quinta-feira, 8 de novembro de 2012

ARQUÉTIPOS

                       ARQUÉTIPOS            



                  

  

As principais estruturas formadoras de nossa personalidade são os arquétipos. Os arquétipos não possuem conteúdo definido mas funcionam como uma fôrma que dá forma a diversos conteúdos.  Já os símbolos são o modo pelo qual o nosso inconsciente se expressa. Os arquétipos também são considerados como um conjunto de imagens psíquicas do inconsciente coletivo que são patrimônio comum de toda a humanidade. 

Segundo Jung, os principais arquétipos são: a sombra, o velho sábio, a criança, o herói-criança, a mãe, a virgem, a ânima (o feminino do homem), o animus (o masculino da mulher), o paraiso perdido, os irmãos inimigos, o círculo, a rosa, a serpente, Dom Juan, a femme fatale, o mágico, o alquimista.

Arquétipo é uma palavra de origem grega, primeiramente usada por Platão com o significado de "padrões arcaicos" . É uma matriz comportamental herdada por todo ser humano, como arcabouço capaz de selecionar as experiências da vida, os elementos significativos que estejam em sintonia com o processo inato da individuação.

Os arquétipos, verdadeiras potências imateriais, surgem como entidades impalpáveis e incognoscíveis, mas se manifestam por meio de ideias e imagens e vestem-se com as mais distintas roupagens de acordo com as culturas que os representam.

A alma se comunica com a consciência através de uma linguagem simbólica - Jung a chama de linguagem arquetípica e utiliza o termo arquétipo para certas estruturas míticas básicas que são comuns à experiência humana. Os arquétipos de Jung são mais existenciais que transcendentais, são facetas das experiências do dia a dia da condição humana. São formas míticas herdadas coletivamente pela psiquê.

 Ken Wilber entende que as formas míticas (arquétipos de Jung) nada tem a ver com misticismo, com a genuina consciência transcendental. Para este autor, o principal erro de Jung foi não fazer uma distinção entre inconsciente coletivo e o nível  transpessoal (ou místico). No seu entender, as formas míticas coletivas apesar de serem herdadas do inconsciente coletivo isto não significa que elas sejam místicas ou traspessoais.

Os arquétipos de Jung segundo entende Wilber, não pertencem ao nível da consciência espiritual, transcendental, mística, transpessoal - tratam de situações existenciais como vida, morte, mãe, pai, sombra, ego, etc.

No entender de Wilber esta denominação deveria ser reservada para "arquétipos transpessoais" que corresponderiam às formas primordiais do Espírito Intemporal e não  às formas antigas da história temporal. No processo de individuação segundo Jung, é necessário que nos afastemos dos arquétipos, diferenciemo-nos deles, livremo-nos do seu poder.

No que diz respeito aos arquétipos transpessoais devemos nos aproximar deles para transcender a personalidade. Entretanto, o que Jung denomina Self é um arquétipo transpessoal. Wilber relaciona seus arquétipos transpessoais com as primeiras formas do início da involução e os arquétipos junguianos às primeiras formas que surgem no início da evolução. Os arquétipos junguianos (exceto o Self) pertencem ao nível psicológico, descendente.

 O tarô tem a possibilidade de simbolizar amplamente os arquétipos junguianos e, um mergulho no mundo dos "Arcanos" permite espelhar a alma para melhor conhecê-la e assim poder transcende-la.

Fonte www.ariray.com.br/textossaladeleitura/03-arquetipos.doc
Ari Ray é o tradutor autorizado das obras do psicólogo e místico Ken Wilber

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