sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Porque não consigo meditar?



Como se faz a meditação transcendental

Alguns me fizeram essa mesma pergunta, hoje quero refletir com vocês sobre isso.

Aqui no Ocidente, sempre tivemos o conceito de meditação ligado a concentração. Quando digo: "Vou meditar sobre isso", vejam que existe alguma coisa, em que preciso focar, refletir...

Durante muito tempo tivemos esta referência de que meditar era pensar, refletir.
Mas a verdadeira meditação como nos ensinam os orientais, é simplesmente observar.

Observar o que for, seja como for. Observar a sua volta, observar seus gestos, observar sua respiração, observar os pensamentos que vem, observar as sensações que passam, observar detalhes a sua volta...observar...simplesmente...


Quem não sabe observar?
Nós nascemos observadores. Um recém-nascido observa. Os animais também observam.
Observar não é um ato, nem precisa ser aprendido, é inato. É um estado natural, observação é nossa natureza mais básica, mais simples, mais natural.

Meditação é Observação.
Nossa mente vai aos poucos se tornando tão tagarela, que encobre sem percebermos, a nossa simples capacidade de observar. Passamos a colocar tantos adjetivos naquilo que observamos, que nos envolvemos tanto com esses conceitos mentais, e aquilo que estamos observando ( a realidade!) fica tão distorcida por causa de tantos pensamentos que encobrem aquilo que é, ali na nossa frente.

É por isso que os mestres orientais nos dizem que meditação não se faz, meditação se é. Porque não é um fazer, se fosse nós não nasceríamos observadores ( meditadores) , teríamos que aprender, logo, seria mais um fazer, uma ação. E meditar é justamente um não-fazer, mas SER. Simplesmente se É. E o simples Ser já é meditação, já é observação.

Curioso é que nossa mente começa a funcionar por volta dos 2-3 anos de idade, ou até antes, e nunca para até que nós morremos. Isso é muito cansativo!
A mente só descansa quando dormimos, ou melhor, quando conseguimos dormir..

Claro, a mente fica tão ativa durante o dia, pensando mil coisas ao mesmo tempo, que a noite é impossível que ela simplesmente desligue e você tenha uma noite de sono maravilhosa.

Ela continua trabalhando a noite, e você sonha muito a noite toda, e acorda cansado pela manhã, e já começa de novo no mesmo ritmo de antes...isso é stressante, é desgastante e isso causa fadiga mental...embotamento, envelhecimento...

Nossa mente precisa de descanso tanto quanto nosso corpo. Não é somente o descanso no sono, mas o descanso da meditação, o descanso da simples observação.

Quando viajamos, tiramos férias, conhecemos lugares novos, relaxamos não é, porque? Simplesmente porque ficamos mais observadores, não ficamos pensando em mil coisas, estamos em um ambiente diferente, temos muitas coisas legais para ver, para desfrutar, isso naturalmente nos coloca mais soltos, e menos mentais; ficamos mais receptivos e mais centrados, porque estamos menos nas análises e mais observadores, mais contemplativos.

O bem estar das novas descobertas, o perceber novos ambientes, experimentar novas coisas faz com que estejamos mais meditativos, mais no momento presente, e isso faz toda diferença.

A meditação é exatamente isso. Centrar-se, e simplesmente observar. Observar sem julgar, observar respirando e vendo os pensamentos, as sensações, e ver cada uma delas surgindo e partindo, como as nuvens no céu.

Quando nós criamos mais e mais espaço meditativo em nós, nós levamos essa paz, essa serenidade para tudo que fazemos também. Nosso trabalho, nossas relações vão cada uma delas ficando mais belas, mais calmas, mais soltas, e mais inteligentes também. Percebemos que é possível viver sem pressa, e sendo igualmente eficientes, mas sem o sofrimento do stress da mente agitada, tagarela, e pela mente estar relaxada, ela possui um brilhantismo, uma agilidade única, justamente por estar repousada.

Voltando a nossa pergunta original: Por que não consigo meditar?

Não é fácil mesmo, no início, porque a mente tomou conta e fala o tempo todo, e você ainda segue cada um dos pensamentos que passam. Mas se você insistir, verá que aos poucos você simplesmente passa a ser um observador de cada um deles, e eles já não tem mais nenhum poder sobre você. Lembre-se que é a sua energia ( consciência ) que alimenta a mente e os pensamentos, logo, se você não ficar alimentando cada um deles, eles simplesmente minguam e desaparecem.

E aí você descobre novamente, a dimensão pura original do observador, a dimensão que nós somos, a que nós nascemos. O olhar das criancinhas como dizia Jesus. O olhar puro, sem julgamento, sem nenhum conceito sobre a realidade. Ser simplesmente observação, tranquila, pura e simples, isto é meditar.

