quinta-feira, 5 de abril de 2012

EGO, VERDADEIRA FALSIFICAÇÃO LEGÍTIMA




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Segundo Allan Watts o mundo, como ele existe atualmente, tem por base:

"[...] a suposição inicial de que o indivíduo é o ego separado e, como esta suposição é obra de um 'duplo vínculo', qualquer tarefa empreendida com esta base - incluindo a religião - acabará por se destruir a si própria. 

Justamente por ser um embuste desde o início, o ego pessoal só pode reagir à vida de um modo falso. Porque o mundo é uma miragem eternamente ilusória e eternamente desapontadora, mas isto apenas do ponto de vista de alguém que esteja do lado de fora do mundo - como se fosse outra pessoa - e que, então,  o procura apreender. 

Sem nascimento e morte, sem a perpétua transmutação de todas as formas de vida, o mundo seria estático, sem ritmo nem dança, mumificado.

"Todavia, há uma terceira reação que também é possível. Não o recolhimento, não a busca com base na hipótese de uma recompensa futura, mas sim a mais completa colaboração com o mundo, como um sistema harmonioso de conflitos controlados - colaboração baseada na compreensão de que o único 'eu' real é todo o infindável processo. 

Esta compreensão já está em nossos ossos, nervos e órgãos sensórios. Nós apenas não conhecemos, no sentido de que o débil raio de atenção consciente aprendeu a ignorá-la - e o aprendeu tão completamente que nos tornamos verdadeiras falsificações legítimas [...]"

Fonte: Tabu. Alan Watts. Ed. Três. 1966. p.73

TRABALHO OU LAZER?




Para algumas pessoas, trabalhar pode gerar tanta satisfação quanto o lazer e as vezes até mais, dependendo do tipo de trabalho e de lazer. Como o trabalho e/ou lazer podem se tornar atividades geradoras de energia positiva em vez de deixar a pessoa esgotada?

Mihaly Csikszentmihaly, parece ter descoberto isto, após realizar e analisar um estudo abrangente que envolveu milhares de pessoas no qual concluiu  que, para  alcançar a excelência da vida, uma pessoa deve descobrir o que ele chamou de fluxo e se oferecer a essa experiência, já que ela permite uma vida melhor.

Mas, o que seria este "fluxo" ?
Para  Mihaly Csikszentmihalyi (livro A descoberta do Fluxo) [...]  "fluxo é o estado de total absorção numa determinada atividade, que embora possa ser exigente ou até mesmo estressante enquanto você a está realizando, oferece posteriormente um profudo senso de satisfação". Segundo este autor, para ter a experiência do fluxo, a pessoa deve concentrar toda a sua atenção naquilo que está realizando.

Outros estudiosos afirmam que para se sentir bem, a pessoa deve  realizar algo que realmente deseja fazer,  que lhe dá prazer  a ponto de perder a noção do tempo, que leva sua atenção a convergir totalmente para esta atividade para a qual possue o talento exigível e na qual   sente que está constantemente aprendendo, crescendo, enfim, desenvolvendo todo o seu potencial.

O que Mihaly descobriu em seu estudo é algo que a filosofia budista e outras tradições espiritualistas como o Yoga já recomendam ou seja, realizar as tarefas cotidianas em estado de meditação/ativa. Praticar meditação/ativa (estado de atenção concentrada) enquanto realiza uma tarefa traz como resultado final  um ganho de energia psíquica em vez de consumir  a maior parte da energia disponível na execução das tarefas.

Estas tradições também preconizam que para ter tais resultados positivos na realização de seu trabalho, a pessoa também deverá sentir-se como  parte integrante de um todo harmonioso ou seja não deve possuir um sentimento de separatividade. 

Esse sentimento de unidade com o Todo (universo, cosmos) leva à ação cooperativa em vez de  competitiva. Além do mais deve considerar o trabalho como um fim em si mesmo e não um meio para a obtenção de algo. Assim, a pessoa não estará ansiosa pelos resultados a serem alcançados evitando a perda desnecessária de energia durante a realização de suas tarefas.

Esta forma de comportamento gera consequências positivas não somente para a pessoa em si mesma como para todos com os quais se relaciona.

E como o lazer pode ser menos ou mais satisfatório que o trabalho?  
Se o lazer for um tipo de lazer passivo como por exemplo ficar assistindo televisão, jogando, bebendo, etc..  gera apenas um tipo de prazer momentâneo que pode trazer cansaço embora pareça relaxar.

O lazer ativo seria por exemplo, praticar jardinagem, escalar montanhas, fazer caminhadas (lazer ativo/físico) ou então escrever um livro, um artigo, se dedicar a elaborar e manter um blog em funcionamento, por exemplo, que seriam um tipo de lazer ativo/intelectual. O lazer ativo que também deve obedecer aos princípios da meditação ativa, seja ele físico ou intelectual, estimula uma sensação de satisfação duradoura.

