quinta-feira, 29 de março de 2012

O gato é a liberdade, o cão a lealdade


Para mim o gato é um dos mais interessantes símbolos do comportamento livre. Se ele resolve se sentar, pode assim permanecer horas a fio. Mas, se alguém o quer obrigar a permanecer sentado, então, levanta-se, espreguiça-se e vai embora.

Sempre quis ter uma liberdade parecida e lutei muito por isso mas depois fui me deixando levar pelo comodismo, as obrigações sociais e familiares e lá se foram minhas pretensões de liberdade incondicional. Hoje em dia, exercito uma liberdade relativa. 

Só loucos admiráveis permaneceram fiéis a este primeiro impulso que nasce com toda criança e se tornam marginalizados porque a sociedade não tolera os que não se adaptam, os que não se tornam normóticos.(palavra que escutei de Roberto Crema).

Novo Código Florestal e sua importância para os ecossistemas brasileiros



Desejam saber mais sobre as questões cruciais para os ecossistemas com a aprovação do Novo Código Florestal? Acessem o site:


http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/temas_nacionais/codigoflorestal/


O vídeo a seguir explica porque alguns querem tanto a reforma do Novo Código Florestal Brasileiro!




Enquanto isso, vejam a contribuição da agricultura familiar para sociedade brasileira e em que percentual participa do agronegócio nacional junto com as grandes empresas de monocultura.



A VERDADEIRA ECOLOGIA

Autora da imagem: M. Laisa


Achei muito pertinente este trecho do livro de Zulma Reyo, Alquimia Interior, porque muita gente embarca na onda atual da ecologia. Virou moda ser ecológico, lutar por causas ecológicas. Poucas pessoas, no entanto estão preocupadas em deixar de poluir com o que está guardado dentro de si e que está fluindo sem parar para povoar o mundo com pensamentos, sentimentos, palavras e ações que o prejudicam internamente e também, tudo ao seu redor. Então vejamos o que Zulma tem a dizer a este respeito.


"A verdadeira ecologia começa consigo mesmo. Enquanto treina sua percepção e os mecanismos de sua mente e sentimento na afirmação da Luz, está qualificando positivamente a energia. Em vez de aumentar a poluição  de nosso planeta, está ajudando a limpar sua atmosfera.

Temos de dar poder à Luz, dar poder à divindade dentro de nós. Isso não significa negar a fealdade e a injustiça, a pobreza e a doença. Isso não significa tornar-se insensível ou pretender que tais coisas não existam. Significa fornecer um elixir curativo. 

Não através da esperança cega, que cria mais expectativa, mais tensão e frustração, mas através da geração de substância-Luz, por meio da qual a transmutação pode começar a acontecer.

O que o mundo precisa neste momento é de compreensão. Reeducação. Precisa que se acabem as formas-pensamentos putrefatas, as crenças e ideias que estão enfraquecendo toda a ação e manifestação.
As pessoas precisam saber como a mente funciona, o que são os pensamentos, o que fazem a si mesmas e o que fazem aos outros através de seu pensamento, seu sentimento, suas palavras e suas ações.

Se não acabarmos com nossa poluição interior, seremos como o cego que conduz outro cego, o miserável que se junta a outra miserável, pensando que um vai ajudar o outro. No final, teremos duas misérias, multiplicando não por dois, mais infinitamente a intensidade daquela miséria. Para realmente servir, é preciso começar consigo mesmo e com o lugar onde se vive.

A verdadeira ecologia começa com nossos próprios pensamentos e sentimentos. É isso o que eleva o nível vibratório do planeta. Quando tivermos assumido a responsabilidade indivdual por nosso próprio poder, aquele poder, unido aos outros, torna-se o Poder da Divindade em ação AGORA.

Fonte: Zulma Reyo - A ALQUINIA INTERIOR - Trad. : Sílvia Branco Sarzana, Ed. Ground, pp.338/339

Desejo a todos uma Feliz Páscoa e....






Paz sempre presente
Amizades verdadeiras
Sucesso contínuo
Carinho aos montes 
O melhor ano 
Amor sempre... poe ai e todos os outros

DESEJO A TODOS OS LEITORES DO BLOG:


Paz sempre presente
Amizades verdadeiras
Sucesso contínuo
Carinho aos montes 
O melhor ano 
Amor sempre... por si e todos os outros seres.


O QUE SIGNIFICA A PÁSCOA?

O feriado de Páscoa em 2012 vai ser no dia 8 de abril, domingo, após 40 dias de Quaresma, neste dia as pessoas costumam se reunir com a família para almoçar juntos, rir, se divertir, dar de presente ovos de Páscoa e presentes.

