terça-feira, 25 de dezembro de 2012

CATÁSTROFES E DESASTRES


























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Uma semana antes do 11 de Setembro, o kabalista Rav Berg perguntou para todos que estavam sentados no Kabbalah Centre no sábado pela manhã: “O que é uma catástrofe?”. O Rav explicou que as pessoas chamam um evento de catastrófico se a morte acontece de uma só vez, em um mesmo local. O Rav diz que se 1000 pessoas morrem em uma mesma localidade por causa de um acidente, nós chamamos isso de catástrofe. Mas quando 500 mil pessoas morrem ao longo do ano por causa do cigarro, por que, por que nós não chamamos a existência do cigarro e das empresas tabagistas de catástrofe?
O Rav diz que esta é a forma como o Adversário (a força chamada Satan) nos faz de bobos. Ele espalha morte o tempo todo. Ele posiciona as vítimas que estão morrendo por todo o planeta para que nós não conectemos os pontos e não sintamos o drama da morte. Imagina só se todas as 500 mil pessoas estivessem reunidas em um único lugar, ao mesmo tempo? O Adversário usa “tempo” e “espaço” para nos cegar para a verdadeira escuridão no mundo. Desta forma, nós não vemos os desastres e catástrofes que estão acontecendo bem diante dos nossos olhos.
As forças obscuras do nosso mundo então usam o drama das catástrofes na TV para nos manter cegos aos outros desastres ainda muito piores que ocorrem em uma escala humana. Desta forma, os dois tipos de desastre continuam acontecendo. Eventos como terremotos, acidentes aéreos, atos de terrorismo, tornados e acidentes nucleares ocorrem porque nós não percebemos as catástrofes e desastres que nós causamos quando nós machucamos outras pessoas, em nossas vidas, a cada dia. Nós “derramamos sangue” quando envergonhamos outro ser humano. 

Todos os dias, bilhões de pessoas permitem que seu ego envergonhe outras pessoas, traia outras pessoas. Nós permitimos que a injustiça aconteça a outras pessoas. Nós não nos levantamos contra as ações negativas que ocorrem no dia-a-dia. Nós acreditamos que se nós roubarmos apenas um pouquinho, ou amaldiçoarmos uma pessoa somente quando nós estamos com raiva, ou caluniarmos alguém apenas quando essa pessoa merece, isso não irá gerar nenhum efeito no mundo – certamente não um desastre, como um vazamento nuclear ou um terremoto.
Errado!
Este é o truque.
Esta é a enganação.
A mensagem do Rav na manhã de sábado antes do 11 de Setembro era clara. Nós não compreendemos que nossas ações negativas individuais do ego se acumulam. Elas crescem. E então elas alimentam a força da escuridão coletiva em escala global. Quando um desastre desponta nos jornais, todos nós reagimos e sentimos a dor. É óbvio, nós temos mesmo que reagir e tomar atitudes para ajudar quando catástrofes globais aparecem nas notícias. Mas TÃO importante quanto, nós precisamos tomar atitudes e sentir a dor por todos os desastres e catástrofes que acontecem no mundo a cada dia de nossas vidas.
São as pequenas coisas. Tudo se remete às pequenas coisas.
Os desastres em larga escala e dramáticos somente acontecem quando as pequenas ações egocêntricas individuais se acumulam e atingem uma massa crítica. Quando nós elevarmos a nossa consciência para o nível em que nós verdadeiramente virmos o impacto que os nossos comportamentos pessoais têm sobre o planeta, então o mundo inteiro irá mudar.
Envie alimentos, orações, água, dinheiro, Zohars e outras ajudas para as pessoas, cidades e países, quando o desastre acontecer.
Mas tão importante quanto, o Rav está dizendo que nós precisamos começar a viver de uma maneira diferente. Agora mesmo. Nós precisamos lutar contra o caos futuro e prevenir os desastres de amanhã antes que eles apareçam na TV.
Como?
Lutando contra o nosso ego já neste próximo minuto. Não estando certos o tempo todo. Abrindo mão em uma discussão. Não julgando alguém, mesmo quando essa pessoa mereça. Fazendo pequenas ações de compartilhar quando é desconfortável. Gastando 5 minutos meditando no Zohar. Oferecendo tolerância aos inimigos. Oferecendo dignidade para os amigos quando eles nos fazem arder de raiva.
Nós devemos usar o Zohar para contornar o nosso ego e a ambição que é unicamente direcionada a si mesmo, nos voltando para servir ao bem estar dos outros.
Logo o mundo irá compreender que todos os nossos talentos nos foram dados com o propósito de ser a causar da felicidade na vida das outras pessoas. Não na nossa própria vida.
Logo o mundo irá chegar à compreensão de que nós não viemos para esse mundo para fazer com que nossos próprios sonhos se tornem realidade.
Nós viemos aqui para fazer com que os sonhos das OUTRAS pessoas se tornarem realidade.
E SÓ ENTÃO o resto do mundo irá fazer com que os nossos sonhos se tornem realidade também.
Este é o truque. Este é o segredo para criar o paraíso na terra e vivenciar profundos avanços tecnológicos, biológicos, sociológicos no mundo que irão transformar tudo de maneira que nós nem ousamos imaginar.
Uma simples mudança de consciência – do dar para o receber – transformará o mundo em um verdadeiro paraíso. Permanecer com a consciência destrutiva do “primeiro eu” é que permitirá que os terremotos, pobreza, guerras e solidão continuem a afligir as nossas vidas.
E lembre-se, o ego (O Adversário) só tem uma missão nesse exato momento – nos convencer de que o ego não tem condições de ser a causa dos terremotos e dos vazamentos nucleares.
Apenas imagine quantos milagres têm sido garantidos e quantos desastres têm sido prevenidos até agora, ao compartilhar o Zohar e ao restringirmos os nossos egos! Nós não sabemos porque aqueles desastres nunca aconteceram. Mas se ainda existem lágrimas no mundo, se ainda existem pessoas famintas, tristes, sozinhas, sem teto, com dores e falidas, então ainda há mais trabalho a ser feito.