Tanto para trabalhar como para desenvolver atividades de lazer é preciso estar atento ao modo como são realizadas estas atividades e como nos sentimos ao finalizá-las para descobrir se estão contribuindo ou não para nossa satisfação/felicidade.

Fonte:
A descoberta do fluxo – a psicologia do envolvimento na vida cotidiana
Autor: Mihaly Csikszentmihalyi

UMA MUTAÇÃO DA CONSCIÊNCIA



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"Portanto, fiquemos alerta - alerta em duplo sentido.
Desde Auschwitz nós sabemos do que o ser humano
é capaz. Desde Hiroshima nós sabemos o que está
em jogo". (Viktor E. Frankl)


É preciso que continuemos a sonhar com nossas utopias. Não podemos perder a fé nem a esperança de que um dia, finalmente, a humanidade aprenda a arte de viver em paz, inaugurando uma época de evolução e iluminação para todos os recantos do planeta.

Para quem desejar participar deste esforço, a UNIPAZ está presente na Europa, Equador, Argentina, Honduras e tambén no Brasil. Os endereços podem ser encontrados nos sites da UNIPAZ.

Roberto Crema, um dos fundadores da UNIPAZ, nos brinda com este texto primoroso para ler e refletir:


"Vivemos um período ao mesmo tempo aterrador e maravilhoso. É um momento especial de passagem, o parto de um ciclo onde morte e vida se abraçam num espasmo de dor e plenitude. Brahma, supremo deus da criação e Shiva, supremo deus da destruição, dançam juntos, neste instante, ao som da melodia universal que chamamos mutação.

Ao olhar mais atento, Vishnu, supremo deus da conservação, sorri com os braços abertos para acolher os aflitos filhos da Vida. Somos todos testemunhas privilegiadas, acordadas ou não, do nascimento de uma nova idade. 

A cada momento é possível percebermos um acréscimo de luz e de consciência à nossa volta, determinando uma espantosa aceleração de mudanças.



A queda do muro de Berlim e a derrocada das ideologias representam exemplos paradigmáticos da transição conceitual, valorativa e atitudinal que transcorre nos nossos dias. Diante dos cenários atuais, tudo indica que serão dramáticas e desafiadoras as primeiras décadas do Terceiro Milênio.



É preciso escolher entre dois caminhos: o do dinossauro ou o do mutante. Os resistentes à transmutação, adeptos da esclerose do passado e do conhecido, novamente serão soterrados, excluindo-se da nova civilização. Aos mutantes da consciência será destinada a herança evolutiva da humanidade.



Ser contemporâneo é o imenso desafio do nosso momento histórico. Viajamos da idade moderna para a transmoderna, da idade da razão para a idade da consciência no mais amplo sentido. Nossa tarefa é a de inventar uma nova linguagem, um novo código para o tempo-espaço do EU SOU.

Na nova idade, todos somos convocados para a inteireza. O ser mutilado, fragmentado na mente, no coração e no existir, será removido para o museu do ontem. Apenas os inteiros estarão preparados para os novos desafios.



Por essa razão, o termo-chave é o holístico, proveniente do grego holos, que significa inteiro, total. A palavra "holística", pelo desgaste do mau uso e do abuso, poderá ser substituída. O seu significado, entretanto, permanecerá.




Para melhor compreender este momento crítico de passagem, voltemos nossa visão, numa rápida olhadela, para o fecundo século XVII. Nessa ocasião, mediante uma espetacular rebelião da inteligência, aconteceu, na heurística pensamentosfera européia, o nascimento impactante da idade moderna ocidental, cujo ocaso estamos presenciando. Como sempre, foram alguns espíritos rebeldes, sensíveis às contradições da época, que se insurgiram na criação de uma nova síntese.


Um tributo de reconhecimento é necessário ser estendido aos traumatizados de todos os tempos. Aos dotados da capacidade de sentir, na própria carne, a dor coletiva da humanidade ultrajada. 

Final da Idade Média, quando o obscuro prevalecia e o poder religioso exercia uma despótica dominação: a objetividade reprimida pelo cânone aristotélico-tomista, o imanente esmagado pelo fator tido como transcendente, a experiência subjugada pelos dogmas dominantes, as mentes mais iluminadas silenciadas pelo terrorismo da consciência representado pela diabólica Inquisição.

 E no alvorecer do século XVII, por obra de videntes sensíveis e horrorizados, a revolta dos esclarecidos não pôde mais ser contida. 



A Revolução Científica entoou o seu iluminista brado. Galileu, antecedido pelo gênio de Copérnico, desembainhou a espada da precisão matemática e o escudo de uma metodologia científica - hipotética dedutiva - foi erguido triunfalmente. 

Bacon desenvolveu a estratégia da experiência - o empirismo e o método indutivo - para derrotar a peste do dogmatismo. Descartes fez ressoar seu grito de guerra racionalista - o método analítico - iluminando, com o seu cogito discriminativo, a escuridão do campo de batalha. 

