sábado, 13 de julho de 2013

CHEGOU A HORA DO PEIXE SAIR DO AQUÁRIO.

http://www.hierophant.com.br/arcano/posts/view/100000526582233/2749
Achei este post muito pertinente ao momento atual porque a humanidade está passando por isso estou compartilhando. É do site Hierofant, postado  por: André Arcângelo - via Colaboradores

"O momento histórico que atravessamos, mais do que um momento da história social e política do país, diz respeito a um momento da história da consciência humana.

É um marco psíquico, acima de tudo.

Caracteriza-se por um momento de libertação de todos os intermediários que até agora fizeram a ponte entre nós, indivíduos, e os mitos que sustentaram nossa realidade.

Políticos, grande mídia, sacerdotes, chicos, caetanos e tal, todos têm nos tempos atuais a oficialização de seus atestados de óbito.

A sociedade que emergirá do agora não precisará mais deles para decidir o que é melhor para a comunidade, porque, afinal, só quem é da comunidade sabe o que é melhor pra ela.

Não precisaremos mais de sacerdotes para mediarem nossa relação com o sagrado, com o numinoso. A grande aldeia global do século 21 dispõe de sistemas, dispositivos e técnicas para que cada um tenha sua própria experiência direta de Deus, da forma que sua consciência melhor julgar.

Não precisaremos mais de políticos e instituições hierárquicas cinzentas decidindo os rumos da vida diária da comunidade; seus próprios membros, no seu dia-a-dia, decidirão de forma orgânica e direta, nas relações cara-a-cara, olhando no olho, o que devem fazer para o bem comum.

Não precisaremos mais de monsantos e walmarts determinando o que devemos colocar pra dentro dos nossos corpos, pois cada comunidade cuidará de produzir o seu próprio alimento, buscando por meio da troca direta, justa e fraterna com outras comunidades aquilo que não lhes for possível produzir por conta própria.

Não precisaremos mais de conselhos de medicina e indústrias farmacêuticas invadindo e violentando nossos corpos, pois no seio das próprias comunidades já temos terapeutas de todas as formas e médicos dotados de uma visão mais humana, dispostos a cuidarem uns dos outros e de todos que precisarem.

Não teremos mais carros obstruindo e poluindo nossas cidades, pois com a vida descentralizada, com a potencialização das comunidades, cada uma será o centro de sua própria realidade, fazendo assim com que as pessoas não necessitem de mais do que um barco ou bicicleta para chegarem a seus destinos; quando muito, darão carona umas às outras, seguindo em caravanas fraternas e festivas para destinos mais distantes.

Não precisaremos mais de Globos e FMs envenenando nossos sentidos com narrativas lineares, pobres e repetitivas. Os membros das comunidades produzirão livre e espontaneamente suas próprias canções, sons, narrativas e palavras de todas as cores, de modo a alimentar a vida espiritual da comunidade, trocando também com as demais em festivais autogeridos, horizontais e para todos.

E toda essa grande rede orgânica de seres viventes pensantes e pulsantes viverá lado a lado com uma alta tecnologia, beneficiando-se da internet e de toda sorte de tecnologias limpas para promover o verdadeiro contato entre as pessoas e redesenhar a sociedade em todos os seus matizes. O orgânico e o hi-tech convergem numa síntese harmônica, superando a dualidade.

Poderia continuar descrevendo essa visão que carrego em mim há tempos, e que agora começa a dar seus primeiros sinais de manifestação na realidade objetiva, as primeiras contrações do nascimento de uma nova civilização.

Mas tal visão não é minha, é em verdade o sonho coletivo da nova humanidade que desponta na beira do abismo do mundo distópico que herdamos das gerações anteriores. Não quero, não posso e não devo construir sozinho essa realidade.

Muitos podem julgar esta visão mero delírio visionário. Não estou nem aí para esses, e seu cinismo não merece minha atenção.

Eu estou aí e sempre e com tudo é para aqueles que também carregam esse sonho no olhar, para os loucos, os santos, os poetas, os marginais, os viados, os drogados, as putas e os degenerados. Enfim, para todos aqueles que vivem renegados por uma sociedade erigida a partir da negação da Vida, e da diversidade que enriquece a experiência de estar vivo.

Eu estou aí é para os membros da minha comunidade, que começam agora a mostrar ao mundo que existem, têm força, e que estamos aí, para o que der e vier.

Como previsto há mais de cem anos pelo grande poeta Walt Whitman, amigos, vos comunico: a gangue do kosmos chegou.


Fonte: http://www.hierophant.com.br/arcano/posts/view/100000526582233/2749