quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

OS SENTIDOS INTERNOS E O SENHOR DO CASTELO

A lenda de um bravo monarca que defendeu a Inglaterra das invasões bárbaras
http://www.brasilescola.com/curiosidades/rei-artur-mito-ou-verdade.htm


Se você quer alcançar sua realidade última, comece por sua realidade mais próxima, que é o corpo. O corpo tem uma sabedoria própria. Você cruza com ela a cada momento, mas não está disponível para percebê-la, para notar suas nuances e decifrar seus sinais.

A mente sempre esquece, mas a inteligência que comanda o corpo está sempre atenta, sem nunca arrefecer, ao comandar as batidas do coração, os movimentos peristálticos do intestino ou o fluxo da respiração.

  Pedro Tornaghi



UMA NOVA CONSCIÊNCIA



 O texto é longo, mas vale a leitura e reflexão sobre cada vírgula ...
Sempre ensinaram para nós que a vida consiste em nascer, trabalhar, produzir, consumir, aproveitar todos os seus prazeres e depois morrer. Ao longo de nossa existência passamos por todas as fases de uma educação formal, entramos no mercado de trabalho, conquistamos um salário razoável, constituímos família, temos nossos filhos, enfim, vivemos uma vida normal. Mas chega um momento em que sentimos que está faltando alguma coisa, que algo não nos foi ensinado, mas não sabemos o que é. Nada mais parece ter sentido. E nesse momento começa uma crise de transformação na sua vida.
Nós somos seres de sentido, nós precisamos dar um significado para as coisas que fazemos, não podemos viver sem isso. É o que nos move, o que nos faz levantar de manhã com alegria, e faz a gente ir além de nossos limites. Quando falta o sentido, começam as perguntas: o que estou fazendo aqui? Para onde vou? Porque a gente vive? E o que acontece depois da morte?
Quando começamos a nos fazer essas perguntas, parece que tudo vira de cabeça para baixo. Surgem dúvidas, questões, conflitos. Uma insatisfação muito profunda parece minar nossa energia. Começamos a produzir doenças, surgem os conflitos emocionais, insatisfação profissional... a crise de transformação vem justamente para quebrar as amarras que nos mantém num caminho sem sentido.
Nessa hora, de duas, uma: ou a gente vê essa crise como uma ameaça externa, um fungo, uma bactéria, uma depressão, corre para o médico e se enche de remédios, ou a gente entende que aquilo tem um significado, é um sinal, e está apontando para alguma coisa que temos de aprender.
No primeiro caso ocorre um bloqueio; tudo estanca e volta à pseudo-normalidade. No segundo, ocorre uma abertura. Toda escolha tem consequências. Se você escolheu se abrir, começam a acontecer coisas estranhas em sua vida. Você pensa numa pessoa, e ela telefona. Entra numa livraria e cai em suas mãos o livro que você precisava ler. Está com um problema para resolver, assiste um filme que fala do assunto. Abre o jornal e vê um anuncio do emprego que procurava. Coisas assim, que a primeira vista podemos dizer: coincidência!
Sim, mas quando essas coincidências começam a se repetir, não são mais coincidências...e você começa a desconfiar que por detrás de tudo isso há um sentido se desvelando, um sinal sendo dado, uma mão direcionando você para um caminho.
Essa é a nova consciência que está surgindo. Esse é o despertar da consciência transpessoal. Sentir a presença de uma força misteriosa que parece conhecer seus passos, seus pensamentos, e se preocupa com você. Jung deu a isso o nome de sincronicidade, fatos significativos que acontecem na vida de uma pessoa.
Quando a sincronicidade começa a ocorrer em nossa vida, algo começa também a se desenvolver em nós. É a chamada terceira inteligência, a inteligência espiritual. Durante todo o século XX se deu muita importância ao nível de QI das pessoas, a inteligência racional; ter um filho com alto QI era o máximo. Depois, com David Goleman, começamos a nos dar conta da importância da inteligência emocional. Era mais importante saber administrar as próprias emoções e lidar com as dos outros. Ele dizia que as pessoas mais bem sucedidas não eram aquelas que tinham alto QI, mas as que tinham uma inteligência emocional bem desenvolvida.
Mas, há apenas alguns anos, com as pesquisas feitas por neurólogos e psicólogos, começamos a entender que existe um terceiro tipo de inteligência, pela qual não só captamos fatos, idéias e emoções, mas percebemos os contextos maiores de nossa vida, totalidades significativas, e que nos faz sentir inseridos no Todo. Ela nos torna sensíveis a valores, a questões ligadas a Deus e à transcendência. Foi chamada de inteligência espiritual, porque é próprio da espiritualidade captar a totalidade, a unidade, e se orientar por visões do sagrado. Por isso chamaram essa área de o ponto Deus no cérebro.
As pesquisas que foram feitas com pessoas em meditação relataram sentimentos de êxtase místico, de união, da presença de Deus. Era como se estivessem diante de uma Presença Viva. Descobriram que pessoas que tinham essa inteligência mais desenvolvida se tornavam pessoas melhores. Chegaram a distinguir algumas qualidades específicas nessas pessoas:
Maior abertura para o auto-conhecimento; vontade de desenvolver sua potencialidade humana.
Pessoas idealistas, movidas pela vontade de criar, de mudar, de construir algo novo.
Pessoas que tem uma visão de conjunto, de síntese, do todo.
Pessoas que tem um coração compassivo, amoroso, espontâneo, solidárias com o próximo em qualquer situação. (muito cuidado aqui, se lhe vier a mente a palavra "caridade", que é tão mal sentida e empregada atualmente)
Pessoas bem-humoradas, de bem com a vida, cheias de alegria, entusiasmo e vontade de viver.
Pessoas intuitivas e de grande percepção, criativas e místicas.