E Newton disparou a fatal seta da física mecânica, destinada ao coração do Caos do mundo, para ordená-lo, aprisionando-o na esfera impecável de mecanismos movidos por eternos ditames naturais.

Seguiu-se, natural e dialeticamente, a mudança de polaridade. Veio o Século das Luzes. O fator objetivo passou a ser decantado em tratados e fórmulas. A subjetividade e a dimensão do coração, consideradas não-científicas, foram proscritas, destinadas aos artistas e poetas delirantes. O fator sublime foi encarcerado em sombrios conventos, mosteiros e templos.



O imperscrutável foi banido, abandonado aos místicos. A Razão estendeu o seu império por todas as plagas, com a bandeira do determinismo - biológico, econômico, geográfico, psíquico... - desfraldada. 

Laboriosamente, os antigos traumatizados ergueram e retocaram sua obra-prima: o racionalismo científico, com elegante base disciplinar, que gerou o especialista, exótico sujeito que de quase-nada sabe quase-tudo.

E cá estamos nós, os novos traumatizados. Num mundo esfacelado, com o conhecimento fracionado em compartimentos estanques, cindidos em esferas aprisionantes, torturados por máscaras e papéis desconectados, esvaziados de um sentido maior, desvinculados da sagrada inteireza.



De um extremo fomos ao outro: a Universidade, decantada como templo de saber, com um reitor tratado como Magnífico (!), onde hipertrofiamos o intelecto e nos saturamos de informações, sacrificando, no altar das disciplinas, a mente abrangente e sintética da espécie. 

Infelizes vítimas da patologia dissociativa crônica e paradigmática instalada no seio da crise planetária que sofremos, traduzida pelo infindável conflito intrapsíquico-interpessoal-internacional.



Uma outra revolta da inteligência, suave e irreversível, agita as suas ondas neste momento, convocando os mais sensíveis e atentos. O movimento holístico definitivamente não é uma moda, como muitos pretendem. 

É uma resposta biológica e vital de perpetuação da espécie perante a ameaça de uma autodestruição global; é um catalisador de transmutação no seio do qual está sendo gerado o ser humano do agora.

Ousaremos enfrentar o desafio da inteireza? Ousaremos conspirar por um ente humano integral, vinculado na dimensão interconectada                  do saber e do amor? Ousaremos saltar para o desconhecido, afirmando o viver evolutivo? Ousaremos não deixar por menos, reinvindicando, atrevidamente, nossa condição de seres eretos, destinados a interligar terra e céu?

É promissor constatar que um número progressivo de indivíduos, das mais diversas origens, culturas e ocupações, está abrindo os olhos, despertando e conspirando pela renovação consciente de nossos horizontes. Não será um bom tempo para os insensíveis, sonolentos e pretensiosos proprietários das velhas certezas!

Um dos principais objetivos da Formação Holística de Base é cultivar um terreno fértil no qual o Aprendiz possa assimilar os conhecimentos integradamente e incorporar a nova consciência holística. 

É, também, contribuir na preparação de emergentes líderes                  holocentrados, capacitados para o enfrentamento dos novos e tremendos desafios neste surpreendente limiar do terceiro milênio.

O estudo aprofundado e minucioso deste Manual de Formação é fundamental para o envolvimento, comprometimento e desenvolvimento do Aprendiz ao longo desta fecunda jornada. A meta essencial pode resumir-se em tornar-se o que se é. Nada fácil e, assim mesmo, possível, desde que se oriente o coração para aprender.

Todas as atividades destinam-se, paradoxalmente, a um esvaziamento da mente, facilitando um vazio fértil a partir do qual a visão holística possa emanar e a canção da vida vibrar. Um Ser florescerá então e o Universo se revestirá de Sentido.

Por isto, vale a pena lutar."

SIM ou NÃO ?

A UNIPAZ tem muito mais para dizer....



"Quem se baseia no Tao como mestre dos homens não subjuga o mundo pelas armas porque esta maneira de agir provoca habitualmente uma resposta. (TAO TE KING)"


 O desarmamento, assim como a diplomacia da paz, são iniciativas necessárias e louváveis. Entretanto, como desarmar a alma, as emoções, as atitudes no cotidiano, o coração fechado?... Se todos os                    seres humanos forem desarmados, continuando o analfabetismo psíquico e o noético, começaríamos a batalhar com pedras e cacetes, naturalmente.



O diferencial da proposta da Unipaz é uma educação para a paz, uma transformação que se inicia pelo despertar para a tarefa de pacificar a ecologia interior, individual, para que esta conquista possa se irradiar para a ecologia social e ambiental.


Entretanto, uma atuação conjunta em todas as ecologias , simultaneamente, é uma estratégia pragmática e efetiva.

