sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Oração essênica em reverência à mãe Terra

Abençoado seja o filho da luz que conhece a sua mãe Terra,
Pois é ela a doadora da vida.
Sabes que a tua mãe terra está em ti e tu estás nela.

Foi ela que te gerou e te deu a vida,

E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás.
Sabes que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue de tua mãe terra.
O sangue dela cai das nuvens, jorra do ventre dela
Borbulha nos riachos das montanhas,
Flui abundantemente nos rios das planícies.
Sabes que o ar que respiras nasce da respiração da tua mãe terra,
O alento dela é o azul-celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta.
Sabes que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos da tua mãe terra,
Sabes que a maciez da tua carne nasceu da carne da tua mãe terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos
Nasceram das cores e dos sons da tua mãe terra
Que te rodeiam feito as ondas do mar cercando o peixinho
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro
Em verdade te digo: tu és um com a tua mãe terra
Ela está em ti e tu estás nela
Dela tu nasceste, nela tu vives e para ela voltarás
Novamente.
Segue, portanto, as suas leis,
Pois teu alento é o alento dela,
Teu sangue o sangue dela,
Teus ossos os ossos dela,
Tua carne a carne dela,
Teus olhos e teus ouvidos são dela também.
Aquele que encontrou a paz na sua mãe terra
Não morrerá jamais.
Conhece esta paz na tua mente.
Deseja esta paz ao teu coração.
Realiza esta paz com o teu corpo.


AS UTOPIAS PODEM SE TORNAR REALIDADE?



Desenho representando Atlântida
Representação de um modelo de ecovila da Rede Mundial Aurora

Outra representação de Atlântida
Fotografia de uma ecovila
ecovila
Ecovila


Não é de agora que o ser humano começou a criar uma grande confusão no planeta Terra provocando violência e destruição, haja vista as guerras de conquista imperialistas e mesmo o expansionismo das religiões ( as cruzadas da igreja católica são um exemplo). 

Contudo, também não é de agora que outro tanto de seres humanos preocupa-se em instaurar um mundo de harmonia, paz e beleza entre as nações.  Este sentimento  de restauração da harmonia no mundo onde vivemos tem sido chamado de Utopia
.
Utopia tem como significado mais comum a idéia de civilização ideal, imaginária, fantástica. Pode referir-se a uma cidade ou a um mundo, sendo possível tanto no futuro, quanto no presente, porém em um paralelo. 

A palavra foi cunhada a partir dos radicais gregos οὐ, "não" e τόπος, "lugar", portanto, o "não-lugar" ou "lugar que não existe".  É um termo inventado por Thonas Morus que serviu de título a uma de suas obras escritas em latim por volta de 1516.  


Já o termo "utopismo" consiste na ideia de idealizar não apenas um lugar, mas uma vida, um futuro, ou qualquer outro tipo de coisa, numa visão fantasiosa e normalmente contrária ao mundo real. 

O utopismo é um modo absurdamente otimista de ver as coisas do jeito que gostaríamos que elas fossem.
O primeiro grande livro a traçar os contornos de um estado imaginário é a obra prima de Platão, A República.

  Durante o século XVI, em plena renascença, surgiram alguns escritos utópicos. Thomas Morus, pensador de origem inglesa foi um dos melhores representantes das ideologias humanistas que surgiram no período mencionado. 

Para Morus a sociedade ideal se assemelha à sociedade apresentada por Platão em : A República. Segundo alguns críticos sua obra de ficção se constituiu numa verdadeira crítica social, política e religiosa à sua época que era a Inglaterra dominada pelo rei Henrique VIII.

Em sua obra, a utopia se desenvolve numa ilha imaginária onde todos vivem em harmonia e trabalham em favor do bem comum. 

Desde então, o termo "utopia" está associado à fantasia, sonho, fortuma e bem estar. Com suas idéias Morus se aproxima em alguns aspectos, dos modernos socialistas, como por exemplo a abolição da propriedade privada. 

 A Utopia de Morus é uma obra que apesar de ter sido pensada no mundo do período renascentista, apresenta questões bem atuais, anseios de acomodação e resolução de problemas que ainda hoje são vividos pelas sociedades da América Latina, África, Ásia e Terceiro Mundo em geral. 

A ausência de miséria, de desemprego e a valorização do trabalhador eram algumas das principais metas que sua obra de ficção se propunha, as quais perduram até hoje sem que tenham sido atingidas. 

Este autor esquematizou uma sociedade ideal, sonhada e formalizada nas páginas de um livro que infelizmente continua sendo, para tantas pessoas no planeta, tão atual como o foi há quase cinco séculos atrás. 