AUTOR:Billy Phillips
Fonte:http://estudantesdekabbalah.com/2012/11/30/catastrofes-e-desastres/#respond

UMA PEQUENA HISTÓRIA DA PERSEGUIÇÃO E ANIQUILAÇÃO DOS CÁTAROS

cataros
http://maniadehistoria.wordpress.com/historia-dos-cataros/

Cátaros: Extermínio dos puros
Eles afirmavam que Jesus não era filho de Deus e defendiam a igualdade entre mulheres e homens. Conheça a história dos cátaros, cristãos que foram vítimas de uma cruzada e alvo da Inquisição.

Os forasteiros chegam à pequena vila sem causar nenhum alarde. Após percorrer centenas de quilômetros a pé, seu andar tornou-se arrastado e seus calçados se deterioraram. Têm a cabeça raspada e vestem-se de forma maltrapilha, com uma longa batina de cor negra presa por uma tira fina de couro. 
Após uma recepção praticamente inexistente, eles começam a ser reconhecidos e respeitados pela comunidade. Em pouco tempo, se tornarão líderes religiosos capazes de fazer frente à influência da poderosa Igreja Católica.

No fim do século 12, as cenas descritas acima se tornariam cada vez mais comuns na ampla região do Languedoc, no sul da atual França. Cidade após cidade, os cátaros iam espalhando sua fé, baseada na simplicidade e na busca da pureza (katharos, em grego, significa “puro”). 
A religião nascera do cristianismo, mas era marcada por profundas diferenças em relação às doutrinas do Vaticano. Acusados de heresia e até chamados de adoradores do diabo, os cátaros provocaram uma implacável reação do papado. 
O esforço para eliminá-los incluiu uma cruzada e foi um dos principais motivos para a criação do Tribunal do Santo Ofício – mais conhecido como Inquisição.

No século 14, cerca de 200 anos após o catarismo ter surgido, seus últimos representantes foram varridos do mapa. Para entender a intensidade da violência promovida pela Igreja Católica contra eles, é fundamental compreender como os cátaros foram capazes de conquistar os corações e as mentes medievais. 

E sua brutal eliminação é um dos exemplos mais bem acabados do incrível poder do papado sobre a Europa da Idade Média.