Nas tradições sapienciais, uma das fontes do pensamento da Unipaz, podemos buscar o valor compartilhado com relação a recusar o uso das armas bélicas de destruição, buscando oferecer a outra face, que se traduz na aquisição e desenvolvimento de nosso arsenal interior de armas brancas: da consciência, da responsabilidade, do amor compassivo, da meditação, da prece... o que talvez seja a característica mais relevante com relação ao imprescindível bom combate. ( Roberto Crema)




A Arte de viver em Paz é o fundamento da Universidade Holística Internacional.

Educação para a paz
FORMAÇÃO HOLÍSTICA DE BASE
COLÉGIO INTERNACIONAL DOS TERAPEUTAS

Autor: Roberto Crema

Fonte: http://www.unipaz.org.br/reflexao/index.htm 


A CRISE GLOBAL





Imagem de André Louro de Almeida


Nada mais atual que esta reflexão do Instrutor (segundo as palavras de
 Antônio Rosa - blog A Cova do Urso) português ANDRÉ LOURO DE ALMEIDA, por isso a estou transcrevendo.


"Entramos em uma crise económica irreversível.


No entanto a crise monetária internacional pode ter consequências radicais que só começam a emergir a partir de Maio de 2009.


Em 1998 descrevemos esta crise em detalhe. Falamos da desactivação dos pilares da actual civilização. As gravações das conferências sobre a matriz Melquisedeque, a Matriz Cristóide e 22 Portais locais em Portugal tornaram-se mais actuais que nunca.


Um plano para "recuperar a economia" é, nesta etapa, um artificio para ganhar tempo. Esta crise foi criada em gabinetes secretos para forçar as nações do mundo a aceitarem regimes para-totalitários Com base no medo e na insegurança e não será por medidas económicas que pode ser evitada, pois está desenhada para eclodir, com ou sem planos de financeiros de emergência.


A crise é artificial mas tem um imenso poder. E tem poder porque a Humanidade adormeceu e se fixou em símbolos de valor que são insuficientes para representar o Homem. A nossa moeda é uma moeda-numero e não uma moeda-trabalho ou uma moeda-inteligência ou uma moeda-sensibilidade, representa um valor quantitativo divorciado da qualidade do homem.


O poder deste tipo de instabilidade para gerar pânico só é possível na medida em que as pessoas perderam amplitude emocional e serenidade existencial em relação aos "símbolos de valor". As agências obscuras que despoletaram esta crise fazem-no na certeza de que o valor é representado por quantidade-dinheiro e não por qualidade-dinheiro. E sem um símbolo de valor, consensual, uma sociedade desagrega-se rapidamente.


E a crise significa que chegou o momento da Humanidade, começando pelos que detêm o poder politico, financeiro e executivo, compreender que os nossos "símbolos de valor" - entre eles o dinheiro, um dos mais interessantes e eficazes - servem para criar a sequência:


1 Desenvolvimento» 2 Sustentabilidade» 3 Saciabilidade» 4 Identidade» 5 Liberdade» 6 Pesquisa» 7 Libertação


... não para funcionarem como uma droga irresponsável que mantém o planeta em transe.


Desta crise pode emergir uma moeda-qualidade: uma forma de dinheiro desconhecida, que depende directamente da qualidade psíquica da vida para ter qualquer valor. Esse é o cenário futuro positivo. Uma nova moeda baseada no Ser. Uma moeda que simbolize valor real: trabalho + sustentabilidade ecológica + qualidade social + expansão de consciência.


Se assim não for creio que teremos rapidamente que recuperar a nossa relação rural com a Natureza.


Isto implica que o momento do reencontro e reunião, daqueles que estão interiormente em contacto com o plano para a iluminação da Terra, nas áreas de protecção às quais se sentem ligados está a aproximar-se.


Em breve cada individuo deverá estar já economicamente e psicologicamente estabilizado e centrado na sua tarefa e na zona rural - ou urbana se for o caso - para a qual foi chamado desde há anos. Este é o momento de grandes decisões e da definição das nossas prioridades. 

É o poder espiritual - i.e. autenticamente humano - destes indivíduos, unidos, trabalhando dentro do que se pode chamar união em liberdade e cooperação em independência, que pode dissolver os campos obscuros da psicotrónica do governo-sombra e do baixo magnetismo da atmosfera psíquica colectiva e acender faróis de esperança, criatividade e vida nos pontos centrais do actual drama terrestre.


Este texto não é um convite a fazer as malas, abandonar a cidade e alienar-se das responsabilidades e oportunidades da actual civilização (Deus sabe como eu sou irrecuperávelmente cosmopolita) mas um sinal para que nos preparemos para criar uma rede de áreas naturais prontas para sustentar a população em caso de crise aguda.


"Setembro 2008"

fonte: André Louro de Almeida em sua página do facebook 

EDUCAÇÃO PARA A PAZ



Foto: http://uniaoglobaldeatitudes.blogspot.com


Achei proveitoso divulgar os esforços de educar para a paz traduzidos em várias ações, entre elas a publicação desta obra literária. 