Pode-se afirmar que os autores de utopias projetam suas esperanças de justiça e virtude que não veem em sua própria sociedade, em algum mundo no além, seja divino, galáctico ou terreno, negando assim a eternização de uma realidade medíocre e sufocante.


A utopia contemporânea não é mais a denominação de uma ilha distante e imaginária, ou seja, um não lugar, mas o ideal que se busca através de lutas e reivindicações no mundo atual.

As teorias fundantes da ecologia, movimento atual que visa uma transformação da sociedade como ela se apresenta atualmente, são, enquanto não se realizam em sua plenitude, utopias, um sonho que busca se concretizar numa pratica de transformação no aqui e no agora.

Já existem utopias contemporâneas e uma delas se denomina ecosocialismo utópico que surgiu no Canadá. Segundo os defensores deste movimento,  o "Ecossocialismo é uma utopia, neste sentido, que se baseia na convicção de que "outro mundo é possível", um outro mundo que ainda não existe em nenhuma parte.. 

 Qual é então o ecossocialismo? É uma corrente ecológica de pensamento e ação que se reapropria das realizações fundamentais do socialismo -, libertando-a da sua escórias produtivistas. 

 Para ecosocialistas, a lógica do mercado e do lucro - assim como a do autoritarismo burocrático do "socialismo real" - são incompatíveis com as exigências de preservação do equilíbrio ecológico. 

 A crise ecológica planetária atingiu um ponto decisivo com o fenômeno da mudança climática, provocada, como é conhecido, pelos gases de efeito estufa emitidos pela queima de combustíveis fósseis energias base (petróleo de carbono). 

 Menos de dois anos atrás, a Rede Internacional Ecocosialist publicou um manifesto sobre a mudança climática, no caso do Fórum Social Mundial de Belém do Pará, Brasil (Janeiro 2009). Este documento declara: "O aquecimento global se for deixado sem controle terá efeito devastador sobre a humanidade, a fauna e a flora.

 Os rendimentos da colheita cairá drasticamente, provocando a fome em grande escala. Centenas de milhões de pessoas serão atingidos pela seca em algumas regiões e pela ascensão do nível do oceano em outros. A temperatura caótica e imprevisível será a norma. "

Um outro  exemplo concreto deste movimento que acredita  na existência de um novo paradigma emergente, ao qual dão concretude, são as ecovilas. A Instituição que engloba  e representa todos aqueles que comungam o ideal de transformar o modo de ser da sociedade atual, dentro de princípios de uma ecologia profunda é a Rede Mundial de Ecovilas.

 Post script : as semelhanças com Agharta não são mera coincidência porque Agharta é um tipo de utopia espiritualista, que busca resultados semelhantes.

Compilado dos livros e internet
Bacon, Francis. A Nova Atlântida. Coleção os Pensadores. Abril Cultural. Tradução de JoséAndrade.
More, Thomas. A Utopia. Trad. de Jefferson Camargo e Marello Cipolla. Ed. Martins Fontes. São Paulo, 1993.
Platão. A República. Trad. Maria Helena Rocha Perira. Ed. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa Portugal
http://ecosocialismcanada.blogspot.com/2011/01/ecosocialist-utopia.html

DAMANHUR A ECOVILA ITALIANA - um sonho possível

Vale Valchiusella, região italiana do Piemonte, a 40 km de Turim. Este é o ...
Vale Valchiusella, região italiana do Piemonte, a 40 km de Turim. Este é o endereço de uma das mais simbólicas ecovilas do planeta: Damanhur. É lá que, desde 1979, seus moradores desenvolvem um modelo de vida diferente, mais integrado à natureza e às artes, porém não menos conectado às descobertas científicas e tecnológicas do mundo que a cerca.
Damanhur ou "Cidade da Luz" é o nome de uma antiga cidade egípcia. Mas nos Alpes piemonteses, no Vale Valchiusella, é sinônimo de comunidade sustentável bem-sucedida - reconhecimento, aliás, que atravessou fronteiras. 
Em 2005, durante o Fórum Global de Assentamentos Humanos das Nações Unidas, na China, a Damanhur recebeu o prêmio de modelo de sociedade sustentável, por sua colaboração com autoridades locais e seu comprometimento com o desenvolvimento de territórios vizinhos.
Em seus 520 hectares, dos quais 300 são áreas naturais preservadas, criatividade e inovação são como palavras de ordem da ecovila, que acumula feitos importantes em sua trajetória de 30 anos. -Damanhur possui, por exemplo, uma moeda própria, paralela ao Euro, chamada Credito, e desenvolve mais de 80 atividades econômicas e serviços, que rendem um faturamento anual de US$ 25 milhões-, conta Victor Leon Ades, engenheiro e designer de sustentabilidade, que relatou sua experiência na ecovila italiana em palestra do projeto "Diálogo com as Ecovilas", promovido pela UMAPAZ - Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz, em São Paulo, em março de 2009. 
Além disso, a ecovila mantém casas multifamiliares (cohousing) para abrigar até 25 pessoas, produz uma grande variedade de alimentos orgânicos, realiza pesquisas de tecnologias verdes e construiu ao longo dos anos, em regime de mutirão, enormes Templos da Humanidade, salões subterrâneos que atraem visitantes do mundo inteiro. 
A seguir, selecionamos algumas das muitas curiosidades de Damanhur, que se inspira na experiência de civilizações antigas e nas mais novas descobertas tecnológicas para moldar sua própria história e inspirar outras comunidades. E se quiser conhecer outras comunidades sustentáveis, visite o site da Rede Mundial de Ecovilas.
Cohousing: uma casa, várias famílias

