domingo, 9 de setembro de 2012

DESCOMPLIQUE PARA SER FELIZ

Imagem do Google


Aposte na simplicidade para ser feliz





Felizmente existe a ideia da simplicidade, e esta é, digamos, simples desde sua origem. A palavra é formada por duas outras de origem latina: sin, que significa único, um só, e plex, que quer dizer dobra. Ser simples significa ter uma só dobra, ao contrário do complexo, que tem várias. Simples! 
Simplificar significa evitar a complexidade e criar uma vida sem mistérios? Há uma diferença fundamental entre ser simples e ser simplório. Os simples resolvem a complexidade, os simplórios a evitam. Eu conheço pessoas sofisticadas, intelectualizadas, que levam uma vida plena, realizam trabalhos difíceis, apreciam leituras profundas e têm hábitos peculiares. 

E continuam sendo pessoas descomplicadas. Conheço também pessoas simplórias, com pouca profundidade, que realizam trabalhos repetitivos, que têm poucas ambições, que apreciam rotinas e evitam os sustos de uma vida aventurosa. E mesmo assim são pessoas complicadas, para elas tudo é muito difícil, em geral impossível.



Não há um paradoxo em construir uma vida simples em meio à vida moderna, cada vez mais exigente? Hiroshi criou a Ecovila Clareando, uma comunidade autossustentável no interior de São Paulo que atrai gente comprometida com a natureza e com seus valores, como a sustentabilidade, sem a ingenuidade das "sociedades alternativas" de antigamente, mas tendo a simplicidade como filosofia. 

Ele planta e produz praticamente tudo o que precisa para se alimentar, domina as técnicas de construção ecológica e de produção de energia limpa. Mas não é um isolado, viaja, participa de congressos, dá palestras, toca violão, compõe músicas. E é alegre em tempo integral.


Goldberg é professor da New York University, onde faz pesquisas sobre o cérebro humano, e consegue falar sobre seu funcionamento de maneira compreensível. Escreveu alguns livros, entre eles O Paradoxo da Sabedoria, em que afirma que, apesar do envelhecimento do cérebro, a mente pode manter-se jovem. Seus textos são o melhor exemplo de como se pode simplificar o complexo, pois são sobre neurofisiologia, mas qualquer um entende.


Eu não poderia imaginar vidas mais diferentes e, ao mesmo tempo, mais parecidas. Ambos carregam uma leveza própria das pessoas que decidiram não complicar, sem abrir mão de seus desejos, projetos, pequenos luxos, enfim, da vida normal. Pessoas assim, que fazem a opção da simplicidade, têm alguns traços comuns. Identifico cinco deles:




1. São desapegadas: não acumulam coisas, fazem uso racional de suas posses, doam o que não vão usar mais.




2. São assertivas: vão direto ao ponto com naturalidade, mesmo que seja para dizer não, sem medo de decepcionar, não "enrolam" nem sofisticam o vocabulário desnecessariamente.




3. Enxergam beleza em tudo: em uma flor no campo e em um quadro de Renoir; em uma modinha de viola e em uma sinfonia de Mahler; em um pastel de feira e na alta gastronomia.




4. Têm bom humor: são capazes de rir de si mesmas e, mesmo diante das dificuldades, fazem comentários engraçados, reduzindo os problemas à dimensão do trivial.




5. São honestas: consideram a verdade acima de tudo, pois ela é sempre simples e, ainda que possa ser dura, é a maneira mais segura de se relacionar com o mundo.




Ser simples, definitivamente, não é abrir mão de nada. É possível apreciar o conforto, a sofisticação intelectual, as artes, o prazer da culinária, a aventura das viagens e continuar sendo simples.




Pois ser simples não é contentar-se apenas com o mínimo para manter-se fisicamente vivo, uma vez que não somos só corpo, também somos imaginação, intelecto, sensibilidade e alma. E esta última é, sim, simples, mas não é pequena, a não ser, é claro, que a pessoa queira.


O TEMPLO DA PAZ





Imagem (c) lightworkers.org

O Templo da Paz está dentro de ti. De nada adianta buscá-lo lá fora. Em teu coração jaz o recanto somente acessível a ti próprio e ao qual ninguém poderá penetrar. O nome desse Templo é Anáhata e ele constitui o teu refúgio indestrutível. 

A ele deves recolher tua mente pela manhã e à noite, a fim de manter o caminho aberto e livre de erva daninha. Nele deves penetrar em busca de ti próprio duas vezes por dia para cuidar do asseio de teu Templo Interior.