Este é um trabalho que a UNIPAZ vem fazendo há um bom tempo no Brasil e no mundo porque é preciso que continuemos a sonhar com nossas utopias, não podemos perder a fé nem a esperança de que um dia, finalmente, a humanidade aprenda a arte de viver em paz, inaugurando uma época de evolução e iluminação para todos os recantos do planeta.

Para quem desejar participar deste esforço, no Brasil temos várias unidades da UNIPAZ. A seguir, o prefácio de "A Arte de Viver em Paz" de Pierre Weill.

"A Universidade para a Paz, criada pelas Nações Unidas na Costa Rica, manifesta seu reconhecimento a Pierre Weil pelo trabalho que vem desenvolvendo à frente da Fundação Cidade da Paz e da Universidade Holística Internacional de Brasília. É marcante a contribuição de Weil a um tema fundamental de nossa época: a educação para a paz.


Como ele sublinha em sua obra, depois de séculos ou mesmo milênios de silêncio, a educação para a paz enfim floresce neste planeta. Chegam a nós, sem cessar, notícias sobre o estabelecimento de cátedras para a paz e de novos ensinamentos a esse respeito. Existe, hoje, um grande interesse por esse assunto em diversos setores da atividade humana.

A essa eclosão de atividades aplica-se a observação de Leibniz, predizendo que a humanidade ficaria fascinada e seria absorvida pelas faculdades de análise da ciência de tal forma que, durante séculos, dissecaria a realidade e se esqueceria da síntese, do universal. Mas ele previu, também, que a complexidade de nossas descobertas nos forçaria, mais cedo ou mais tarde, a retornar ao universal, à globalidade.

O momento chegou, como demonstra todos os dias nossa nova abordagem em relação à Terra, à natureza, à comunidade humana, à unidade das ciências,ao caráter multidisciplinar da pesquisa e dos estudos.


Pierre Weil, assim, integra a educação para a paz à arte de viver, assunto que também é de complexidade infinita e requer um tratamento holístico. O adjetivo “holístico” ainda assusta algumas pessoas. Que não se inquietem. Trata-se simplesmente da palavra grega “kath holikos”, que se refere à totalidade, ao universal. 

Essa palavra foi consagrada na expressão “Igreja Católica”, que quer dizer “Igreja Universal”.

Não vou me debruçar sobre a obra para analisá-la. Cabe ao leitor e aos professores a tarefa de descobri-la, apreciar seu porte e sua importância e compartilhar, como espero, o entusiasmo que senti.Encarregado que fui durante anos da coordenação das 32 instituições especializadas e de programas mundiais das Nações Unidas, tive de enfrentar a complexidade crescente do saber e das preocupações humanas, nos aspectos físico, científico, intelectual, moral, ético e espiritual.


Também eu, depois de longas reflexões e observações, fui levado a procurar um enfoque holístico para compreender e sintetizar o movimento da humanidade nesse sentido, ao longo dos séculos. Foi esse esforço de síntese que me valeu o Prêmio da Educação para a Paz da Unesco, em 1989. Muitas escolas já começam a aplicar essa visão holística de educação e foi-me dada a honra de batizar com meu nome algumas delas.


Pierre Weil e eu devemos grande reconhecimento à Unesco por sua acolhida benevolente a esses ensaios de ensinamento universal, que podem parecer utópicos a algumas pessoas hoje. Mas as utopias de hoje costumam ser as realidades de amanhã – a existência das Nações Unidas e o nascimento da Comunidade Econômica Européia são bons exemplos dessa constatação.

Um dia, a utopia de uma comunidade mundial, de uma nação terrestre unida, também será uma realidade. Como dizia Schopenhauer, “toda verdade passa por três estados:

primeiro ela é ridicularizada, depois é violentamente combatida, 

finalmente, ela é aceita como evidente”.


Em nome da Universidade para a Paz, envio sinceros agradecimentos a Pierre Weil e à Unesco. Queira Deus que esta obra seja a pedra angular para uma nova educação no limiar do terceiro milênio."



Autor : Robert Muller
Chanceler da Universidade para a Paz da Organização das Nações Unidas na Costa Rica

Fonte: Prefácio da obra literária: A Arte de Viver em Paz (Pierre Weil)


ALQUIMIA E AUTOCONHECIMENTO



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Há bastante tempo venho tendo acesso a alguma literatura sobre autoconhecimento, alquimia, autotransformação, etc. Dessas leituras todas o conteúdo que mais me marcou por conta dos resultados obtidos na vida cotidiana foi o que se segue. 

Eu, como de resto muita gente também, costumava colocar a razão de minha tristeza, meus insucessos, no exterior. Culpava muita gente por tudo que acontecia e por todas a perdas que sofria. 

Então, já cansada de malhar em ferro frio, de não conseguir atingir os resultados que desejava, passei a olhar para mim mesma, me observar e perceber a forma como tratava as pessoas à minha volta, tentei me colocar no lugar de cada uma delas, e passei a mudar minhas expectativas em relação ao comportamento das outras pessoas.