NOTA DA BLOGUEIRA: Ecovilas podem dar certo, ser sustentáveis, auto suficientes e lucrativas. Pois é, algumas utopias podem se tornar realidade, dependendo da capacidade, amadurecimento, evolução dos seus desenvolvedores.
Um título para uma foto sem titulo

Um título para uma foto sem titulo
Um título para uma foto sem titulo


Um título para uma foto sem titulo

FONTE:http://casa.abril.com.br/materia/damanhur-a-ecovila-italiana-de-us-25-milhoes

Damanhur, um sonho possível

Localizada em Piemonte, na Itália, a Federação de Damanhur é uma ecovila que propõe um novo modelo de organização comunitária e de vida. Aqui, a representante internacional, Esperide Ananás, conta um pouco sobre a história da comunidade e mostra que sonhar e colocar a mão na massa são ingredientes essenciais para um mundo muito melhor



Silvia Buffagni é formada em Literatura inglesa e espanhola pela Universidade IULM, em Milão, com mestrado em Artes da Comunicação pela Universidade de Nova Iorque, fluente em cinco línguas, já trabalhou no Parlamento Europeu e foi consultora de organizações italianas e internacionais. Em 1992, quando trabalhava em Milão como Relações Públicas e já era reconhecida pelo seu trabalho na Itália, foi convidada por um amigo a conhecer a Federação de Damanhur, uma eco-sociedade que existia desde 1975 e propunha um novo modelo de organização comunitária e de vida. A intenção do convite era pedir à Silvia que organizasse uma campanha junto à imprensa para apresentar, ao mundo, aquela comunidade e os Templos da Humanidade – verdadeiras obras de arte construídas por seus moradores.

“Era julho, estava muito quente e eu disse que não iria, que preferia ir à praia”, conta. No entanto, a insistência do amigo foi tão grande que ela resolveu ir até o local para ver o que ele queria lhe mostrar e seguiria para a praia logo depois. “Fiquei tão encantada que, não só não fui à praia naquele final de semana, como decidi ajudá-los a divulgar a existência dos templos para as pessoas. E resolvi morar ali”. 

Hoje, Silvia Buffagni é Esperide Ananás. O nome escolhido por ela para a vida na comunidade faz referência a uma espécie de borboleta e ao abacaxi, para contemplar tanto o ar quanto a terra. Esperide é a representante internacional de Damanhur, ministra seminários pelo mundo sobre novos modelos sociais, econômicos e espirituais para a sustentabilidade e trabalha com cura sélfica na comunidade. 

Desde 2005, ela também é membro do Pearl Group, um programa destinado a empresas, que ajuda as pessoas a se abrirem para a própria criatividade por meio de jogos e meditação. “A prática é voltada para quem tem êxito profissional, mas não sabe o que fazer de sua vida e quer algo diferente”, define. 

Em agosto de 2009, Esperide veio ao Brasil para participar da Campanha para Liderança Climática, do State of the World Forum, conhecida como Brasil 2020, lançada em Belo Horizonte. Em seguida, veio para São Paulo, onde ministrou palestras e fez atendimentos. Na época, ela conversou com o Planeta Sustentável e contou sobre a vida em Damanhur. O mais interessante é que várias práticas adotadas ali podem servir de modelo e ser replicadas em vários lugares do mundo. 

