Aceito a concepção cosmológica em que o universo - é entendido como uma teia de relações ou fenômenos essencialmente inter-relacionados e interdependentes onde o ser humano ou qualquer outro ser não está separado do seu ambiente natural, está inserido nos processos cíclicos da natureza e é dependente deles.
Nesta visão de mundo o espírito humano é entendido como um modo de consciência no qual o indivíduo sente-se conectado com o cosmos enquanto um todo.
De modo semelhante, na visão holística, o mundo é concebido como um todo integrado e não como uma coleção de partes dissociadas.
Este modo de compreender o mundo é coerente com a filosofia das tradições espirituais quer estejamos nos referindo à espiritualidade dos místicos cristãos, dos budistas e até mesmo está subjacente às tradições indígenas.
Fritjof Capra em concordância com Arne Naess e participantes do movimento "Ecologia Profunda" reconhecem que há um valor inerente à vida humana e que todos os seres são membros de "oikos" (lar terreno, gaia, mãe terra), ou seja, a terra não nos pertence, nós é que pertencemos à terra (palavras do chefe Seatle, indígena norte americano).
Na visão da Ecologia Profunda os valores são inerentes à toda a natureza viva pois a natureza e o eu são um só. Nesta concepção filosófica, o eu se expande até chegar a uma identificação com a natureza.
Aceitando esta compreensão do cosmos, a proteção à natureza será sentida como a proteção a nós mesmos.
Leitura recomendada: A teia da Vida - Fritjof Capra.
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