Quando nós costumamos jogar a responsabilidade para os outros, fica muito difícil  corrigir a recorrência de padrões que trazem perdas e infelicidade, já que tudo está sob a responsabilidade de outras pessoas e assim sendo nada podemos fazer para mudar o quadro.

Na hora em que passei a olhar para dentro de mim e comecei a enxergar a minha verdade, sem auto-engano, sem máscaras, sem autoimagens idealizadas, então tive em minhas mãos a capacidade de começar um trabalho de autotransformação.

A maior e mais grata de todas as surpresas decorrente deste trabalho foi a transformação que começou a ocorrer à minha volta.

A grande ilusão que carreguei durante muito tempo em minha vida foi que minha alegria e satisfação dependia de mudar o comportamento das pessoas com as quais convivia. 

Caí na realidade e entendi que se era tão difícil mudar meu próprio comportamento porque já estava cristalizado em hábitos automatizados como é que eu tinha a pretensão de querer mudar os outros ?

Caiu a ficha e então o trabalho da autotransformação ficou mais motivado  porque comecei a ver os resultados que ocorriam em cascata a minha volta, com a transformação das pessoas e das circunstâncias em que vivia.

Então, descobri, por experiência própria que o caminho seguro para transformar nossa vida com todas as suas circunstâncias e circunstantes passa por começar a fazer a nossa parte, o trabalho de se conhecer para se transformar. A luz que começamos a irradiar, então, atinge a tudo e a todos em nosso ambiente.

Outro fato decorrente deste trabalho é que, ao conhecer a nossa verdade, passamos a ser mais tolerantes, compreensivos e acolhedores, mais pacientes conosco e com tudo o mais.

O metal pobre do orgulho e da arrogância passa pela transformação alquímica para chegar ao ouro precioso da humildade verdadeira e tudo fica mais brilhante e belo ao nosso redor. 

E a alegria maior é entender que também estamos contribuindo para a felicidade e transformação de toda a coletividade, depurando nossos pensamentos, sentimentos e atitudes.

Este é um trabalho que fazemos pelo resto da vida porque nunca deixa de haver coisas para observar e transformar para melhor. Entretanto este trabalho vai se tornando cada dia mais gratificante ao constatarmos que estamos construindo uma nova realidade, uma vida melhor para todos nós.

 Autora : Josélia Oliveira





O CAMINHO ESPIRITUAL



http://www.orizamartins.com/poesias-jenario-caminhos.htm




Antes de tudo, o  caminho espiritual é um método para nos tornarmos verdadeiros. Nossa verdadeira natureza é a totalidade dentro do nosso eu e a unidade com o cosmo. 

Para avançar no caminho espiritual, precisamos adotar o seguinte paradoxo: crescemos na direção da totalidade como indivíduos separados, ao mesmo tempo que transcendemos essa separação e nos tornamos uma coisa só com o cosmo. 

Ambos envolvem o desabrochar das nossas qualidades humanas essenciais - percepção, amor, sensação física. Ambos requerem a integração do amor e do desapego, da distância e da intimidade.

Não podemos nos tornar reais fingindo que somos diferentes do que somos agora. Mesmo depois de termos começado a perceber a consciência fundamental, ainda somos pessoas incompletas e fragmentadas, ao mesmo tempo que estamos em sintonia com a dimensão da totalidade e da unidade. Isso significa que mantemos o direito humano de ficar deprimidos, embora sejamos cada vez mais capazes de sentir alegria e paz.


À medida que nossa percepção progride, nosso anseio de ser completos fica cada vez mais forte. Finalmente, ele torna-se o ponto central da nossa vida, a base de nossas escolhas na vida e a fonte fundamental da nossa satisfação. 

No mundo moderno, como provavelmente em todas as épocas anteriores, a pessoa em evolução precisa nadar contra as fortes e hipnóticas marés da ignorância e da descrença. Quando percebemos a consciência fundamental, passamos a viver numa dimensão desconhecida para a maioria das pessoas.

 Passamos a ter apenas a nossa percepção para nos guiar e tranquilizar. Precisamos confiar nos sinais sutis que marcam nosso caminho pessoal em direção à totalidade - as correntes cada vez mais profundas de energia no nosso corpo, a liberdade da nossa respiração, a radiância do ar, a sincronicidade entre os eventos exteriores e nossas esperanças necessidades interiores, e a expansão da nossa consciência, que impregna o nosso corpo e o nosso ambiente.

Embora a afiliação religiosa seja por certo uma opção, depois que penetramos na dimensão da consciência fundamental, não existe a necessidade de um ritual exterior ou de uma disciplina rigorosa. O caminho emerge à medida que avançamos, atraindo para nós as circunstâncias e práticas que irão facilitar o nosso trabalho. 

Como nosso mundo contemporâneo raramente nos dá apoio quando raspamos a cabeça ou pedimos esmola, precisamos encontrar nosso caminho na vida e reagir aos aspectos mais convencionais da sociedade, ao mesmo tempo que permanecemos no nosso caminho único e invisível.

