passado, ou  luz suficiente para dispersar a escuridão. Você não está aqui por inteiro. Você ainda não acordou. Nesse meio tempo, a mente condicionada está governando a sua vida.

Do mesmo modo, se você é uma das inúmeras pessoa que possui assuntos mal resolvidos com os pais, se ainda guarda ressentimentos por alguma coisa que eles fizeram ou deixaram de fazer, então você ainda acredita que eles tiveram uma escolha e poderiam ter agido diferentemente. 

Sempre parece que as pessoas fizeram uma escolha, mas isso é ilusão. Enquanto a sua mente, com os seus padrões de condicionamento, dirigir a sua vida, enquanto você for a sua mente, que escolhas você tem? Nenhuma. Você não está nem ligando. O estado identificado com a mente é altamente defeituoso. É uma forma de insanidade.

Quase todas as pessoas estão sofrendo dessa doença em vários graus. No momento em que você perceber isso, não haverá mais ressentimento. Como você pode se ressentir com a doença de alguém? A única resposta adequada é a compaixão.

Se você é governado pela mente, embora não tenha escolha, vai sofrer as consequências de sua inconsciência e criar mais sofrimento. Você vai carregar o fardo do medo, das disputas, dos problemas e do sofrimento. Até que o sofrimento force você, no final,  a sair do seu estado de inconsciência....

....Como a resistência é inseparável da mente, o abandono da resistência - a entrega - é o fim da atuação dominadora da mente, do impostor fingindo ser "você", o falso deus.  Todo o julgamento e toda a negatividade se dissolvem.

A região do ser que tinha sido enconberta pela mente, se  abre.
De repente surge uma grande serenidade dentro de você, uma imensa sensação de paz.
E, dentro dessa paz, existe uma grande alegria.
E, dentro dessa alegria, existe amor.
E, lá no fundo, está o sagrado, o incomensurável, o que não pode ser nomeado.


Fonte: trechos do livro Praticando o Poder do Agora - Eckhart Tolle

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