Pierre Weil chamou de mutante essas pessoas em processo de expansão da consciência. É através de uma mutação que começa, na verdade, a dimensão transpessoal da consciência. É quando a gente se dá conta de que existe algo muito mais verdadeiro do que nossas meras identidades, nossas crenças, nossas opiniões, nossos apegos. Já não nos orientamos mais a partir de nossos interesses pessoais, mas por aquilo que vai além, que transcende a própria individualidade e se dirige para o coletivo, o social, o outro. Só então compreendemos que estamos aqui no mundo a serviço, todos nós somos servidores. Essa experiência muda tudo.
A visão da espiritualidade que decorre dessa mutação interna provoca uma nova postura perante a vida, uma vivência real, uma mudança interna que não tem nada a ver com a religião nem com doutrinas espíritas. Espiritualidade é um termo que significa mais uma dimensão noética, uma propensão aos valores humanos, uma capacidade de transcendência que pode ou não estar ligado a uma prática religiosa.

O mutante é aquele que aprende a conviver com esses fenômenos acontecendo na sua vida o tempo todo. Ele está aberto para mudar. Nós, seres humanos, somos um projeto inacabado. Essa é a grandiosidade do ser humano. Sua capacidade de abertura.
Mas, existem inúmeras pessoas que nunca viveram uma crise de transformação, que continuam com as mesmas idéias, hábitos e modo de pensar de sempre. Não buscam o sentido das coisas e repetem, como sonâmbulos, suas rotinas de vida incansavelmente. Pierre Weil chama essas pessoas de estagnantes, porque, na verdade, estão estagnadas. Vivem dopadas pela visão de mundo que é vendida pela mídia, pelo sistema político, pelos interesses econômicos. Pessoas estagnadas, alienadas, são um alvo muito fácil para um sistema que não se preocupa com o desenvolvimento humano, e sim, do capital.
Há uma imagem que ilustra bem como agem o mutante e o estagnante. Nossa mente se assemelha a um Boeing supersônico fabuloso, que viaja a velocidades incalculáveis e pode ir a espaços infinitos. Mas não sabemos como usar os instrumentos de bordo. Só existem duas possibilidades: ou aprendemos a pilotar o nosso Boeing e tomamos a direção em nossas mãos, ou ligamos o piloto automático e vamos dormir lá no fundo do avião. O mutante é aquele que vai buscar aprender tudo sobre sua mente-supersônica; o estagnante vai tirar uma soneca e se deixar conduzir para qualquer lugar..
Autora: Mani Alvarez
Fonte: http://www.fatimahborges.com.br/artigo.php?code=299

O PODER DA MENTE - Os processos mentais



OS PROCESSOS MENTAIS


Como habitualmente não se tem consciência dos processos mentais, o natural é ficarmos distraídos, dispersos, deixando que a mente pense todo tempo coisas sem nexo, sem proveito, sem importância, mal gastando a energia vital.