 Na essência de todos e de tudo situa-se o radiante e ininterrupto "EU", a origem do universo. Quando vivemos nessa essência, sentimos a integração natural do corpo, do verdadeiro eu, com a base transcendente, difusa da consciência fundamental.

Fonte: Trecho do livro :  O Processo da Iluminação Espiritual (Um Método para Compreender a Consciência Cósmica ou Fundamental) de Judith Blackstone - Ed. Pensamento, São Paulo, 2002, p. 161/162

SOMOS UMA UNIDADE?

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No passado o grande tabu foi o sexo, hoje, vivemos a época da liberação da sexualidade. Então, qual seria hoje o tabu de nossa sociedade ?  A pergunta tem razão de ser porque na sociedade sempre há algo que é reprimido, que não se reconhece, que é considerado tabu.

 Mas, voltando à questão inicial, hoje em dia, nós, integrantes do dito mundo civilizado, temos o sentimento de sermos solitários e visitantes muito temporários no Universo.

Alan Watts e outras pessoas ( não muitas), com as quais concordo, pelo menos até prova em contrário, acreditam que:

"[...]não viemos a este mundo, 'viemos dele', como as folhas de uma árvore. Tal como o oceano produz ondas, o universo produz pessoas. Cada indivíduo é uma expressão de todo o reino da natureza, uma ação singular do universo total. Raramente este fato é (se é que alguma vez chegou a ser) sentido pela maioria dos indivíduos. Nem mesmo aqueles que conhecem a veracidade teórica deste fato conseguem senti-lo ou apreendê-lo, continuando a ter consciência de si próprios como 'egos' isolados, dentro de sacos de pele. [...]" {Alan Watts (1)}

Este modo de ver o mundo e a nós mesmos, como coisas separadas, predispõe a uma série de consequências:
1 - Ter uma atitude hostil para com o mundo "de fora". Nossa disposição é de conquista em vez de cooperação harmoniosa.
2 - Não temos senso comum, não há condições para dar um sentido ao mundo sobre o qual todos estejam de acordo.

A Hipótese Gaia trata-se, também de uma subversão do mundo do modo como o ocidental vê as coisas do mundo em que vive.

Alan Watts, Gritjof Capra, James Lovelock, Lyn Margules, Arne Naess, Aldo Leopoldo, UG Krihsnamurti, entre outros, chegaram a esta visão do mundo como uma unidade, por diferentes caminhos, entretanto a nota comum a todos é o estudo da filosofia oriental, seja o Zenbudismo, o Vedanta ou outras formas de expressão religioso/filosófica do oriente.

Autora: Josélia Oliveira

Livro consultado:
Watts, Alan. Tabu - O que não o deixa saber quem você é ? Trad. de  Fernando de Castro Ferreira e Olavo de Cavalho. Editora Três. Edição especial de Planeta n. 52-A. 1966

O DESABROCHAR DA CONSCIÊNCIA HUMANA - EVOCAÇÃO

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Terra, 114 milhões de anos atrás, de manhã, logo após o nascer do sol: a primeira flor que aparece no planeta abre-se para receber os raios solares.


Antes desse formidável acontecimento, que representa uma transformação evolucionária na vida das plantas, 0 globo já estivera coberto de vegetação por milhões de anos. A primeira flor provavelmente não durou muito tempo.

 As flores devem ter permanecido como um fenômeno raro e isolado porque talvez as condições ainda não fossem favoráveis à plena ocorrência do florescimento.

Um dia, porém, um limite crítico foi alcançado e, de repente, deve ter se dado uma explosão de cores e perfumes por toda a Terra - isso é o que uma consciência observadora teria visto se estivesse presente.

Muito tempo depois, esses seres delicados e fragrantes que chamamos de flores viriam a desempenhar um papel essencial na evolução da consciência de outras espécies. Cada vez mais, os seres humanos seriam atraídos e se sentiriam fascinados por eles.

É provável que as flores tenham sido a primeira coisa que a consciência da espécie humana começou a valorizar enquanto se
desenvolvia, mesmo que elas não tivessem um propósito utilitário imediato, isto é, que não estivessem vinculadas de alguma maneira à sobrevivência.

No decorrer dos tempos, as flores foram a fonte de inspiração de incontáveis artistas, poetas e místicos. Jesus pede-nos que as contemplemos e que aprendamos com elas sobre como viver. Diz-se que, em determinada ocasião, Buda teria proferido um "sermão silencioso" enquanto segurava uma flor e a apreciava.

Após algum tempo, um monge chamado Mahakasyapa começou a sorrir diante dos presentes. Ele teria sido o único a entender o sermão. De acordo com a lenda, aquele sorriso (isto é, a compreensão) foi transmitido às gerações seguintes por 28 mestres sucessivamente e, muito tempo depois, tornou-se a origem do zen.