A páscoa simboliza a ressurreição de Cristo. Após ser crucificado, foi colocado em sua sepultura e, três dias depois, Jesus ressuscitou. A data é, segundo a religião cristã, a mais importante do calendário. A ressurreição de Cristo é verdadeira páscoa e como tal deveria ser comemorada. Entretanto agora dá-se maior ênfase a propaganda comercial de incentivo ao consumo de todos os símbolos que o consumismo criou para a época. Não estou dizendo com isto que não deva haver a parte profana comemorada segundo a cultura de cada povo, estou lembrando o verdadeiro motivo da comemoração da páscoa cristã.



Já a páscoa judaica (Pesach), que ocorre 163 dias antes do início do ano judaico, foi instituída na época de Moisés, uma festa comemorativa feita a Deus em agradecimento à libertação do povo de Israel escravizado pelo Faraó, o rei do Egito. Esta data não é a mesma da Páscoa Juliana e Gregoriana.

Conhecida como pessach, a Páscoa Judaica celebra a libertação do Egito e reitera o laço para com o Deus que teria possibilitado a execução daquela memorável vitória. Ao longo do tempo, observamos que essa celebração vai ganhando contornos mais estáveis e se aproximando dos eventos e rituais que hoje marcam tal celebração. Para alguns estudiosos, a celebração de tal evento foi crucial para que a comunidade judaica preservasse seus laços nos mais diferentes lugares em que viveram e ainda vivem.


Na noite de celebração da páscoa, as casas devem estar limpas e arrumadas, e todo um conjunto específico de talheres é utilizado na celebração. Além disso, qualquer tipo de alimento fermentado tem o seu consumo proibido. No dia antes do pessach, a família deve jejuar em homenagem aos primogênitos que não foram atingidos pela última das maldiçoes egípcias. Daí em diante, várias refeições e narrativas são intercaladas como forma de se reforçar o significado da páscoa para os judeus.

Cada um dos alimentos empregados relembra a experiência que os judeus tiveram no tempo em que viveram no Cativeiro do Egito, as dez pragas impostas e os milagres divinos que os retiraram daquele lugar. Em diversas ocasiões, vemos que a participação das crianças reforça o ideal de renovação das tradições e sugere que elas internalizem o significado daquela solenidade.

Vamos passear nos Jardins de Epicuro?

http://marciomariguela.wordpress.com


Hoje resolvi apresentar vocês a Epicuro (para quem ainda não conhece). 



Esta foto de Emanuel Braga do jardim de um mosteiro da cidade Samos, foi o mais perto que eu consegui para ilustrar a casa e o Jardim de Epicuro já que não existe nenhum registro fotográfico ou pintura que retrate este sítio geográfico. 

Geralmente os mosteiros têm áleas nos jardins por onde caminham em meditação os monges o que lembra o que faziam os mestres em suas preleções aos discípulos no jardim de Epicuro.

TETRAPHARMAKON


Inscrição da receita médica para a alma, gravada por Diógenes, na Turquia. Fonte da imagem:http://paracadaproblema.wordpress.com/tag/tetrapharmacon/

O filósofo grego Diógenes, que viveu em Oenoanda – hoje Oinoanda, na Lycia, sudoeste da Turquia – mandou talhar em pedras, por volta de 120 d.C., num muro da cidade, para que todos pudessem ver, quatro máximas, que ficaram conhecidas como TETRAPHARMAKON.


TETRAPHARMACON, São afirmações sintéticas, inspiradas na filosofia de seu mestre Epicuro (341 -270 a.C.) propostas como resumo da sabedoria humana.  Quatro remédios para a felicidade:


1. Não há o que temer quanto aos deuses;
2. Não há necessidade de temer a morte 
3. A felicidade é possível ; 
4. Podemos escapar à dor.

Vídeo relacionado





Para quem não tem tempo ou paciência para fazer a leitura completa do post, se leu o Tetrapharmakon já tem uma ideia da proposta de Epicuro.




Linha do tempo

Epicuro nasceu em 341a. C., na ilha grega de Samos, mas sempre ostentou a cidadania ateniense herdada do pai emigrante. Em Samos, ele passou a infância e a juventude, iniciando os estudos de filosofia com o acadêmico Pânfilo, filósofo platônico cujas lições seguiu dos 14 aos 18 anos.



Ao atingir essa idade, em 323, Epicuro transfere-se para Atenas a fim de cumprir os dois anos obrigatórios de treinamento militar destinado aos efebos (jovens adolescentes). Nessa mesma condição, encontra como colega de turma o futuro dramaturgo Menandro, de quem se torna amigo.


