domingo, 15 de julho de 2012

CLARÃO DIVINO - REVELAÇÃO


Fonte da imagem: http://aloualem.blogspot.com.br/2010/12/o-universo-consciente.html 


Há momentos de assombro à nossa disposição ao contemplarmos as estrelas, caminharmos por uma  floresta ou vermos as ondas chegarem à praia vinda de uma terra distante. Quando nos abrimos para ser transportados a um nível profundo em que a dimensão e a beleza da natureza domina nosso ego, podem surgir intensas percepções espirituais na profunda sensação de paz que se segue.

Esse potencial para despertar está sempre presente, como um rumor de fundo, quando somos assombrados pelo fantasma do nosso eu verdadeiro. Os gnósticos vivenciavam "o Eu dentro do eu" A revelação é o Eu revelado ao eu. Eis como Nic Haywood explica isso:
"Gnose: essa única centelha ou clarão divino que é a revelação. Eis a meta de todo aspirante. O dom de Deus que eleva o auxiliar a mestre, o cavaleiro a rei, o peregrino a santo ou o neófito a iniciado. É um momento que dura uma eternidade, no qual e depois do qual todas as coisas fazem um sentido perfeito. 
A harmonia torna-se visível, adquire-se o paladar, as origens de toda a matéria são percebidas, e o que era mutável torna-se fixo. O espírito tona-se substância, fixado para a eternidade. Essa é a "Pedra do Sábio", cuja centelha nada mais é do que o próprio reflexo nos olhos de Ísis, Mãe do Mar Eterno ou Fonte Eterna. A pessoa finalmente vê a si mesma no espelho que é a criação. 
Tornar-se iluminado é uma experiência que, quando chega o momento, constitui o dom mais lindo e divino de si para consigo mesmo. Nesse momento a palavra "Eu" ganha um significado  inteiramente novo, mas totalmente inesperado".

Cada um de nós já teve momentos que incorporam essa emoção. O psicólogo Abraham Maslow classifica esses instantes de "experiências de pico " ou " experiências culminantes" : vivências espontâneas de algo maior que nós mesmos.

Fonte: Por Dentro do Priorado de Sião - Robert Howells, ed. Planeta, p. 316/317

FRASES PARA REFLEXÃO



Fonte da imagem: Google Images

Existe um velho ditado que diz:
"Olhamos pelo microscópio para ver como somos grandes em relação a tudo e olhamos pelo telescópio para vermos como somos pequenos e insignificantes."

ALQUIMIA E PSICOLOGIA

Alquimia
Fonte da imagem: http://psiqueobjetiva.wordpress.com/2008/11/22/o-processo-alquimico-e-a-psicoterapia-junguiana/



A abordagem psicológica da alquimia é importante porque é a vivência mais prontamente compreensível e disponível da Grande Obra. A psicologia transpessoal em particular visa entender todas as vivências interiores, do trauma mais profundo até os píncaros do intenso sentimento religioso e, como descobriu Jung, esse processo é facilmente vinculado às ilustrações arcaicas da alquimia. 

Jung e seus seguidores, tais como Marie-Louise Von Franz, chegaram mesmo a fazer a afirmação ousada de que nós criamos o mundo ao nosso redor e atraímos aqueles que participam das nossas questões inconscientes.

A alquimia tradicional geralmente inclui uma etapa de "integração". A integração de todas as partes da psique é o trabalho dos psicólogos e uma aplicação da ciência da alquimia. 

À medida que progredimos no sentido da personalidade integrada, começamos a vivenciar sincronicidades, por meio das quais "a eficácia do eu aumenta", como observa Von Franz em Alchemical active imagination ( A alquimia e a imaginação ativa). A sincronicidade  exige que o indivíduo tenha alguma influência sobre o ambiente por meio da manipulação remota. Essa não é uma revelação trivial.

Na alquimia, a sincronicidade também pode ser chamada de "correspondência". Ela se equipara ao axioma hermético "assim como é em cima, é embaixo" e à ideia da peregrinação. Ter a atitude psicológica certa é um meio de promover a evolução do eu, desde que ela  se repita no mundo material.

Depois que a evolução do eu está terminada, é preciso o que Von Franz chama de "forma pura". Isso atrai outras formas puras do mundo material, como quando o espírito do indivíduo é puro e o espírito do objeto é puro - o ouro sendo considerado pelos alquimistas como o mais puro -, e assim os espíritos podem conversar. Espíritos semelhantes são atraídos entre si, criando sincronicidade.

A perfeição do ouro 'interior" e "exterior" deve ocorrer ao mesmo tempo e resulta tanto na "Pedra Filosofal" quanto na manifestação súbita e luminosa da Gnose ou Iluminação.

Fonte: Por Dentro do Priorado de Sião - Robert Howells, ed. planeta, p.313