Contemplar a beleza de uma flor poderia despertar os seres humanos, ainda que por um breve momento, para a beleza que constitui uma parte essencial do seu próprio ser mais profundo, sua verdadeira natureza.

O início do reconhecimento da beleza foi um dos acontecimentos mais significativos na evolução da consciência da nossa espécie. Os sentimentos de alegria e amor estão ligados de modo intrínseco a isso. Sem que percebêssemos inteiramente, as flores tornaram-se uma expressão em termos de forma daquilo que é mais elevado, mais sagrado e, em última análise, informe, dentro de nós.

Mais efêmeras, mais etéreas e mais delicadas do que as plantas das quais se originam, elas são como mensageiras de outra esfera, uma espécie de ponte entre o mundo das formas materiais e o informe.

Elas não só exalam um perfume suave e agradável aos seres humanos como emanam a fragrância da esfera espiritual. Se usássemos a palavra "iluminação" num sentido mais amplo do que o convencionalmente aceito, poderíamos considerá-las a iluminação das plantas.

Toda forma de vida em qualquer reino estudado pelas ciências naturais - mineral, vegetal, animal e humano - pode passar pelo processo de "iluminação". Porém, é raro isso acontecer, uma vez que significa mais do que um avanço: pressupõe uma descontinuidade no seu desenvolvimento, um salto a um patamar inteiramente diferente do Ser e, mais importante, uma diminuição da materialidade.

O que poderia ser mais pesado e mais impenetrável do que uma rocha, a mais densa de todas as formas? Ainda assim, algumas rochas passam por uma mudança na sua estrutura molecular, convertendo-se em cristais, tornando-se transparentes à luz.

Há Carbonos que, sob uma pressão e um aquecimento extraordinários, viram diamantes, enquanto determinados minerais pesados se transformam em outras pedras preciosas. Quase todos os répteis, as mais terrenas de todas as criaturas, permaneceram imutáveis por milhões de anos.

Alguns deles, contudo, desenvolveram penas e asas e se transformaram em aves, desafiando assim a força da gravidade, que os dominara por tanto tempo. Não é que eles tenham apenas passado a rastejar e a caminhar melhor - esses animais transcenderam completamente a capacidade de realizar esses dois tipos de movimento.

Desde tempos imemoriais, as flores, os cristais, as pedras preciosas e as aves têm um significado especial para o espírito humano. A exemplo de todas as formas vivas, esses elementos são, é claro, manifestações temporárias da Vida subjacente, da Consciência Única.

Seu significado especial e a razão pela qual despertam tamanha fascinação nos seres humanos, que possuem um grande sentimento de afinidade em relação a eles, podem ser atribuídos à sua propriedade etérea.

Como existe certo grau de presença, isto é, de atenção silenciosa e permanente nas percepções humanas, nossa espécie tem a faculdade de sentir a essência vital divina, a consciência, ou o espírito imutável, que há em todas as criaturas, em todas as formas de vida, reconhecendo-a como compatível com nossa própria essência.

Por isso, somos capazes de amá-la como a nós mesmos. Até que isso aconteça, contudo, a maioria das pessoas vê apenas as formas exteriores, não atentando para a essência interior, da mesma maneira como não percebe sua própria essência e se identifica somente com sua forma física e psicológica.

No caso de uma flor, de uma ave, de um cristal ou de uma pedra preciosa, porém, até mesmo uma pessoa com pouca ou nenhuma presença pode perceber que essas formas contêm algo mais do que a mera existência física, sem, no entanto, saber que essa é a razão pela qual possui sentimentos de atração e afinidade em relação a elas.

Por causa da sua natureza etérea, a forma obscurece o espírito que a habita até que ele atinja um grau inferior em comparação ao que ocorre com outras criaturas. A exceção a isso são todas as formas de vida recém-nascidas -bebês humanos e filhotes de cães, gatos, cordeiros, etc.

Esses seres são frágeis, delicados, ainda não firmemente estabelecidos na materialidade. Uma inocência, uma doçura e uma beleza que não são deste mundo brilham por meio deles. E é por isso que encantam até mesmo pessoas de pouca sensibilidade.

Desse modo, quando estamos atentos e contemplamos uma flor, uma ave ou um cristal sem nomeá-los mentalmente, eles se transformam numa janela para o que não tem forma. Surge uma abertura interna, ainda que quase imperceptível, para o domínio espiritual.

É por isso que, desde tempos imemoriais, essas três formas de vida "iluminadas" desempenham um papel tão importante na evolução da consciência humana. Também é por essa razão que, por exemplo, a jóia da flor de lótus é um símbolo fundamental do budismo, enquanto uma ave branca - a pomba -representa o Espírito Santo no cristianismo.

Elas vêm preparando o terreno para uma mudança mais profunda na consciência planetária que está destinada a acontecer com nossa
espécie. Esse é o despertar espiritual que estamos começando a testemunhar agora.


Fonte: livro: O despertar de uma Nova Consciência - Eckhart Tolle - Trecho do primeiro capítulo.