Imagina que tão logo cerres os olhos, teu coração se torna luminoso como um Sol e nele penetra a tua consciência, como se fora o recinto de um Templo material. Visualiza um aposento acolhedor e suave, banhado numa luz azul celeste diáfana e numa temperatura amena. 

A Harmonia das Esferas se faz ouvir na forma de melodia tranqüila e celestial. Coloca ao Oriente uma chama votiva na qual hás de incinerar teus momentos de amargura em holocausto de tolerância à Chispa Divina que habita em ti.

Trecho do livro : Mensagens 
Autor: DeRose

QUEM SOMOS NÓS?


Ilustração da rede neural, onde registram-se os condicionamentos
Fonte da imagem: 
  http://alexandremontagna.com/blog/arquivo/quem-somos-nos-what-the-bleep-do-we-know/


QUEM É O SUJEITO DA EXPERIÊNCIA?


O que vemos, escutamos, provamos pelo paladar, tocamos e cheiramos são, evidentemente, objetos dos sentidos. Eles são aquilo que experimentamos. Mas quem é o sujeito, aquele que vivência a experiência? Se dissermos, por exemplo, "E claro que eu, João da Silva, contador, 45 anos de idade, divorciado, pai de dois filhos, brasileiro, sou o sujeito, aquele que vivência a experiência", estamos enganados. 

João da Silva e todos os elementos identificados com o conceito mental dessa pessoa são todos objetos da experiência, e não o sujeito que a está vivenciando. Toda experiência possui três ingredientes possíveis: percepção dos sentidos, pensamentos ou imagens mentais e emoções. João da Silva, contador, 45 anos de idade, divorciado, pai de dois filhos, brasileiro - esses são todos pensamentos e, portanto, fazem parte do que nós sentimos no momento que os temos. 

Eles e qualquer outra coisa que possamos dizer e pensar sobre nós são objetos, e não o sujeito. São a experiência, e não aquele que vivencia a experiência. Podemos acrescentar mais umas mil definições (pensamentos) sobre quem nós somos e, ao fazermos isso, certamente aumentaremos a complexidade da experiência de nós mesmos. No entanto, dessa maneira, não chegaremos ao sujeito, que é anterior a toda experiência, mas sem o qual elas não existiriam.


Então quem é aquele que vivência a experiência? Somos nós. E quem somos nós? Consciência. E o que é consciência? Essa pergunta não pode ser respondida. No momento em que a respondermos, vamos falsificá-la, transformá-la em outro objeto. A consciência, termo tradicional para aquilo que é espírito, não pode ser conhecida no sentido comum dessa palavra, e tentar persegui-la é bobagem. 

Todo conhecimento se encontra no âmbito da dualidade - sujeito e objeto, o conhecedor e o conhecido. O sujeito, o eu, o conhecedor sem o qual nada seria conhecido, percebido, pensado ou sentido, deve permanecer para sempre incognoscível. Isso porque o eu não tem forma. Apenas as formas podem ser conhecidas. 

E, ainda assim, sem a dimensão sem forma, o mundo das formas não poderia existir. Esse é o espaço iluminado no qual o mundo surge e desaparece. Ele é a vida que Eu Sou. É eterno. Eu Sou eterno, perpétuo. O que acontece nesse espaço é relativo e temporário: prazer e dor, ganho e perda, nascimento e morte.


O maior impedimento à descoberta do espaço interior, a principal barreira à descoberta daquele que tem a experiência, é nos tornarmos tão subjugados pela experiência que acabemos perdidos nela. 

Isso significa que a consciência está desorientada em seu próprio sonho. Somos arrebatados por todo pensamento, toda emoção e toda sensação a tal ponto que, na verdade, nos encontramos num estado de sonambulismo. Essa tem sido a situação normal da humanidade por milhares de anos.

Embora não possamos conhecer a consciência, somos capazes de nos tornar conscientes dela como nós mesmos. Temos como senti-la diretamente em qualquer situação, não importa onde estejamos. 

Podemos senti-la aqui e agora como nossa verdadeira presença, o espaço interior em que as palavras nesta página são percebidas e se transformam em pensamentos. Ela é o Eu Sou subjacente.

Por exemplo, as palavras que você está lendo e nas quais está pensando são o primeiro plano, enquanto o Eu Sou é o substrato, o pano de fundo implícito em cada sensação, pensamento e sentimento.

Trecho do livro : O Despertar de Uma Nova Consciência - Eckhart Tolle