É em Atenas, capital cultural da Grécia Antiga, que Epicuro irá também encontrar  os grandes filósofos ainda em atividade após o desaparecimento de Sócrates e Platão (com exceção de Aristóteles, banido da cidade e refugiado em Cálcis, onde viria a falecer no ano seguinte), desde Teofrasto, o sucessor de Aristóteles no Liceu, até Xenócrates, diretor da Academia, cujos ensinamentos ele certamente seguiu.


Epicuro funda sua primeira escola em Lâmpsaco e conquista os discípulos que o irão acompanhar durante toda a sua trajetória: Hermarco, Colotes, Metrodoro, Pítocles e Heródoto. Estes três últimos ao lado de Meneceu são os destinários das três famosas cartas que escreveu e que costumam ser apontadas como a síntese do pensamento epicurista. 


Em 306 volta a Atenas onde, em uma casa que comprou instalou sua escola mais tarde denominada de "O Jardim de Epicuro". Na casa habitavam, além de Epicuro, os antigos discípulos agora denominados de Mestres que acampavam em barracas no jardim da residência, cultivavam hortaliças e recebiam os novos discípulos.


A Filosofia de Epicuro



A  famosa "Carta sobre a felicidade" contendo a súmula de seu pensamento filósofo, serve para desmentir o julgamento apressados de muitas pessoas que o julgaram sem o conhecer e divulgaram um retrato errôneo do filósofo e de seu pensamento filosófico.



No Jardim de Epicuro, vicejava uma verdadeira comunidade de pensamento e experiência onde mestres e discípulos viviam de uma maneira ascética, consumindo apenas as hortaliças que eles próprios cultivavam, às quais acrescentavam apenas pão e água ou, ainda, queijo em ocasiões especiais.
 Sim, eram vegetarianos! 


A real importância da doutrina de Epicuro vai muito além destes aspectos puramente circunstanciais.  Sua filosofia perdurou durante sete séculos no mundo greco-romano, e encontrou entre Lucrécio, Sêneca e Cícero os seus mais ilustres discípulos tardios.


Escreveu uma carta a Heródoto que era um verdadeiro tratado de física atômica (física), uma a Pítocles, a propósito dos fenômenos celeste (astronomia) e uma carta a Meneceu (a Carta sobre a felicidade) que versa sobre a conduta humana tendo em vista alcançar a tão almejada "saúde do espírito" (Filosofia e Ética)


Nesta carta ele afirma a necessidade de estudar Filosofia, para ele, a disciplina cuja meta é tornar feliz o homem que a pratica. A seguir disserta sobre tópicos que achava mais essenciais para esta busca, começando pela crença  na existência de deuses, considerados entes imortais e abençoados.


A seguir passa a dissertar sobre a morte. Segundo Epicuro é absolutamente necessário vencer esse medo da morte, ninguém deve temê-la uma vez que não há nenhuma vantagem em viver eternamente: o que importa não é a duração mas a qualidade da vida.


Continuando, descreve as várias modalidades de desejo e a necessidade imperiosa de controlá-los, tendo em mira a saúde do corpo bem como a tranquilidade do espírito, esta é a concepção do prazer no modo como Epicuro encara a sabedoria do bem viver. 

Podemos perceber aí, que, para ele, a busca indiscriminada do prazer pode resultar mais em dor do que em felicidade. Do mesmo modo, uma dor nem sempre deve ser evitada, já que pode resultar em prazer em tempos posteriores.


Assim sendo, em sua filosofia recomenda uma conduta comedida, moderada em relação aos prazeres, de acordo com sua crença de que devemos priorizar o princípio da qualidade, em detrimento da quantidade.


Por último, Epicuro acredita que o homem sábio não deve acreditar num destino cego ou na sorte como se fossem fatalidades inexoráveis e sem esperança, aqui mostra sua crença na vontade e liberdade do homem.


Foram esses os pontos essenciais da carta que escreveu ao discípulo Meneceu garantindo-lhe que a prática destes ensinamentos não só seria capaz de levá-lo à mais completa felicidade, mas até mesmo a sentir-se como um deus imortal entre os homens mortais.


******************************************************


Desejando ler no original a Carta sobre a Felicidade A Meneceu, existe um livro de bolso da Editora UNESP (FEU). Tradução e apresentação de Álvaro Lorencine e Enzo Del Carratore.  Ou, então, a edição de G Arrighetti, Epicuro, Opere, Torino, 1973. entres outras publicações.



Vídeo sobre Epicuro e seu pensamento.