terça-feira, 12 de novembro de 2013

Milarepa e seu potiche de barro (conto)

Imagem google

Embora os tibetanos tenham um profundo respeito por todas as coisas que se relacionam à espiritualidade, isto não os impede de conservar um agudo senso de humor. Assim conta uma história: Milarepa, depois de numerosos anos de solidão e práticas, um dia saiu de sua gruta em busca de outro lugar mais solitário. caindo seu potiche de barro, que partiu-se em mil pedaços, único objeto que possuía para cozinhar e para se aquecer contra o frio das montanhas, Milarepa sorriu e compôs um poema:
Ha pouco eu tinha um potiche de barro,

Agora já não o tenho...
Consolo-me pensando na lei da impermanência
Das coisas e das criaturas.
Por isso, continuarei meditando sozinho.
O potiche de barro que era o meu único tesouro,
Quando quebrou-se ficou transformado
Num mestre para mim.
Esta lição da fatal impermanência das coisas
É uma grande maravilha!


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