Uma das coisas que mais causam desgaste de energia é a preocupação, isto é, ficar constantemente pensando sobre um tema perturbador e para o qual não existe ainda uma solução. E o que é pior, a perturbação da mente gera emoções de qualidade vibratória inferior.


Fazer um trabalho educativo com a mente, observando a qualidade dos pensamentos para selecionar aqueles que terão permissão para prevalecer, é um trabalho bastante árduo, mas de resultados surpreendentes.

Assim sendo, educar a mente também se constitui numa ferramenta de trabalho, e nisto é maravilhosa, aparece um efeito colateral, a mente começa a exercer uma função que não lhe compete : começa a querer ter autonomia total.


É como se um indivíduo possuísse uma máquina, que, sob o seu comando ajudaria a fazer cálculos, a organizar um banco de dados (memória) etc. e esta máquina achasse que ela tinha autonomia para fazer escolhas e tomar decisões.


Assim, a mente consegue inverter os papeis e o indivíduo que possui uma mente, passa a ser possuído por ela e vai vivendo a reboque dessa falsa personalidade como um verdadeiro "robot", sob o comando da mente.


Ora, como quem deve ter o comando, de direito, é "Nous",  a consciência, porque para isto foi criada e, como a mente não possui nem a prerrogativa nem a competência para desempenhar este papel, quando é permitido que esta inversão de papéis aconteça, tanto a saúde se desequilibra em todos os níveis, como a existência se torna caótica.


CONHECENDO OS PROCESSOS

Neste trabalho de sabotagem a mente não está sozinha. Pensamento e sentimento constituem o portal de realização de todas as coisas. É a emoção que potencializa e dinamiza o pensamento.


Nossos pensamentos e desejos saturados de emoção são como átomos disparados em direção ao Cosmos e, através do princípio da criação dinâmica, voltarão sempre potencializados à nossa realidade e experiência. Essa é a energia da semente da realização que retorna como colheita obrigatória.


Mas, todo esse processo, para funcionar, depende de um fator que podemos chamar de Energia Universal Criadora. Essa energia pode criar de igual modo, tanto o bem como o mal, pois não é seletiva. Ela é receptiva ao nosso comando que é dado através do pensamento emocionalizado, seja ele consciente ou inconsciente.


Somos, portanto, co-criadores, junto com o Cosmos, seja para o bem ou para o mal, pois, temos em nós os segredos dos ciclos cósmicos capazes de nos habilitar para alcançar uma plenitude harmônica, bastando para isso que estejamos harmonizados conosco, com nossa galáxia, com o nosso universo e com o Cosmos em toda a sua grandeza.


Tudo no Universo é energia e vibração, atraímos ao nosso corpo energético vital, vibrações de grau e intensidade diretamente proporcional aquilo que emitimos, de forma consciente ou inconsciente.


Intenções positivas emanadas para o Cosmos geram em nosso campo magnético  de igual teor. Tais energias se condensam em nosso corpo e em nossa realidade, atraindo para a nossa experiência de vida fatores como harmonia, saúde, sorte e êxito. O universo responde invariavelmente às frequências vibratórias que emitimos.


Cada um de nós tem um grande poder de realização e transformação através de nossas vibrações (pensamentos+emoções), por isso devemos ter cuidado com a qualidade dos nossos pensamentos, palavras e desejos.


A partir da cristalização de tais energias, realizamos o nosso destino, a nossa felicidade, as nossas provisões e suprimentos, a nossa saúde, a nossa paz interior e as nossas pequenas e grandes realizações


Nossa postura diante da vida, na maioria das vezes, é construída pelas atitudes errôneas que acumulamos a partir do nascimento e durante nosso desenvolvimento psicológico.


