quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Shri Ramana Maharshi grande mestre indiano do século XX


Sri Râmana Maharshi nasceu na região do Tamil Nadu, sul da Índia. Aos 16 anos, após a morte do pai, passou por uma vívida experiência relacionada à morte e, por seu intermédio, despertou para o estado que transcende, origina, constitui e engloba os campos físico, emocional e intelectual, passando a viver permanentemente nesse estado, por alguns denominado realização espiritual.


Depois de algum tempo, abandonou sua casa e família e partiu como sadhu (peregrino ou eremita) para a cidade de Tiruvannamalai (190 km ao sul de Madras), onde passou o restante da vida na montanha de Arunachala, considerada por ele como uma montanha sagrada. A princípio, viveu no grande templo de Arunachaleswara, permanecendo absorto em meditação, no saguão conhecido como o de "mil pilares", de onde teve de se mudar, em razão das pedras que lhe eram atiradas por um bando de meninos que o viam imóvel no local.

Passou então a viver em um escuro vão no sub-solo do templo, mas os moleques cedo o descobriram, e continuaram a atirar-lhe pedras. Teve de se mudar muitas vezes e passou a residir em vários outros santuários e locais adjacentes ao templo, como jardins, bosques e pomares. Pouco a pouco foi subindo a montanha de Arunachala, onde viveu em diferentes cavernas e passou a ser conhecido como o “Maharshi” (grande sábio ou vidente), e "Bhagavan", o Senhor. Lenta e gradualmente, discípulos foram se reunindo à sua volta.

Vinte e sete anos após a sua chegada a Tiruvannamalai, um "ashram" ou comunidade espiritual foi construído ao redor do túmulo de sua mãe, aos pés da Montanha Sagrada de Arunachala, onde passou a residir até o fim de seus dias. Essa comunidade, chamada "Ramanashram", tornou-se um local mundialmente conhecido, para onde se dirigiam ( e ainda se dirigem, em número crescente) buscadores espirituais de diversas origens religiosas.
Seus ensinamentos, magistralmente simples, profundos e lúcidos, estão registrados em grande número de livros. Diversos autores escreveram sobre ele; entre outros, Arthur Osborne, em "Ramana Maharshi e o Caminho do Autoconhecimento", Mouni Sadhu em "Dias de Grande Paz", Carl Jung, a pedido de Heinrich Zimmer, Somerset Maugham, em"O Fio da Navalha", William Stoddart, em "O Hinduísmo", Mateus Soares de Azevedo em "Ye shall know the truth: Christianity and the Perennial Philosophy" (EUA, 2005), David Godman, Sadhu Om, H.l Poonja, Maha Krishna Swami. Em 25 de dezembro de 2007, quando da comemoração do seu nascimento (data móvel, dependente da posição das estrelas), uma nova biografia em língua inglesa, com 4.135 páginas distribuídas em oito volumes, contendo 400 fotografias, foi lançada.

Sua presença, que irradiava uma grande paz, tornando fácil e natural a convivência na comunidade, inclusive com os animais selvagens que habitavam a montanha, atraiu milhares de pessoas a Arunachala. A essência dos seus ensinamentos é o "Vichara"(self-enquiry), ou investigação direta, interior, por meio dos questionamentos: "Quem sou eu?" e "De onde surge o pensamento 'eu'?", para a descoberta da "Verdade, Paz ou Bem-Aventurança, a nossa real natureza". "Descoberta" no sentido literal de "retirar o que cobre", os conceitos.

Em vários momentos, Ramana nos alerta que não se trata de mero questionamento verbal, mecânico, mas de trazer sempre ao foco da atenção, por meio desse questionamento, a sensação do "eu sou", que é a única coisa real, visto que todas as outras coisas mudam e passam, são transitórias, enquanto esta consciência do eu permanece. Tal questionamento faz com que a atenção se volte para o estado natural que ultrapassa o conhecimento, levando à percepção da inevitável limitação de todos os conceitos, o que faz com que, gradualmente, definhem e percam sua tirania sobre a mente, deixando de se sobrepor "àquilo que verdadeiramente é".

Para o ocidente, tal sobreposição é o verdadeiro conhecimento ["episteme", epi (sobre) + histanai (por, colocar): sobrepor]. Para a Vedanta, tanto a opinião quanto a "episteme" impedem o descobrimento "daquilo que é". A alegoria da caverna, baseada no estudo hindu da "maya" (literalmente "medir", "avaliar"), se refere a essa limitação: a idéia é diferente daquilo que verdadeiramente "é". É preciso ultrapassar a limitação dos conceitos, das idéias, das imagens, das representações. Sair da prisão da ignorância, representada pela caverna, para o espaço infinito da bem-aventurança.

 A própria alegoria não é bem compreendida no suposto "mundo ocidental". Tomar o resultado da avaliação como verdade é tomar as sombras pela coisa em si, e, por conseguinte, viver na ilusão. A ignorância basilar é a que existe com relação ao "eu". Julgo conhecer-me por meio de uma representação. Desconhecendo quem é o conhecedor, busco conhecer o universo, os seres vivos, os objetos. Deles também construo representações. A representação que construo a respeito de mim mesmo, que é sempre incompleta, e com a qual me identifico, busca, em vão, completar-se por meio de conhecimentos, sensações, posses, prestígio.