Bispos vistosos
O primeiro grupo cátaro conhecido apareceu na década de 1120, na cidade de Limousin. Logo eles chegaram a povoados próximos, como Albi, Toulouse e Carcassonne, sempre no Languedoc. A região, separada do resto do território francês pelas montanhas dos Pirineus, era governada pela dinastia dos Raimundos. 
Eram terras prósperas, fortes na agricultura e na indústria têxtil. À primeira vista, seria difícil prever que num local tão estável – e religioso – pudesse surgir uma crença que desafiasse a Igreja. Mas, àquela altura, a sociedade medieval estava passando por importantes transformações.
A Europa vivia uma fase de aumento populacional e melhoria das condições de vida, com o desenvolvimento das cidades medievais. No ambiente urbano, aumentava o contato entre as pessoas e a busca pelo conhecimento. 
Uma parcela da população começou então a refletir sobre várias questões, entre elas a própria fé. Na origem da expansão do cristianismo, que ocorrera cerca de nove séculos antes, estavam valores como a pobreza, o sofrimento pessoal e a sensação de unidade com Deus. Por volta do século 11, entretanto, a situação do clero não era exatamente essa.
Por todo lado, pululavam grandes edifícios religiosos, magnificamente ornamentados – alguns deles deram início ao estilo que ficaria conhecido como “gótico”, que caracteriza algumas das principais catedrais da Europa. Além disso, os sacerdotes cristãos (sobretudo os bispos e seus representantes locais, os padres) usavam os fartos recursos da Igreja para garantir a si mesmos uma vida tranqüila. 
A imagem típica do cristianismo, aquele Jesus magro, de olhar triste e agonizando na cruz, era apenas uma vaga recordação – o perfil do clero estava mais próximo do bispo rechonchudo de roupas vistosas e dedos ornados com toda a sorte de joalharia.

Abaixo os dogmas
Diante das contradições da Igreja, a influência dos cátaros avançava rapidamente. Em 1167, alguns deles se reuniram no encontro que marcou o nascimento oficial da nova religião: o concílio de Saint-Félix-de-Caraman (hoje Saint-Félix-Lauragais, no sul da França). 
Compareceram cátaros não só do Languedoc, mas de áreas mais distantes como a Lombardia (na atual Itália) e a Catalunha (hoje na Espanha). Muito pouco se sabe sobre o que ocorreu na reunião. Ela provavelmente foi presidida por um homem chamado Nicetas – um cristão dissidente vindo de Constantinopla e apelidado de “papa” – e organizou as bases do catarismo.
Para os cátaros, o livro sagrado era a Bíblia (em particular o Novo Testamento). Sua religião, entretanto, divergia muito do catolicismo. O princípio fundamental era o dualismo: segundo ele, o mundo seria composto de dois reinos opostos e coexistentes. 
O primeiro, comandado por Deus, seria invisível e luminoso, onde só existiria o bem. Já o segundo reino, material e visível, seria controlado pelo diabo. Em outras palavras: segundo o catarismo, o inferno ficava na Terra. 
E o objetivo da vida humana seria escapar do mal através da purificação dos espíritos, reencarnação após reencarnação. Se isso fosse feito, quando chegasse o Juízo Final, todos se salvariam e iriam para o reino de Deus.

Apesar de se considerarem cristãos, os cátaros não acreditavam que Jesus fosse filho de Deus. Ele era apenas considerado um profeta importante, que havia divulgado alguns ideais que mereciam ser seguidos. 
Para completar a afronta ao catolicismo, os cátaros viam São João Batista como nada menos que um instrumento a serviço do diabo. Afinal, por meio do batismo, ele teria cumprido a profecia de que Jesus era o messias – coisa na qual, como vimos, o catarismo não acreditava.

Assim como a teoria, a prática dos cátaros era bem diferente da dos católicos. Eles recusavam o ritual da hóstia sagrada (em suas cerimônias, bastante simples, havia apenas a repartição do pão). Tampouco aceitavam o papel subalterno que o papado romano reservava para as mulheres – para o catarismo, o ser humano não admitia distinção entre sexos. A elas era permitido, inclusive, celebrar ritos religiosos.

