quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O MUTANTE E O ESTAGNANTE


http://geonanacharlie.blogspot.com.br/2010/06/fadas-lindas.html
Pierre Weil chamou de mutantes essas pessoas em processo de expansão da consciência. É através de uma mutação que começa, na verdade, a dimensão transpessoal da consciência. É quando a gente se dá conta de que existe algo muito mais verdadeiro do que nossas meras identidades, nossas crenças, nossas opiniões, nossos apegos. 
Já não nos orientamos mais a partir de nossos interesses pessoais, mas por aquilo que vai além, que transcende a própria individualidade e se dirige para o coletivo, o social, o outro. Só então compreendemos que estamos aqui no mundo a serviço, todos nós somos servidores. Essa experiência muda tudo.
A visão da espiritualidade que decorre dessa mutação interna provoca uma nova postura perante a vida, uma vivência real, uma mudança interna que não tem nada a ver com a religião nem com doutrinas espíritas. Espiritualidade é um termo que significa mais uma dimensão noética, uma propensão aos valores humanos, uma capacidade de transcendência que pode ou não estar ligado a uma prática religiosa.

O mutante é aquele que aprende a conviver com esses fenômenos acontecendo na sua vida o tempo todo. Ele está aberto para mudar. Nós, seres humanos, somos um projeto inacabado. Essa é a grandiosidade do ser humano. Sua capacidade de abertura.
Mas, existem inúmeras pessoas que nunca viveram uma crise de transformação, que continuam com as mesmas idéias, hábitos e modo de pensar de sempre. Não buscam o sentido das coisas e repetem, como sonâmbulos, suas rotinas de vida incansavelmente. 
Pierre Weil chama essas pessoas de estagnantes, porque, na verdade, estão estagnadas. Vivem dopadas pela visão de mundo que é vendida pela mídia, pelo sistema político, pelos interesses econômicos. Pessoas estagnadas, alienadas, são um alvo muito fácil para um sistema que não se preocupa com o desenvolvimento humano, e sim, do capital.
Há uma imagem que ilustra bem como agem o mutante e o estagnante. Nossa mente se assemelha a um Boeing supersônico fabuloso, que viaja a velocidades incalculáveis e pode ir a espaços infinitos. 
Mas não sabemos como usar os instrumentos de bordo. Só existem duas possibilidades: ou aprendemos a pilotar o nosso Boeing e tomamos a direção em nossas mãos, ou ligamos o piloto automático e vamos dormir lá no fundo do avião. O mutante é aquele que vai buscar aprender tudo sobre sua mente-supersônica; o estagnante vai tirar uma soneca e se deixar conduzir para qualquer lugar...

Trecho de um artigo de Fátima Borges em: 

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