Como surgiu a Federação de Damanhur? 
Em Turim [Itália], havia um centro que trabalhava com medicina natural e atividades chamadas de paranormais, ou seja, todas as coisas que não se podia explicar. Oberto Airaudi [fundador de Damanhur] trabalhava e dava palestras nesse centro e, depois de um tempo, juntamente com um grupo que se encontrava todo final de semana, decidiu se dedicar a ter uma vida verdadeiramente espiritual em uma comunidade. Eles rodaram o mundo durante dois anos para encontrar um lugar adequado e, quando voltaram à Itália, Oberto sugeriu que eles fossem ver o que havia nas colinas próximas de Turim. Não havia nada além de pinhas: o lugar era completamente inóspito. De repente, um senhor muito velho chegou até eles gritando: por que demoraram tanto? Estou esperando vocês há anos! 

Então, ele contou que, anos antes, teve um sonho em que uma mulher lhe dizia para comprar aquelas terras, pedaço por pedaço, porque uma comunidade iria se formar ali e servir de exemplo para todo o mundo. Esse senhor não tinha muitos recursos e pegou todo o seu dinheiro para atender ao pedido. Mas, durante um bom tempo, nada aconteceu. O grupo comprou as terras e deu início a Damanhur. 

Quantas pessoas compunham esse grupo?
Damanhur começou com 13, 14 pessoas, depois eram 40 e depois muitos mais. Hoje, são cerca de mil habitantes. Em 1992, os templos construídos pelos moradores da comunidade foram descobertos e começou a vir gente de todo o mundo. Já estamos na terceira geração de damanhurianos, são filhos dos filhos dos que nasceram em Damanhur, e estamos muito felizes com isso, pois agora temos uma sociedade dinâmica. 

Vocês se denominam uma ecossociedade. O que caracteriza esse conceito? 
Viver em uma eco-sociedade é trabalhar para deixar a terra melhor do que como a encontramos. Tratamos de viver segundo os mesmos princípios propostos pela Carta da Terra. São princípios que já havíamos escolhido e foi fantástico ver que eles também estão escritos, são claros e servem de referência para o mundo. Entendemos que a ecologia não se resume à Terra, mas às relações humanas.

A espiritualidade está muito presente em Damanhur. Como você relaciona espiritualidade e sustentabilidade? Sem espiritualidade não podemos construir uma vida sustentável. A espiritualidade é o valor que nos faz sentir que, ao final, todos somos um. Esse é um valor ético muito profundo que precisamos despertar para nos livrar desse egoísmo, transmitido pela propaganda, durante anos e anos, para termos cada vez mais e pensarmos apenas em nós e em nossa pequenina família. Os demais não existem. 

Só um despertar espiritual pode mudar isso de uma forma rápida, já que não temos mais muito tempo. Por isso construímos os templos em Damanhur. Foi uma forma de criar um espaço sagrado para que aqueles que os visitem sintam a presença desses valores. 

Há uma religião em Damanhur?Os novos tempos não são para as religiões. Elas foram úteis até certo ponto, mas em muitos lugares, as religiões não servem para despertar as pessoas. Por exemplo, o Papa diz que não podemos praticar a contracepção, mas se não diminuirmos a quantidade de gente que vive neste planeta, vamos morrer todos. 

A espiritualidade deve funcionar como um despertar de valores éticos, e apenas falar sobre o assunto não é o suficiente. É por isso que temos a comunidade, afinal, é na vida cotidiana que podemos verificar se estamos crescendo de forma espiritual. Se os templos são belos, mas as pessoas brigam ou há sujeira nas ruas, não estamos praticando a espiritualidade. 

Viver em comunidade não deve ser sempre fácil. Não existem conflitos entre os moradores?Claro que existem e é importante não ter medo desses conflitos, mas encará-los como uma energia que pode ajudar a transformar certas coisas. Agora, se as pessoas querem brigar de forma destrutiva, nossa tradição diz que elas têm que sair da comunidade. Como a competição faz parte da essência dos seres humanos, nós utilizamos muitos jogos para que isso possa ocorrer de forma controlada e positiva, o que ajuda muito a reduzir os conflitos. Fazemos concursos de arte e também guerras de tinta colorida nos bosques, na época do inverno. 

O que é necessário para se morar em Damanhur?Querer muito viver como vivemos. Muita gente vai à comunidade para fazer cursos ou mesmo para tirar férias, mas se a pessoa quer viver em grandes famílias como vivemos e dividir a vida conosco, há um programa para novos cidadãos que vai de seis meses a um ano. Um grupo de interessados vive junto durante esse período e há mentores que os ajudam a se inserir em todos os aspectos da vida na comunidade. Mas é necessário que cada um encontre uma forma de viver do seu próprio trabalho.

