quarta-feira, 23 de março de 2011

As duas faces de Jano (O que é um hólon)


O hólon é uma parte integrante dos sistemas, que se constituiu ao mesmo tempo um todo completo (um sistema) assim como uma parte incompleta de outro sistema (integrando o mesmo), ou seja, um hólon quando analisado por si só, forma um conjunto completo, pois quando observamos uma qualquer organização social que tenha certo grau de coerência e de estabilidade, e que respeite uma determinada estrutura hierarquicamente organizada, podemos verificar que essa controla vários serviços por si só, formando assim um sistema completo. 

Mas essa estrutura social deve seguir ordens e prestar contas a uma entidade superior a ela, sendo assim parte integrante de um plano superior.

Um bom exemplo prático de um hólon, são as Direções Regionais de Educação, pois cada Direção tem a cargo um determinado conjunto de agrupamentos de escolas, encontrando-se hierarquicamente superior a essas, e se “olharmos” restritamente para essa determinada Direção como topo de um sistema, esse vai estar completo, pois ela integra em si vários Agrupamentos de escolas, mas se analisarmos todo o sistema, veremos que essa Direção, tem outra entidade superior a si hierarquicamente, entidade essa à qual deve prestar satisfações e seguir todas as instruções por ela dada, sendo essa entidade o Ministério da Educação. 

 É devido a essa ambiguidade do hólon, que este é caracterizado com o “Efeito de Jano”, pois Jano era o deus romano que guardava o céu, e era sempre representado como detentor de duas faces, faces essas que representavam o passado e o futuro, o ir e o vir, o início e o fim, o bem e o mal, ou seja, opostos, como a parte e o todo, o completo e o incompleto, e é isso que caracteriza um hólon, o seu ser completo e incompleto, parte e todo, criando ao mesmo tempo coesão e separação.

[Sílvio Silva]

Fonte: Wikipedia

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