 Nessa busca, ela tem continuidade, com a inseparável sensação de incompletude e, portanto, de sofrimento. Quem sou eu? Uma vez que a representação que crio a respeito de mim mesmo não sou eu - quem sou eu? Quem está fazendo essa pergunta? A resposta não pode ser mental, intelectual, pois constituir-se-ia em uma outra representação. Para a Vedanta pois - sem a negação da óbvia necessidade, em seu campo próprio, do conhecimento relativo - o verdadeiro conhecimento implica a não interferência dos conceitos, das teorias, seja a respeito do mundo e das coisas, seja a respeito de si mesmo, do estado que ultrapassa o pensamento.


 Havendo um grande descontentamento em relação a tudo o que é incompleto, havendo a necessidade e a urgência da descoberta, o próprio exame e compreensão de todo o quadro, a investigação sobre o "eu" e a origem do "eu", levam à não-interferência dos conceitos - porque se compreende sua limitação, o que provoca o seu definhar - e à quietude mental. A própria investigação sobre o 'eu' e sua origem, ao final, mergulham na quietude.

 "Aquieta-te e sabe que Eu Sou Deus". "Eu Sou esse Eu Sou". Nesse estado de silêncio vivo, desperto, o conhecedor, o conhecimento e o objeto do conhecimento, qualquer que seja ele, são um só. Só há separação no mundo das representações, das construções mentais, no mundo "daquilo que não é". Nesse sentido, conhecer a verdade acerca de si mesmo é conhecer a verdade acerca de todos os seres e de todas as coisas. Conhecer a verdade acerca de si mesmo é ser essa verdade, já que não somos dois, um para conhecer o outro. Cada um é a própria Verdade absoluta; ou Deus, para usar uma outra palavra.
A expressão "auto-realização", nos diz Ramana Maharshi, é apenas um eufemismo para "remoção da ignorância". Nada há para ser adquirido; há, apenas, ignorância a ser removida. Somos a própria vida, o Ser Infinito, a fonte de todas as coisas.
Afirma-se que, no momento em que Sri Ramana faleceu, um magnífico astro, majestosa e lentamente, cruzou os céus da Índia, sendo visto em grande parte do país por inúmeras pessoas, que espontaneamente compreenderam o evento que ele anunciava.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ramana_Maharshi

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DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DE PAULO COELHO




1] Todos os homens são diferentes. E devem fazer o possível para continuar sendo.
2] A todo ser humano foram concedidas duas maneiras de agir: a ação e a contemplação. Ambos levam ao mesmo lugar.
3] A todo ser humano foram concedidas duas qualidades: o poder e o dom. O poder dirige o homem ao encontro com o seu destino, o dom o obriga a dividir com os outros o que há de melhor em si mesmo.
4] A todo ser humano foi dada uma virtude: a capacidade de escolher. O que não utiliza esta virtude, a transforma em uma maldição – e outros escolherão por ele.
5] Todo ser humano tem direito a duas bênçãos, a saber: a benção de acertar, e a benção de errar. No segundo caso, sempre existe um aprendizado que o conduzirá ao caminho certo.
6] Todo ser humano tem um perfil sexual próprio, e deve exerce-lo sem culpa – desde que não obrigue os outros a exerce-lo com ele.
7] Todo ser humano tem uma Lenda Pessoal a ser cumprida, e esta é a sua razão de estar neste mundo. A Lenda Pessoal manifesta-se através do entusiasmo com sua tarefa.
Parágrafo único: pode-se abandonar por certo tempo a Lenda Pessoal, desde que não se esqueça dela, e volte assim que for possível.
8] Todo homem tem o seu lado feminino, e toda mulher tem o seu lado masculino. É necessário usar a disciplina com intuição, e usar a intuição com objetividade
9] Todo ser humano precisa conhecer duas linguagens: a linguagem da sociedade e a linguagem dos sinais. Uma serve para a comunicação com os outros. A outra serve para entender as mensagens de Deus.
10] Todo ser humano tem direito à busca da alegria, e entende-se por alegria algo que o deixa contente – não necessariamente aquilo que deixa os outros contentes.
11] Todo ser humano deve manter viva dentro de si a sagrada chama da loucura. E deve comportar-se como uma pessoa normal.
12] São considerados faltas graves apenas os seguintes itens: não respeitar o direito do próximo, deixar-se paralisar pelo medo, sentir-se culpado, achar que não merece o bom e o mal que lhe acontece na vida, e ser covarde.
Parágrafo 1 - amaremos nossos adversários, mas não faremos alianças com eles. foram colocados no nosso caminho para testar nossa espada, e merecem o respeito de nossa luta.
Parágrafo 2 - escolheremos nossos adversários.
13]Fica decretado o fim do muro que separa o sagrado do profano: a partir de agora, tudo é sagrado.
14] Tudo que é feito no presente afeta o futuro por conseqüência, e o passado por redenção.
15] O impossível é possível.

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