O sono é outra coisa que também pode acontecer se você está começando a praticar meditação. O cérebro a princípio confunde a mente difusa, não focada com sono. Muitos relatam que sentem sono, uma moleza no corpo e vontade de dormir quando começam a praticar a meditação. Isso é absolutamente normal. A observação não identificada precisa ser re-lembrada, pois ficou escondida sob uma montanha de pensamentos, lógica e racionalidade. 
Osho diz que é o reconhecimento do quarto estágio da mente, ou Turya, que não é nem vigília, nem sono e nem sonho. Trata-se do estágio onde estamos absolutamente presentes, conscientes, não identificados em profundo estado de relaxamento.

A prática fará com que você possa permanecer todo o tempo em puro estado não identificado. Mente silenciosa inclusive quando fala, trabalha, e até quando pensa! O pensamento acontece na periferia da mente, mas o profundo permanece em absoluto silencio intocável.

Para aqueles que são muito estressados, com a mente que viaja a mil por hora, recomendo iniciar com as meditações ativas do Osho ( vejam aqui no blog em Meditações ), tente começar com a meditação Kundalini ou mesmo a Dinâmica. Elas foram criadas justamente pare serem praticadas por quem possui a mente muito ativa. Depois você pode passar para a meditação Nadabrahma, ou a Gurishankar ou outras e chegar ao Zazen que é simplesmente sentar e observar, pacíficamente, completamente.

Osho dizia que devemos experimentar todas. Também concordo com ele. Experimente diferentes tipos de meditação, e digo mais, inclusive a Yoga, o Tai Chi, as diferentes Artes Marciais podem ser usadas como meditações, na verdade tudo pode se transformar em meditação, tudo mesmo, basta que você esteja presente, em pura observação, sem julgar, e naturalmente você encontrará as que mais lhe agradam.
Tente e você conseguirá...estou certa disso...afinal, é um estado natural seu...meditação você já é...nenhum esforço é necessário, pelo contrário, abandone o esforço da mente, e volte a ser simples meditação...
 
Autora: Lilian Amorim

Fonte: http://ventosdepaz.blogspot.com.br/2012/09/por-que-nao-consigo-meditar.html