Para traçar, dentro de novos moldes o nosso futuro, precisamos nos habilitar a pensar o que precisamos e não o que estamos habituados a pensar. Ter o domínio sobre o que pensamos e sentimos é a tarefa que devemos realizar se desejamos dar uma nova diretriz ao nosso futuro.


Mas, tudo isto não é fácil, ao contrário, é uma tarefa que requer muita dedicação, paciência e perseverança e que também exige uma mudança radical na forma como percebemos o mundo, afinal, vivemos cercados por pobreza, doença, criminalidade, guerras, etc., um panorama bem diverso daquilo que almejamos construir através da transformação dos nossos pensamentos e sentimentos.


Entretanto quem for capaz de realizar esse trabalho hercúleo, poderá transformar a si mesmo e ao mundo à sua volta, realizando verdadeiros milagres.


Ao observar e policiar pensamentos e emoções, no início, parecerá que inciamos uma guerra entre o bem e o mal dentro de nós. 

Mas se houver persistência, decerto haverá uma resposta concreta e os hábitos negativos aos poucos serão aniquilados e enquanto isto você vai mantendo atitudes positivas em sua vida. 

Agindo dessa forma, as forças evolutivas do Cosmos passarão a interagir com você, gerando as situações necessárias ao seu aprendizado no caminho do autoconhecimento.


Enfim, já que somos partes de uma só mente, submersa na Mente cósmica, isto é, somos a diversidade da Unidade (Uni-verso), ferindo qualquer dos aspectos do Uno e a sua diversidade estaremos ao mesmo tempo ferindo a Substância Cósmica Criadora e a nós mesmos. 

Ou seja, obedecendo à Lei do Livre Arbítrio, a Substância Cósmica Criadora terá de realizar o mal que você gerou em sua alma.


Em última instância, ou passamos a gerar Luz e seremos como estrelas ou continuamos submersos nas sombras produzidas por nossos erros e ignorância.



O "CAMINHO" E SEUS ATALHOS....

Caminho das Azaleas  (Japanese garden - Oregon)

Houve um tempo em que se pensava, e ainda existem muitos que pensam assim até hoje, que seu caminho espiritual é o único. Vislumbram a Luz de Deus e querem passar isso a todos como se fossem os únicos que mereceram descobrir o caminho certo e querem a qualquer custo fazer com que os outros sigam atrás deles por aquele caminho.


Eles ignoram que o caminho de Deus é o caminho de todos os homens. Todos! E que cada um o segue por um atalho diferente. Não percebem que existe um mundo individual para cada ser humano e que cada um vive imerso nesse universo subjetivo impenetrável aos demais.


Quem não admite essa realidade não é ainda, verdadeiramente iluminado porque, só o é, aquele que consegue enxergar a Unidade nas diversidades.


Regras de ouro :

1. "Não pense, não deseje, não faça a nenhum semelhante aquilo que você não quer para si mesmo".

2. "O amor é a chave secreta que abre a porta do paraíso".


Cada pessoa encontra o seu caminho e sua própria forma de encontrar com Deus. E lembrem-se: Deus não nos apressa nunca. Fez a todos nós dotados de livre arbítrio para que através dessa liberdade possamos descobri- Lo e resolver por livre e espontânea vontade, voltar para a casa que Ele preparou para cada um de nós desde a fundação do mundo.


A doença, o sofrimento, a dor, o amor, a alegria, a felicidade, a maldade que alimentamos por ignorância, tudo isso, por incrível que pareça, mais cedo ou mais tarde, nos leva até Deus.


Oração para distinguir as ovelhas dos lobos:

"Senhor Jesus, dissestes aos vossos discípulos: Eu vos deixo a paz, Eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima esses vossos seguidores. Dai-nos segundo o vosso entendimento a paz e a unidade. Vós que sois Deus com o Pai e o Espírito Santo". Amém.


"Não é necessário salvar o mundo, apenas faça a sua parte."


Fonte : Trecho do livro "Vivências de um aprendiz". Autor: Francisco Ferreira (Mr. Smith)