A autoridade do papa ou de seus bispos não era reconhecida pelos cátaros. Sem uma liderança espiritual única, eles dividiam os seguidores da religião em três níveis. O mais alto deles era o dos Perfeitos, também conhecidos como “bons homens”. 
Para chegar a esse posto, era preciso passar por duras provas e receber o Consolamentum, o único sacramento cátaro (que, grosso modo, resumia num só o batismo, a ordenação e a extrema-unção). Os Perfeitos eram celibatários e passavam grande parte dos dias em oração e jejum.

Abaixo dos Perfeitos estavam os Crentes, categoria que reunia a grande maioria dos cátaros. Eles comungavam das práticas de virtude e humildade, mas não estavam obrigados a qualquer tipo de abstinência. 
Podiam casar (embora preferissem o concubinato) e só tinham direito a receber o Consolamentum na hora da morte. O terceiro nível da sociedade cátara era composto pelos Ouvintes. Simpatizantes da religião, eles acompanhavam as palestras dos Perfeitos e se curvavam perante eles para receber a bênção.

Na virada do século 13, o avanço dos cátaros havia se tornado a maior preocupação da Igreja. “Havia o perigo de que a contestação à ordem imposta por Roma se estendesse rapidamente a outras regiões da cristandade”, escreveu o historiador Ernest Bendriss em artigo publicado na revista espanhola História y Vida em março de 2007. A reação não tardaria.

Armas contra a fé
“Matem-nos todos. Deus saberá reconhecer os seus!” De acordo com alguns registros, foi com essas palavras que o abade Arnoldo de Amaury incitou à aniquilação total dos cátaros que se escondiam na fortaleza de Béziers, no Languedoc, em julho de 1209. 
Há quem defenda a tese de que a frase nunca foi dita. De qualquer modo, ela resume bem o espírito da sangrenta Cruzada Albigense – graças à grande concentração de cátaros na cidade de Albi, eles também eram conhecidos como “albigenses”.

Antes de recorrer às armas, entretanto, a Igreja tentou combater o catarismo no campo da fé. Há relatos de que, entre 1165 e 1198, os cátaros foram perseguidos publicamente em locais tão díspares quanto Lombers (França), Colônia (Alemanha) e Oxford (Inglaterra). Para ouvir e julgar os hereges, a Igreja montou tribunais eclesiásticos. 
Graças à experiência dos cátaros como oradores, entretanto, eles se defenderam brilhantemente das acusações e viram sua fé ganhar status de religião. Apesar de ter havido algumas condenações, o prestígio dos Perfeitos saiu fortalecido.

Em 1205, Domingos de Gusmão criou a ordem dos dominicanos. Pregando uma postura moral exemplar e o retorno aos princípios originais da cristandade, eles tentavam competir com a “pureza” dos cátaros. 
O problema é que os sacerdotes católicos não conseguiam se aproximar da população como os Perfeitos. Quando um líder cátaro chegava a uma vila, sua primeira preocupação era encontrar emprego. 
Após trabalhar de dia para se manter, ele dedicava a noite ao diálogo com os locais, procurando transmitir seus conceitos religiosos. Enquanto isso, os monges católicos raramente eram vistos em contato com o povo – optavam, em geral, pela clausura.

Diante da contínua perda de fiéis, o papa Inocêncio III decretou o confisco dos bens de todos aqueles considerados hereges. Sua vontade foi cumprida por todos os cantos da Europa. Exceto no Languedoc, onde os governantes se recusaram a agir contra os cátaros. 
A alternativa encontrada pelo pontífice foi montar uma verdadeira força-tarefa: ordenou que os clérigos se unissem aos pregadores dominicanos para, em conjunto, redobrar a batalha pela fé no Languedoc. 
Sacerdotes católicos se misturaram aos Perfeitos nas ruas, mas pouca coisa parecia mudar. Até que um crime selou o destino dos cátaros.

