sábado, 24 de setembro de 2011

Lixo tirado do mangue gera renda na Zona Sul em Recife - PE.



EDUCAÇÃO AMBIENTAL Projeto da Colônia de Pescadores Z-1, de Brasília Teimosa, com apoio do RioMar Shopping, está contribuindo para reduzir a degradação do Rio Capibaribe

Tirar o lixo do mangue e gerar educação ambiental dos moradores que vivem nas áreas ribeirinhas do Capibaribe. Essa é a proposta do projeto Amigos do Mangue, desenvolvido pela Colônia de Pescadores Z-1, de Brasília Teimosa, Zona Sul do Recife, com apoio do RioMar Shopping. O empreendimento do Grupo JCPM adotou a iniciativa que também está gerando renda para os pescadores e para a cooperativa de catadores Pró-Recife. Ontem, na sexta coleta feita pelo grupo, foram recolhidos 36 sacos de lixo com capacidade de 100 litros, além de para-choques de carro, camas, sofás, partes de geladeira, televisão e computador.


O projeto prevê 16 coletas no entorno do RioMar. As ações vêm ocorrendo desde o mês passado e têm previsão para serem concluídas em setembro próximo. São seis barcos, sendo cinco do tipo bateira e outro com motor, usado como apoio, que saem pelo menos duas vezes por semana para a coleta. Em cada uma das embarcações, ficam dois pescadores recolhendo da água os resíduos com a ajuda de uma garra de ferro. Além disso, retiram os entulhos que ficam enganchados nas raízes da vegetação do manguezal. Cada integrante recebe uma bolsa no valor de R$ 100 por dia de trabalho.
Na coleta anterior, que ocorreu na última sexta-feira, foram retirados 234 sacos de lixo. Em menos de um mês, já foram cerca de três toneladas de entulho. “Aqui se encontra de tudo, porque as pessoas não têm consciência. Vai de garrafas de plástico, a lâmpadas e até móveis. Mas a gente faz o que pode para ver o mangue um pouco mais limpo”, diz a pescadora Marluce Soares, 44, uma das integrantes do projeto.
Ao final de cada trabalho, o entulho é separado e o que puder servir para reciclagem é encaminhado para a cooperativa. Os resíduos não aproveitados são coletados pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb). “Nossa intenção é também identificar os pontos críticos de poluição e promover a educação ambiental junto aos moradores”, explica a bióloga do RioMar, Anne Caroline de Lima.
“Quem vive do que o rio produz sabe da importância de não poluir. Nosso objetivo é chamar atenção da população e cobrar políticas do poder público”, conta o presidente da Colônia de Pescadores, Augusto de Lima, que tem 65 anos, 11 deles dedicados à pescaria. A iniciativa permite que a fauna e a flora do mangue encontrem condições favoráveis para a sua recuperação. “Nosso trabalho é motivado pela esperança de que isso melhore”, complementa.

Fontes:
http://ecocaminhada.blogspot.com/2011/08/lixo-tirado-do-mangue-gera-renda-na.html http://jconlinedigital.ne10.uol.com.br/assinantes/restrito/Romulo Bandeira

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