sexta-feira, 6 de abril de 2012

EDUCAÇÃO INTEGRAL


EDUCAÇÃO INTEGRAL


O jardineiro é, talvez, a metáfora mais plena do que é um verdadeiro educador. O que faz um jardineiro? Prepara um solo fértil, banhado pela luz solar, rega-o com água justa proporcionando os nutrientes minerais apropriados e uma poda adequada a cada planta. 

Se o terreno é bem cuidado, a planta tem um tropismo para se desenvolver por si mesma, na direção do que realmente é. Nenhum jardineiro é tão tolo a ponto de querer ensinar uma rosa a ser uma rosa ou um jasmim a ser um jasmim. Ou, pior ainda, comparar uma rosa com um jasmim, exigindo de todas as flores o mesmo resultado, através de um mesmo currículo!...

Eis, também, a tarefa do autêntico educador: cultivar um solo propício para que o aprendiz desvele a sua palavra e revele a sua singularidade. Trata-se de apoiar e, também, de frustrar, pois os limites têm de ser aplicados, centrados no aprendiz. 

E jamais utilizar a técnica perversa da comparação, através de uma ética do respeito à diferença, ao semblante único de cada aprendiz. Por que um ser humano não floresceria se tivesse esse cuidado? Vale ainda afirmar que o bom jardineiro é menos o conhecedor da botânica e mais o amante da planta.

Aí, estamos diante da grande pedagogia do amor, que é a primeira e a derradeira lição na escola da existência.
Como já refletimos, a proposta de uma educação integral, transdisciplinar, centra-se em qutro alvos fundamentais: por um lado, aprender a conhecer e a fazer. 

Por outro, aprender a conviver e a Ser, Os dois primeiros, embora de forma muito fragmentada, são considerados na educação convencional. Estas tarefas precisam ser aperfeiçoadas, para que o conhecimento seja mais unificado e a ação mais integrada e com sentido.

(Roberto Crema in Ciência, Religião e Desenvolvimento)

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