Em 1208, o legado papal (figura máxima da hierarquia da Igreja na região, representante direto do pontífice) Pedro de Castelnau foi morto por alguns habitantes de Toulouse. Logo correu a notícia de que os assassinos eram, supostamente, cátaros. 
Inocêncio III teve, então, a deixa de que precisava. Em 10 de março, organizou uma cruzada liderada por Arnoldo de Amaury e pelo bispo Folquet de Marselha. No campo de batalha, o comando coube a Simão de Montfort, à frente de um exército com 10 mil homens.

Além dos cátaros, o alvo da cruzada foram os principais nobres que davam proteção a eles: o conde Raimundo VI de Toulouse e o visconde Raimundo Rogério de Trencavel. O primeiro grande ataque, em Béziers, surpreendeu pela violência intensa e indiscriminada. 
Cátaros e católicos, Perfeitos e padres, não importa: todos foram massacrados pelos cruzados. “Os cruzados não mostravam clemência. Mulheres e crianças amontoaram-se na igreja de Santa Maria Madalena, na parte alta da cidade”, escreve o historiador canadense Stephen O’Shea em A Heresia dos Cátaros. “Deveriam ter sido à volta de mil, um cálculo baseado na capacidade da igreja.
 Fossem quantos fossem, a igreja estava apinhada de aterrorizados católicos e cátaros quando os cruzados derrubaram os portões e massacraram todos os que ali se encontravam”, completa. 
Em 1840, durante uma reforma do templo, várias ossadas foram descobertas sob o piso.

Estima-se que, em Béziers, nada menos que 20 mil pessoas tenham sido mortas – praticamente toda a população da cidade. Depois disso, os cruzados destroçaram Carcassonne, Bram, Minerve, Termes e Lavaur, ignorando quaisquer tentativas de rendição. 
Como recompensa pelo extermínio dos hereges, os cruzados ganharam o perdão pelos seus pecados – e puderam repartir entre si as riquezas e terras do Languedoc. 
A carnificina só parou em 1229, quando foi celebrado o tratado de paz de Meaux-Paris, entre Raimundo VII de Toulouse e o rei Luís IX da França.

A fogueira final
Inocêncio III morreu sem ter conseguido extinguir o catarismo. A tarefa coube a seu sucessor, Gregório IX, que assumira em 1227. Com a situação aparentemente controlada em termos militares, o papa teve uma ideia que seria decisiva para a história dos séculos seguintes. 
Em 1231, por meio da bula Excommunicamus, criou a Santa Inquisição. Não é exagero dizer que a caça aos cátaros foi uma das principais razões para a novidade. Afinal, após anos de perseguição, eles haviam mudado sua maneira de agir. 
Agora, os Perfeitos misturavam-se à população, sem usar a tradicional veste negra. Para facilitar a identificação dos cátaros, a Inquisição empregava métodos sofisticados – e sórdidos – de interrogatório e investigação.

A última ação militar contra os cátaros foi o cerco a Montségur, em 1243. Naquela época, a Inquisição já havia provado sua eficácia para eliminar seletivamente os hereges. Depois das condenações nos tribunais inquisitórios, a Igreja usava o “fogo purificador”: de acordo com o discurso oficial, a morte na fogueira seria a única forma de salvar as almas dos cátaros.

