sábado, 9 de junho de 2012

O CÂNCER ESTE MONSTRO QUE NOS APAVORA

Célula cancerosa (arquivo)
Célula tronco cancerosa - Fonte :http://www.bbc.co.uk/worldservice/assets/images/2009/08/14/090814123528_ccell226.jp

Hoje estou fugindo um pouco aos temas usuais deste blog mas achei esta informação importante porque o câncer é uma ameaça real a todos os seres humanos em qualquer faixa etária.

Existem alguns mitos espalhados através de uma mídia mal informada de que existem genes de câncer no DNA. Eu também, por falta da informação correta, acreditei nesta estória. Mas felizmente descobri num site publicado por biólogos o http://www.bioconnection.blogspot.com.br/  que desenrola direitinho esta questão.


 Então, como me beneficiei com esta leitura resolvi replicar aqui no blog aquele conteúdo, para conhecimento dos meus leitores:




Não existem genes do câncer!


Looping de Replicação do DNA


Hoje durante uma conversa com amigos escuto a seguinte afirmação.. "Não entendo como ainda não descobriram a cura do câncer. Se até já sabem quais são os genes que causam, já deveriam ter arrumado alguma forma de impedir isso." 

Normal, afinal de contas, se eu ficasse escutando a Fátima Bernardes dizendo que "cientistas isolaram o gene que causa câncer disso ou daquilo" praticamente toda semana também pensaria assim.


Mas afinal existem genes que causam câncer? 

Não neste sentido literal... (ou pelo menos ainda não foram descobertos) o que temos são genes que em algum determinado momento da vida, são danificados, e começam a atuar (serem expressos) de forma descontrolada, fazendo com que a célula entre constantemente em divisão (mitose), originando com o tempo um tumor.
 

Por exemplo, algumas das principais proteínas responsáveis pela regulação do ciclo celular em células de mamíferos são as Ciclinas e as CDK's. Juntas elas formam um complexo proteico fosforilador que irá basicamente dar iníco a fase S do ciclo celular (fase de replicação do DNA, necessária para que existam duas cópias da molécula, e assim a célula poderá se dividir).


Supondo que por algum motivo, ocorra uma mutação no gene de uma das CDK's, e esta comece a ser super expressa, se isso não for corrigido por proteínas da própria célula ela se tornará uma mutante com o ciclo celular desregulado, e, se essa mutante não for identificada pelo sistema imune e eliminada por células especiais (como as Natural Killers), poderá se desenvolver um tumor. 

Mutações e erros no DNA, ocorrem a todo instante no nosso corpo, mas existem mecanismos afim de impedir que o câncer se desenvolva, e a eficiência desses mecanismos variam de pessoa para pessoa, e aí nós temos uma das possibilidades de PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA.

Entenderam a diferença? Predisposição não significa possuir um gene causador de câncer, e sim, uma tendência a manter células tumorais vivas, e isso também devido à vários fatores. 

Não seria muito ilógico, evolutivamente falando, que genes causadores de câncer (no sentido literal da frase) existissem? Ainda mais em grande quantidade...
Publicado por Davi Barreto no Blog: http://www.bioconnection.blogspot.com.br/ 

*****************************************************************


Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos e que contou com participação brasileira identificou as alterações epigenéticas que são essenciais para a sobrevivência de células cancerosas. O estudo demonstrou experimentalmente que as células tumorais morrem quando são reativados os genes que haviam sido “desligados” pela anomalia epigenética.

Epigenética é a informação genômica que não faz parte da sequência do DNA. Em geral, as células cancerosas apresentam padrões anômalos de metilação do DNA. A metilação é o principal mecanismo epigenético, no qual um grupo metil é transferido para algumas bases de citosina do DNA. Padrões aberrantes de metilação podem levar as células cancerosas a uma transformação maligna.
Todas as células do organismo possuem a mesma informação genética. O que garante a diferenciação entre elas, possibilitando a formação de vários tecidos, é o fato de determinados genes estarem ligados ou desligados. Essa regulagem é feita por mecanismos epigenéticos, com a metilação de DNA e alterações na cromatina.

“Quando esse mecanismo é desfigurado por uma alteração epigenética, podem surgir várias doenças, em especial o câncer. Quando essa alteração leva a célula a se tornar um tumor, ela perde ainda mais o controle do mecanismo de regulação. A célula começa então a acumular outras mutações que não têm importância nenhuma na gênese do tumor”, explicou.

Distinguir as alterações epigenéticas importantes – que garantem a sobrevivência do tumor – das alterações causadas pela própria presença do tumor é um grande problema para a ciência. “Com as novas técnicas de sequenciamento disponíveis, mapeamos todas as alterações genéticas e epigenéticas. Mas como só analisamos a célula tumoral no fim do processo, não sabemos quais alterações são a causa e quais são consequências”, disse Carvalho.

Gostaram desta informação?
 Meu objetivo foi informá-los de uma coisa que achei que interessa a muita gente, porque, afinal de contas o câncer é uma doença que mata muita gente e existem fatores psicossomáticos que alguns estudiosos acham que estão presentes no início da loucura que parece atacar as células que começam a se multiplicar de forma anômala, desobedecendo à sua programação genética.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

seus comentários são sempre bem vindos. Agradeço sua participação.