Que significa para mim ser franciscano? Ser franciscano é encontrar através da figura de São Francisco a porta pela qual se entra e se descobre o único Cristo verdadeiro, aquele que foi um artesão e camponês mediterrâneo, tão anônimo, que as crônicas da época, seja de Jerusalém, de Atenas e de Roma sequer notificaram seu nascimento e sua morte.
Era um pobre, considerado por seus familiares um louco (cf. Mc 3,21), que saiu pelos caminhos pedregosos da Palestina a pregar um sonho, o do Reino de Deus que é uma criação reconciliada com Deus, descoberto como Paizinho, na justiça, no amor, no cuidado de uns para com os outros e no perdão e que começa pelos pobres.
Crucificado, ressuscitou, fazendo uma revolução dentro da evolução, mostrando que o fim da criação é o bom. Ressurreição é também uma insurreição contra um tipo de justiça que condena os inocentes.
Era um pobre, considerado por seus familiares um louco (cf. Mc 3,21), que saiu pelos caminhos pedregosos da Palestina a pregar um sonho, o do Reino de Deus que é uma criação reconciliada com Deus, descoberto como Paizinho, na justiça, no amor, no cuidado de uns para com os outros e no perdão e que começa pelos pobres.
Crucificado, ressuscitou, fazendo uma revolução dentro da evolução, mostrando que o fim da criação é o bom. Ressurreição é também uma insurreição contra um tipo de justiça que condena os inocentes.
Mas o que ensinou Francisco é encontrar Deus na criação. Ele com grande humildade se colocou ao pé de todos os seres. Confraternizou-se com as obscuras forças da Mãe Terra e com o briho benfazejo do Sol.
Fez-se irmão das flores do campo, dos passarinhos, do vento, da chuva, das estrelas, do Sol e da Lua e até da morte. Por isso tratava a todos os seres com finura e cortesia. Seu mundo é cheio de magia, de encantamento e de música.
Fez-se irmão das flores do campo, dos passarinhos, do vento, da chuva, das estrelas, do Sol e da Lua e até da morte. Por isso tratava a todos os seres com finura e cortesia. Seu mundo é cheio de magia, de encantamento e de música.
De São Francisco aprendi que não basta ser cristão. Temos que ser bons, humanos, finos, sensíveis, amorosos e abraçar ternamente a cada criatura até o voraz irmão lobo de Gubbio.
Então não vivemos num vale de lágrimas mas numa montanha de benaventuranças. Como nos recorda Gaston Bachelard, “não aparecemos como filhos e filhas da necessidade mas como filhos e filhas da alegria”.
Então não vivemos num vale de lágrimas mas numa montanha de benaventuranças. Como nos recorda Gaston Bachelard, “não aparecemos como filhos e filhas da necessidade mas como filhos e filhas da alegria”.
http://www.leonardoboff.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
seus comentários são sempre bem vindos. Agradeço sua participação.