segunda-feira, 30 de julho de 2012

O que é Constelação Familiar?



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Tomei conhecimento da terapia denominada Constelação Familiar através de uma psicóloga que me emprestou o livro Constelações Familiares de Bert Hellinger. Isto aconteceu há uns doze anos atrás e depois disso esqueci completamente o fato. Há alguns meses uma amiga decidiu fazer o curso para tornar-se apta a trabalhar com esta terapia e passamos a conversar a respeito. Falou-me dos resultados que tem conseguido em sua própria vida após ter começado o curso e comecei a me interessar em fazer esta terapia. 


O passo seguinte foi encontrar um profissional que me inspirasse confiança, aí,  marquei a minha participação numa constelação familiar. Achei muito interessante a dinâmica do trabalho desenvolvido durante a constelação. É incrível como pessoas estranhas começam a representar pessoas de nossa família e  revelam aspectos de nossos relacionamentos familiares que  não sabíamos que tinham tanta importância sobre comportamentos e circunstâncias que ocorriam durante toda a nossa vida, sendo até responsáveis por nossa situação de vida atual e até pelos sofrimento e frustrações que vivemos até aquele momento. 


E o melhor de tudo é que no final, o fecho da constelação apresenta uma solução dentro da representação e que depois vamos experimentar durante o tempo que se segue. É como as peças do sistema fossem se arrumando numa ordem mais equilibrada trazendo resultados para as circunstâncias e o comportamento dos relacionamentos no momento atual e a seguir durante o decorrer da vida perdurando até as três gerações que nos seguirem, nós, nossos filhos, nossos netos e bisnetos. Na verdade, a terapia atua sobre três gerações anteriores e três gerações futuras.


Em alguns casos são necessárias várias seções para estabelecer um sistema familiar equilibrado que resulte em harmonia para aquele grupo familiar. Eu mesma pretendo fazer outras seções terapêuticas para trabalhar outros aspectos da minha familiar que precisam de cura.


A terapia costuma trazer a nossa compressão sobre fatos que eram padrões que se repetiam há muitas gerações, gerando e repetindo situações de sofrimento que começamos a compreender e desta forma conseguir curar aquele padrão beneficiando a nossa família e as futuras gerações familiares.


Agora vamos descrever um pouco este sistema terapêutico e fornecer uma bibliografia para  que os interessados possam se inteirar mais sobre este processo  e quiçá resolver buscar também esta cura para suas vidas.

           SOBRE A CONSTELAÇÃO FAMILIAR



A visão sistêmica, da interdependência entre sujeito e objeto, dos laços que nos unem e com os seres é cada vez mais apreciada no conhecimento atual, resgatando tanto o saber holístico dos antigos quanto as visões de rede como na perspectiva quântica. Essa visão tornou-se realidade nas terapias sistêmicas, atuando na prática do enredamento familiar, seus bloqueios, exclusões, conexões, que agora se mostram como fenômenos da ordem do amor na dinâmica dos grupos. Quais conseqüências os papéis que assumimos nessa dinâmica apresentam? É preciso saber ver. É baseado neste visão sistêmica, de rede, holística que foi desenvolvida a terapia denominada Constelação Familiar.

Foi Bert Hellinger quem desenvolveu esta metodologia terapêutica  na qual mostra-nos não só os mecanismos pelos quais a vida de nossos ancestrais nos influencia, mas também, e com mais evidência, o que pode ser feito para mudar ou resolver os padrões problemáticos e disfuncionais que se perpetuam ao longo do tempo histórico na transmissão geracional do sistema familiar.

Não somos somente uma individualidade e também não somos somente um ego. Nossa ligação com o mundo e com as pessoas, a começar pelo nosso pai, nossa mãe, nossos avós e antepassados é indissolúvel, profunda, vibrante, viva. Papai e mamãe, antepassados e todo o passado não morrem: continuam vibrando em nós, provocando emoções, influenciando atitudes, fazendo com que encontremos determinados tipos de pessoas e enfrentemos determinados tipos de situações. Os sistemas que nos envolvem, principalmente o sistema familiar, age em nosso inconsciente e influencia o nosso estado emocional direcionando nosso destino vida a fora.

Muitas das dificuldades pessoais, assim como os problemas de relacionamento são resultados de confusões nos sistemas familiares. Esta confusão ocorre quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa, viva ou que já viveu no passado de nossa própria família, sem estar consciente disto e sem o querer. Isto nos faz repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos, esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles.

Este é um processo natural de regulação e acontece involuntariamente. Escrevemos as nossas historias em conjunto, esculpimos nossos destinos nos ciclos de nascimento e morte, na trajetória da família dentro do tempo e do espaço. Nós somos o produto de nossos antepassados, e uma fração da complexa tapeçaria da vida deles faz parte de nós.

A Ordem Familiar Ancestral afeta nossos destinos, e através dela, nos mantemos ligados ao Grande Pai e à Grande Mãe universais.  Podemos ver que é através da Força Ancestral de nosso pai, mãe e avós que nos conectamos a nós mesmos e a ordem maior; esta Ordem é também um caminho de proteção do sentido da vida, para nossa prosperidade material e espiritual, uma via ímpar para o auto-conhecimento e a realização dos grandes propósitos da vida.

A busca do entendimento do sofrimento no seio da família e em seus membros tem incentivado muitos profissionais da área da psicologia, a examinar mais profundamente os padrões inatos que carregamos através da descoberta da importância da dinâmica ancestral.

No sistema femiliar há uma consciência arcaica que pode ser observada através de seus efeitos sobre os membros da família, uma consciência que está a serviço de leis naturais ocultas que modelam e regem o comportamento das relações humanas. 

Muita gente julga que o amor tem o poder de superar tudo, que é preciso apenas amar bastante e tudo ficará bem. Contudo, a experiência mostra que isto não é verdade. Muitos pais são forçados a experimentar que, apesar do amor que dão a seus filhos, estes não se desenvolvem como eles esperavam. São forçados a ver seus filhos adoecerem, se drogarem ou suicidarem, apesar de todo o amor que lhes dão. Para que o amor dê certo, é preciso que exista alguma outra coisa ao lado dele. É necessário que haja o conhecimento e o reconhecimento de uma ordem oculta do amor.

Ordem e amor

O amor preenche o que a ordem abarca.
O amor é a água, a ordem é o jarro.

A ordem ajunta,
o amor flui.
Ordem e amor atuam juntos.

Como uma linda canção obedece às harmonias,
assim o amor obedece à ordem.
Assim como o ouvido dificilmente se acostuma
às dissonâncias, mesmo quando são explicadas,
assim também nossa alma dificilmente se acostuma
ao amor sem ordem.

Muita gente trata essa ordem
como se ela fosse uma opinião
que se pode ter ou mudar à vontade.

Contudo, ela nos preexiste.
Ela atua, mesmo que não a entendamos.
Não é inventada, mas encontrada.
É por seus efeitos que a descobrimos,
Como descobrimos o sentido e a alma.

Fontes:


Livros: Constelações Familiares (Bert Helinger)
              As ordens do Amor
              A Simetria oculta do amor
              O Essencial é Simples
              Desatando os laços do destino


Vídeo relacionado à terapia Constelação familiar