quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

SOBRE A DEPRESSÃO

Ficheiro:Vincent Willem van Gogh 002.jpg
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vincent_Willem_van_Gogh_002.jpg

Vincent van Gogh, que sofria de depressão e cometeu suicídio, pintou esse quadro em 1890 de um

homem que emblematiza o desespero e falta de esperança sentida na depressão.

Gosto de, periodicamente, reproduzir alguns conceitos e reflexões sobre o problema da depressão porque é uma doença que afeta grande parte dos seres humanos, uns mais, outros menos. Então, encontrei este pequeno texto de Lise Bourbeau que pode trazer alguma luz ao tema em questão. Caso desejem aprofundar a leitura o dado bibliográfico está no final da página.


 “A depressão é o meio utilizada por uma pessoa para não ter de viver a pressão, sobretudo afetiva. Não pode mais, atingiu o limite. Segundo as minhas observações ao longo de vários anos, a pessoa com tendências depressivas tem conflitos regulares com o progenitor do sexo oposto. 

É o que explica que, com muita frequência, a pessoa em depressão vá pegar-se com o cônjuge sobre quem realiza a transferência. O que a pessoa faz viver ao cônjuge é o que teria querido fazer viver a esse progenitor, mas conteve-se. Ao recusar ajuda, continua a alimentar o rancor e o ódio que vive face a esse progenitor e afunda-se na sua dor.

Quanto mais grave é o estado depressivo, mais a dor foi vivida fortemente em jovem. As feridas podem ser as seguintes: rejeição, abandono, humilhação, traição ou injustiça. Para ter causado tal desequilíbrio mental, como a depressão ou a psicose maníaco-depressiva, foi preciso a dor ter sido vivida no isolamento. 

Em jovem, esta pessoa não tinha com quem falar e fazer compreender as suas perguntas e angústias. Não aprendeu, pois, a confiar nos outros; bloqueou os seus desejos e recolheu-se finalmente em si mesma, desenvolvendo rancor ou ódio.”

FONTE: O Teu Corpo Ama-te” de Lise Bourbeau [Editora Pergaminho, Portugal, página 133]

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