Amor: O Alimento Fundamental

Por que as pessoas desejam a riqueza, buscam a fama, procuram pelo poder, pelo prestígio, pelo destaque social de algum modo?
Para obterem amor.
Por que elas querem ficar bonitas, fazem dietas ou cirurgias plásticas, frequentam academias de ginástica, vão à escola e trabalham, fazem faculdade e cursos diversos, pretendem promoções e escalar na hierarquia das empresas ou subir na carreira profissional? Por que querem tanto ser admiradas e respeitadas, acumulam conhecimento ou títulos acadêmicos, bem como qualquer outro valor?
Para serem amadas.
Por que tantos buscam o “príncipe encantado” ou a “princesa pura e casta”, o “grande amante” ou o “grande amigo”, o “grande mentor”, o “grande líder”, “grande ídolo”, ou a “grande igreja”, uma “grande filosofia” ou uma “grande causa”?
Para se sentirem de posse de uma fonte segura de amor.
Por que perseguem, com afã, prazeres variados, passeios, sexo, divertimento, alimentação descontrolada, drogas e outros escapes? Por que surtam de raiva, de ciúme, de inveja, de ganância ou de ódio?
Porque desejam e nem sempre conseguem se sentir amadas.
Há, porém, uma contradição fundamental, uma falha de foco basilar que é crítica para o entendimento desta fonte universal de alimento da psique e, ao mesmo tempo, a chave para a solução de todos os enigmas humanos. As pessoas não precisam, propriamente, ser amadas. Precisam de amor. 
Apenas deduzem elas que o conseguirão por meio do amor que os outros lhe devotem, ou, em outras palavras ainda: o respeito, o medo, a submissão ou o prazer ofertado por terceiros, conceitos estes, lamentavelmente, ainda mais distorcidos da verdade fundamental da fome de afeto. 
E ainda quando algumas percebem que o de que necessitam é, realmente, o amor, dedicam-se à Espiritualidade, à família, aos entes queridos, ao próximo, mas, mesmo assim, comumente, sentem que precisam mendigar o afeto alheio, dos espíritos, dos anjos ou de Deus, o que é um ledo, enorme engano, porque a Divina Providência não poria todos à mercê do capricho alheio, para atenderem a uma necessidade basilar do psiquismo; nem, por outro lado, das formas distorcidas de amor que se costuma encontrar, nos níveis primários de evolução humana, como na Terra.
Os santos que habitaram o orbe manavam este amor especial. As mães, de certa forma, fazem-no. As mulheres submissas e os parceiros carentes, idem. Os filhos pequenos, no amor idolátrico aos pais, também. Os admiradores de grandes professores e de celebridades, igualmente. Mas toda essa forma de amor é oscilante, inconstante e de constituição variada, nem sempre conforme as necessidades psíquicas de quem o recebe.
Por outro lado, o Criador não poderia pôr a satisfação da necessidade fundamental do ser humano, nas mãos de uns poucos eleitos: aqueles que têm muito amor a dar. Não poderia exigir que apenas grandes místicos e santos, mães sacrificadas ou grandes corações amantes tivessem farta provisão do que é alimento primordial de todos.
E onde reside a chave da questão? Num simples dado de sentido. O amor, para ser recebido, não precisa ser recebido. É isto mesmo: trata-se de um paradoxo, como todas as verdades espirituais profundas. O amor não é uma mercadoria escassa, ao modo das posses materiais, algo que se perde ao se dar, e que diminui quando se divide. Mas justamente o contrário: expande-se à medida que se o oferta; multiplica-se, à medida que é partilhado. Não é, portanto, algo que precise ser comerciado com outras criaturas, ao modo de acertos, contratos ou conchavos.
Trata-se de uma força que promana do íntimo de cada criatura, dela para ela mesma, ou dela para outras criaturas. Eis por que, quando falta receber de fora, alguém pode obter esse suprimento capital de energia psíquica de dentro de si mesmo. E, principalmente, no simples ato de dar amor, alguém se abastece do combustível essencial para sua psique, nutrindo a si e a uma legião de criaturas que esteja em seu círculo direto ou indireto de influência pessoal.
Quer se sentir pleno, satisfeito, em paz? Dê amor.
Não lhe retribuem? Dê ainda mais amor.
Foram ingratos? Continue dando amor.
Aquel’outros fazem uso indevido do amor que lhes dá e se tornam perversos? Afaste-se deles e dê amor alhures.
O amor é infinito, pródigo e não se manifesta de forma pessoal ou discriminatória. Jamais caia na tentação de cobrar dos outros o amor que você deve a todos. Paradoxalmente (mais um paradoxo), quando der sem esperar nada em troca, o amor virá em sua direção, a mancheias, de diversas fontes, embora não das mais desejadas ou esperadas, pelos seus caprichos e interesses humanos. E, principalmente, virá de dentro e de Cima, repletando-o de uma forma intraduzível que somente quem passa pela experiência pode compreender o que falo.
Está com fome espiritual, com sede de afeto? Alimente-se. Torne-se você mesmo a fonte d’água pura, para si, e ainda contemple, feliz, tornar seu coração uma fonte de felicidade, paz e conforto, para inúmeras outras criaturas.
A felicidade e a bem-aventurança não são uma prerrogativa de santos e anjos. Eles estão em níveis mais altos de expressão desta energia de procedência divina, filtrando-a de modo mais puro, mais claro. Todavia, no seu nível humano, você também pode e deve sintonizar o amor, em forma de bondade, ternura, acolhimento, paciência, simpatia, doçura. E, destarte, estará dando a manifestação singularíssima desta energia divina, conforme a filtragem idiossincrática de sua alma. 
E, curiosamente: não só estará prestando um serviço original ao mundo, já que ninguém mais poderá fazer como você, porque ninguém é como você, como ainda estará se alimentando da forma personalíssima que sua natureza exige, porque ninguém filtrará, como você, para você, a energia espiritual provinda de Deus, da exata forma como você é e precisa. 
Portanto, dar para os outros é a melhor forma de dar do melhor modo para si mesmo, já que, se viesse de outrem, mesmo que de um santo ou de um anjo, viria no diapasão próprio daquela personalidade que, por mais elevada e respeitável, ainda assim não será você, e, portanto, jamais suprirá totalmente suas necessidades de energia espiritual específicas, de que só sua consciência lhe pode prover. 
Doce mistério divino, que compele toda criatura a buscar a ascese evolutiva e faz com que aqueles que parecem sacrificados, por serem os que tomam a iniciativa de dar amor primeiramente, ainda que sem retribuição, sejam, em verdade, supridos em suas carências íntimas como ninguém mais, como nenhum de seus beneficiários, que sempre estarão se alimentando do amor da sua forma e não da deles mesmos.
Quer ser feliz? Dê amor.
Quer estar pleno? Dê amor.
Quer preencher o vazio de seu coração? Dê amor.
Quer se sentir bem-aventurado e completamente realizado? Seja a fonte do amor de quantos puder, sem desejo de receber compensações.
Assim fazendo, pequenos “toquinhos” de “asa” começarão a surgir nos “ombros” de sua alma, e, mais que tudo, como ser humano, estará se tornando, gradativa e seguramente, mais realizado e feliz, a caminho de níveis progressivamente mais altos de expressão de si, de crescimento, de aprendizado e de ainda mais, infinitamente mais: felicidade!
Benjamin Teixeira


Pelo espírito Eugênia
Fonte: http://verdademundial.com.br/amor-o-alimento-fundamental/