Encurralados, os cátaros eram colocados diante da seguinte escolha: negar sua fé ou enfrentar a fogueira. De uma forma ou de outra, a religião ia sendo exterminada. Em 1321, foi executado o último sacerdote cátaro conhecido, Guillaume Bélibaste, que havia se refugiado no oeste da Espanha. Cerca de um século depois, já não se ouvia mais falar de seguidores do catarismo. 
Terminava assim a trajetória dos contestadores que, com humildade de caráter e simplicidade de métodos, haviam conquistado o respeito do povo – da mesma forma que os primeiros cristãos haviam feito, 12 séculos antes, na Palestina.
Caçador de cátaros
Simão de Montfort acabou morto por uma guarnição feminina.
Antes de ser convidado para comandar as tropas da Cruzada Albigense, Simão de Montfort, nascido por volta de 1160, já havia sujado suas mãos de sangue em nome da Igreja. 
Ele participara da fracassada Quarta Cruzada, entre 1202 e 1204. O movimento havia sido convocado para expulsar os muçulmanos da Terra Santa, mas acabou se desviando um bocado do objetivo. 
Um dos culpados foi o próprio Simão de Montfort, que no meio do caminho resolveu saquear com seus homens a cidade de Zara (hoje Zadar, na Croácia), contrariando as determinações do papa Inocêncio III para que nenhum cristão fosse atacado durante a campanha – a Quarta Cruzada, aliás, terminaria de modo ainda pior, com a pilhagem de Constantinopla, em 1204. Anos mais tarde, durante a Cruzada Albigense, Montfort reforçou sua reputação de líder inflexível e implacável. 
Glorificado como herói da fé católica por diversos cronistas, ele foi o responsável direto pela morte de milhares de pessoas – já que raramente dava ordens para poupar alguém. Em 1209, Montfort se tornou visconde de Béziers e Carcassonne, duas localidades que suas tropas haviam arrasado. 
Liderando um massacre após o outro, ele logo se transformou no senhor absoluto da região do Languedoc. Montfort lutou pela expansão de seus domínios até a morte, em 1218, durante um cerco à cidade de Toulouse. 
Segundo alguns relatos, ele foi atingido por uma pedra atirada por uma catapulta da guarnição feminina da resistência cátara – destino apropriado para alguém conhecido por ser “firme como uma rocha”.

Heresias sortidas

Na época dos cátaros, católicos também desafiaram a Igreja.
Percebendo que a Igreja estava se desviando de seus princípios originais, o papa Gregório V promoveu uma ampla mudança na instituição. 
A Reforma Gregoriana, iniciada em 1075, reforçava a obrigatoriedade do celibato no clero e atacava a simonia (a venda de falsas relíquias cristãs). Enquanto o papado tentava reestruturar o catolicismo, entretanto, a confusão teológica era generalizada. 
Além de grupos cristãos dissidentes – entre os quais os cátaros se destacaram –, a Igreja daquela época foi obrigada a enfrentar vozes dissonantes dentro de sua própria comunidade de seguidores e sacerdotes. 
Em 1110, o religioso Tanchelm de Antuérpia, originário da região de Flandres (hoje na Bélgica), levou alguns fiéis católicos a idolatrá-lo cegamente – a ponto de aceitarem beber a água que ele usava para tomar banho. 
Crítico dos rumos da Igreja, ele se proclamou messias e acabou preso na cidade alemã de Colônia. Ficou na cadeia entre 1113 e 1114 e, no ano seguinte, após ser libertado, foi morto por um padre católico. 
Na mesma época, Pedro de Bruis, nascido na Provença, quis reformar a Igreja na marra. Apesar de ser padre, ele chacoalhou o sul da França promovendo ataques a igrejas e queimando crucifixos – assim como os cátaros, ele detestava a opulência dos templos católicos e desprezava o significado místico da cruz. Acusado de heresia, foi executado na fogueira em 1126.
AUTOR: Pedro  Silva
Saiba mais:
Livros
A Heresia dos Cátaros – Uma Revolução Medieval, Stephen O’Shea, ASA, 2003
Editado em Portugal, descreve os mais dramáticos episódios relacionados aos cátaros.
Hereges de Deus – A Cruzada dos Cátaros e Albigenses, Aubrey Burl, Madras, 2003
Um relato vívido e impressionante da história cátara. O assunto principal é a sangrenta Cruzada Albigense.
Fonte: http://maniadehistoria.wordpress.com/historia-dos-cataros/

CONSAGRAÇÃO DO APOSENTO

NESTE MOMENTO CONSAGRO ESTE BLOG ATRAVÉS DA ORAÇÃO: CONSAGRAÇÃO DO APOSENTO.




O MEDO, NOSSO MAIOR ADVERSÁRIO



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O que mais teme na vida inevitavelmente virá à tona um dia e se mostrará bem na sua frente para enfrentá-lo. Esse será o momento da verdadeira iniciação da sua consciência aqui na terra.

Vença seu maior medo, pois assim vencerá o mundo. Quando esse medo surgir na sua frene, sorria para ele e diga: meu amigo, o que for para ser, já é, minha fé é inabalável e ela sempre vai rir do que você diz ser impossível."



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    Fonte: www.facebook.com/carlostorres2013


      
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