segunda-feira, 26 de março de 2012

Caminhar ao encontro do Puro Ser


Cada passo à frente que damos nesse caminho do autoconhecimento nos deixa mais próximos de uma poderosa e eterna corrente do universo. Nós podemos chamá-la de força de vida, um aspecto de Deus, razão pura, puro amor ou puro ser.


Cada pequena vitória pode nos dar um vislumbre ocasional da grande liberdade e indescritível felicidade de ser uma parte desta corrente eterna. O que separa a humanidade dessa corrente são as obstruções da psique como egoismo, orgulho, covardia e medo.


Se deseja encontrar sentido em sua vida, cultive o pensamento :
"Desejo servir não somente meu próprio objetivo imediato e pequeno, mas também levar ajuda, significado e felicidade aos outros."
Se tal pensamento for sincero não poderia haver uma prece melhor. 

Palestras do Guia de Eva Pierrakos

O Cariri Paraibano


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Crédito da foto : Cristina Evelise e Inês Tavares. 
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Crédito da foto : Cristina Evelise e Inês Tavares.

Lajedo de Pai Mateus no Cariri paraibano na cidade de Cabaceiras
http://www.mussulobymantra.com.br/conheca-destino
Parque dos dinossauros no município de Souza (região do Cariri paraibano)

 http://www.mussulobymantra.com.br/conheca-destino


Pedra do capacete no grupamento de pedras do sítio do Pai Mateus

É assim na região do Cariri Paraibano onde vive Zabé da Lóca. Ela tem 86 anos e é uma tocadora de pífano, uma flauta tipicamente nordestina, de Monteiro na Paraíba. Ela viveu em uma caverna por 25 anos e hoje está mudando a vida de muita gente do assentamento onde mora. 

http://www.movimentonatura.com.br/blog-acolher/zabe-da-loca-cultiva-sonhos-no-cariri-paraibano/53/ 

Fauna e flora do cariri - Foto de Egberto Araújo
 
Intervenções humanas : açude do boqueirão em Cabaceiras
Região do Lajedo do Pai Mateus

http://paraibaonline.com.br/index.php/editorias_inc/6/823835 

Alvorada no cariri - http://caririligado.zip.net/arch2008-02-10_2008-02-16.html
Fruto do Jucá, árvore encontrada no Cariri paraibano

 

 

http://www.blocosonline.com.br/literatura/prosa/proflores/proflores002.php 
http://blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental/2011/06/page/2/ 
Ipê amarelo no cariri
http://blogs.diariodonordeste.com.br/gestaoambiental/tag/arvore/ 
Foto de Egberto Araújo
 mulungu -Erythrina mulungu_arvore-de-coral
Mulungu florido (Erythrina speciosa)
Mulungu (Erythrina velutina)
Mulungu
Mulungu do litoral (Erythrina speciosa)
Foto de Antonio Lopes
A região do Cariri, no Estado da Paraíba, é um dos lugares mais belos do sertão brasileiro, onde a paisagem típica da caatinga é pontuada por recantos dotados nos quais a água abundante e o verde da vegetação enchem os olhos dos visitantes. Compreende 29 municípios que são divididos entre duas microrregiões: o Cariri Ocidental (com 6.983 km²) e o Cariri Oriental (com 4.242 km²). Parte integrante da Mesorregião da Borborema, trata-se de uma das regiões mais secas e de temperaturas mais altas do Brasil, com uma média de 25º C.

A aridez local faz um contraponto com a bacia hidrográfica do rio Paraíba, quase em sua totalidade abrigada no Cariri, onde o sertão brasileiro foi abençoado com a maior concentração de oásis. A paisagem típica dessa região de caatinga compõe-se ainda de cactos (a palma forrageira é a mais abundante), bromélias e grandes formações rochosas que atraem turistas de todo o mundo e ainda servem de moradia para alguns nativos. Uma das mais conhecidas é a Muralha dos Gigantes, que se estende do Rio Grande do Norte e chega até quase Pernambuco, cortando o Cariri ao meio.
No Lajedo de Pai Mateus, localizado em Cabaceiras, pode-se apreciar uma paisagem única formada por cerca de uma centena de grandes pedras arredondadas que chegam a pesar 45 toneladas. Elas são palco de sítios arqueológicos com inscrições e figuras rupestres e artefatos de grupos indígenas primitivos como flechas, lanças, machados e panelas, indicando a presença do homem há mais de três mil anos.
Raridades não só geológicas mas também históricas estão espalhadas por quase todo Cariri, como no Sítio do Bravo, em São João do Cariri. Lá foram encontradas ossadas de grandes mamíferos que viveram há cerca de um milhão de anos, como tigre dente-de-sabre e preguiça gigante.

A caatinga se constitui num ecossistema extremamente adaptado às condições de aridez, com um notável potencial de regeneração, porém, seus mecanismos de autodefesa tornam-se consideravelmente vulneráveis as condições que lhes são impostas. 

Também é importante considerar o processo de ocupação da região, os desmatamentos indiscriminados, associados à fragilidade natural desse ecossistema, que acarretaram sérias conseqüências para os geótopos e para as biocenoses, dentre estas a redução da diversidade biológica da vegetação nativa.

Fontes 

Para o melhor amigo o melhor pedaço!


Fonte da imagem: google images

Sei que este conto de autor desconhecido anda espalhado pela web e não poderia ser diferente, cada blogueiro ao lê-lo, o acha interessante e resolve publicá-lo. Embora este post seja apenas mais um a publicar este conto, mesmo assim resolvi fazê-lo por entender que quanto mais fizermos apologia da amizade do cão pelo homem e vice-versa ela nunca será excessiva.


Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira-lata que atendia pelo nome de Malhado.

Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito com sobras de comida dos mais abastados. Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras.
Serapião era conhecido como um homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranqüilo, mesmo quando não havia recebido nem um pouco  de comida. 

Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que Deus determinava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos. Serapião agradecia com reverência e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava.

Tudo que ganhava, dava primeiro para o malhado, que, paciente, comia e ficava a esperar por mais um pouco.
Não tinha onde dormir, onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte e, ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte.
Aquela figura me deixava sempre pensativo, pois eu não entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor.

Certo dia, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas fui bater um papo com o velho Serapião. Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o que Serapião, não sabia. Dizia não ter idéia, pois se encontraram um certo dia quando ambos andavam pelas ruas e falou:

- Nossa amizade começou com um pedaço de pão, ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu, abanando o rabo, e daí, não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso.

Curioso perguntei:

- Como vocês se ajudam?

 - Ele me vigia quando estou dormindo, ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Também quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.

Continuando a conversa, perguntei:

- Serapião, você tem algum desejo na vida?

- Sim, respondeu ele - tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina.

- Só isso? Indaguei.

- É, no momento é só isso que eu desejo.

- Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo.

Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei. Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o Malhado, e comeu o pão com os temperos.

Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço, não contive e perguntei intrigado:

- Por que você deu para o Malhado, logo a salsicha?

Ele com a boca cheia respondeu:

- Para o melhor amigo, o melhor pedaço! E continuou comendo, alegre e satisfeito.

Despedi-me do Serapião, passei a mão na cabeça do Malhado e sai pensando.

Aprendi como é bom ter amigos. Pessoas em que possamos confiar. Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal. Jamais esquecerei a sabedoria daquele eremita: 
Para o melhor amigo o melhor pedaço!