quinta-feira, 10 de julho de 2014

"NADA JAMAIS VAI EMBORA ATÉ QUE TENHA NOS ENSINADO O QUE PRECISAMOS SABER."

http://versiculosemeditacoes.blogspot.com.br/2013/06/se-ficarmos-olhando-para-os-obstaculos.html

“Em relação ao nível interior de obstáculos, talvez nada realmente nos ataque exceto nossa própria confusão. Talvez não exista um obstáculo sólido exceto nossa pró
pria necessidade de nos proteger de sermos tocados. Talvez o único inimigo seja que nós não gostamos do jeito que a realidade é agora e então desejar que ela vá embora rápido. 

Mas o que nós descobrimos como praticantes é que nada jamais vai embora até que tenha nos ensinado o que precisamos saber. Mesmo se corrermos a mil quilômetros por hora até o outro lado do continente, encontraremos o mesmo problema lá nos esperando quando chegarmos. 

Ele fica retornando com novos nomes, novas formas e novas manifestações até que aprendamos o que ele tem pra nos ensinar: Onde estamos separados da realidade? Como estamos nos retraindo ao invés de nos abrindo? Como estamos nos fechando ao invés de nos permitir experimentar inteiramente o que quer que encontremos?”

Fonte:https://pt-br.facebook.com/MestresDeSabedoria

ATENÇÃO AO QUE TE INCOMODA, TENS ALI UM MESTRE


 





Perceber que tudo o que vivemos é a nosso favor
Estamos perante um antigo ditado chinês:
“Atenta ao que te incomoda, tens ali um mestre.”


Passamos uma vida inteira a julgar. Isto é bom, aquilo é mau. Quero isto, não quero aquilo. Em simultâneo, corremos atrás do que nos convencemos ser bom, esquecendo o todo maior, a existência inteira, perseguindo uma fantasia. Mas tudo é importante, por fazer parte da existência em que nos inserimos.

Este antigo ditado, é muito difícil de interiorizar. Que mestre tenho no barulho dos vizinhos? Que mestre tenho na indiferença dos outros? Que mestre tenho, num governo que me cobra tantos impostos e retira os apoios à saúde e à educação? Que mestre tenho na forma como se conduz no nosso país?


Para percebermos isto, temos de começar por perceber o que é um mestre. Mestre, é aquele que nos ajuda a sermos nós próprios, ou seja, nos ajuda a encontrarmos o nosso próprio caminho ou via. O mestre não tem importância em si. O que é ou não, é indiferente. 


Este mestre, não tem de ser forçosamente uma pessoa; uma pessoa incomodativa. Este mestre está no facto em si. É no facto em si que existe algo a ser revelado. Se estivermos muito atentos a um facto em si, perceberemos o que nos incomoda, o que temos de evitar ou de implementar nas nossas vidas. 


Perante novos factos incómodos, passamos a estar gratos pela lição em vez de incomodados. Passamos a aceitar os incómodos da vida para descobrir neles as suas importantes lições: mas agindo. Sem acção não há lição. Sem prática não se gera a verdadeira aprendizagem.



Se nos recordarmos das lições da vida, das que nos ficaram fortemente enraizadas, elas contiveram emoção, significado e acção. Melhor seria, se permitíssemos um silêncio a seguir à emoção tornando-nos conscientes dela, não ficando por uma simples e cômoda explicação.

Interiorizar esta magnífica e simples lição, leva-nos a viver com um sorriso interior os novos incómodos, lições gratuitas que a vida nos dá. Também acontece outra coisa prodigiosa: cada vez menos coisas nos incomodam.
O Universo, a existência, Deus, o que lhe quiserem chamar, é omnipresente. Encontra-se em nós e rodeia-nos. Somos seus filhos queridos e os seus sinais não revelam mais que a preocupação de um pai perante os que mais ama.


Mas somos muito cegos e surdos. Somos também muito convictos de que sabemos seja o que for. Somos muitas vezes o pior ignorante; e este é o que se convenceu de que sabe. Com este convencimento ignoramos os sinais da vida, a constante informação da existência. Que é silenciosa! Não é verbal nem mental.


Uma folha ou uma flor nascem e crescem silenciosas, com uma quietude cheia de dignidade, amor e beleza. 
Perceber este ditado exige contemplação. Não é a olhar para o lado. É sentir atento e profundamente os seus sinais. Sem pensar nem julgar nada, permitindo que o óbvio se revele.

Aprendi-o há bastantes anos, já nem me lembro onde. Levei muito tempo a interiorizá-lo e vivê-lo. É fácil reagirmos brutalmente ao que nos incomoda. Mas se pararmos para pensar no que têm sido as escolhas da nossa vida para estarmos a viver aquela experiência, agradecermos à existência a sua vivência.


Agradecendo, por nos tornarmos conscientes das nossas dúvidas, fraquezas e questões. Tendo assim a possibilidade de as transformar em conhecimento, força e capacidade de resposta.
Agradecendo, pela lição dada. Pelo mestre ali contido.


Por Ishi