Quem nasce em Damanhur normalmente continua morando lá a vida toda?A maioria dos jovens se foi, no começo. Muitos deles vivem perto de Damanhur, mas não querem para si a experiência da vida em comunidade. Acredito que isso se deve ao fato de seus pais terem ficado muito ocupados com a garantia da sobrevivência de todos, já que no começo não havia muito dinheiro na comunidade e a vida era mais dura. Acho que esses garotos não tiveram uma experiência tão positiva e estão em uma fase de buscar sua individualidade. 

Mas isso tem mudado. Os jovens que nasceram depois vão e regressam. Até porque Damanhur agora é muito mais interessante, temos gente de todo o mundo, dinheiro, muitas atividades culturais, as casas são belas... 

Temos muito cuidado para que a vida ali não se torne uma doutrina. Para nós, é importante que a individualidade de cada criança seja respeitada para que possam escolher o que querem fazer quando crescerem. Não pensamos que, só porque nasceram em Damanhur, elas vão ficar. Nós esperamos que fiquem e transmitimos valores importantes, mas não queremos que vivam de uma forma fechada. Por isso, os jovens viajam e são incentivados a passar um ano fora estudando. Não se pode ficar em Damanhur sem querer. 

O que você considera a grande contribuição de Damanhur para o mundo?Podemos ser um laboratório para a humanidade e ensinar ao mundo que é possível viver de forma diferente. Foram pessoas normais que construíram Damanhur, mas criamos algo belo para dar sentido à vida. Os sonhos são fundamentais para os seres humanos, não podemos viver apenas com a realidade, mas também precisamos agir para dar materialidade a eles. Não há nada pior do que sonhos que não se realizam.

A ilha dos Sentimentos

http://www.paratynautica.com/nautica/barcos-yachts/ilha-rasa-paraty-club-nautica/

A ilha dos Sentimentos
para você refletir


Era uma vez uma ilha, onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e todos os outros sentimentos. Por fim o amor. Mas, um dia, foi avisado aos moradores que aquela ilha iria afundar. Todos os sentimentos apressaram-se para sair da ilha.

Pegaram nos seus barcos e partiram. Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco na ilha, antes que ela se afundasse. Quando, por fim, estava quase se afogando, o Amor começou a pedir ajuda.

 Nesse momento estava passando a Riqueza, em um lindo barco. O Amor disse:
- Riqueza, leve-me consigo.
- Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para si.

Ele pediu ajuda à Vaidade, que também vinha passando.
- Vaidade, por favor, me ajude.
- Não posso te ajudar, Amor, você esta todo molhado e poderia estragar o meu barco novo.

Então, o amor pediu ajuda a Tristeza.
- Tristeza, leve-me consigo.
- Ah! Amor, estou tão triste, que prefiro ir sozinha.
Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la.

Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar:
- Vem Amor, eu levo você!
Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho. Chegando do outro lado da praia, ele perguntou a Sabedoria.

- Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?
A Sabedoria respondeu:
- Era o TEMPO.
- O Tempo? Mas porque só o Tempo me trouxe?
- Porque só o Tempo é capaz de entender o 'AMOR'


(desconheço o autor)

Árvore dos Problemas

http://www.casasedecoracoes.com.br/fotos/casas-de-campo-simples-e-modernas

Árvore dos Problemas para você refletir


Certa vez contratei um carpinteiro que tivera alguns problemas no dia em que nos encontramos para acertar o serviço.
Perdeu uma hora com o pneu furado, sua serra elétrica quebrou e por fim ainda sua caminhonete velha não pegou una hora da saída.

Fui levá-lo em casa e, durante o trajeto, o homem se manteve em silêncio.
Quando chegamos, convidou-me para conhecer sua família.

Ao nos dirigirmos à porta de entrada, ele parou junto a uma pequena árvore e tocou seus galhos com as duas mãos.

Enquanto abria a porta da casa, o carpinteiro passou por uma transformação incrível. Seu rosto iluminou-se num sorriso e ele abraçou sua mulher e seus filhos pequenos.

Depois acompanhou-me de volta ao carro e, quando passamos pela árvore, perguntei-lhe do seu gesto quando chegamos.

"ESTA É MINHA ÁRVORE DOS PROBLEMAS",
respondeu o carpinteiro.
"Sei que não posso evitar as adversidades, mas ela não tem lugar na minha casa, na minha família.

Por isso, eu as penduro na árvore quando chego.
No dia seguinte, eu as pego de volta.
E o engraçado prosseguiu, é que muitas vezes o vento as sopra e leva embora.

No dia seguinte não encontro tantas quantas lembro de ter deixado penduradas na noite anterior."

Autor: Mizra Saad Ud Din Ahmad