Há 52 anos atrás, em 21 de Abril de 1960, acontecia a Fundação da nova capital do Brasil, celebrando um momento de euforia da nação brasileira, quando o país se preparava para figurar como uma nação emergente no cenário mundial, abrindo as suas portas para a modernidade e apresentando as suas inovações na área da arquitetura, na qual Brasília retoma uma idéia tradicional de cânone para oferecer ao mundo...
Acreditava-se que o país podia "dar certo", que as dificuldades eram superáveis e que a democracia era uma instituição sólida.
Brasília era um atestado da modernidade da nação, uma cidade feita basicamente para os automóveis, os quais foram não casualmente apresentados na sarcástica anti-utopia de Aldous Huxley chamada "Admirável Mundo Novo" -- que representa na verdade uma "metáfora da nossa realidade"-, como a imagem moderna de "deus", literalmente como "deus ex machina"! -tal o grau que os "tempos modernos" tem adorado esta inovação tecnológica e cada vez mais lhe concedido os seus espaços, em detrimento a outras tecnologias e até ao próprio espaço do ser humano.
Feita para não ter sinaleiras e nem engarrafamentos, a nova Capital se encontra todavia hoje abarrotada de veículos, cenário cada vez mais semelhante ao das grandes cidades comuns. Todavia espaçosa e aberta como é, ainda não sofre muito com poluição acumulada e busca ampliar as suas vias na esperança de minimizar os seus males.
Brasília é a prova do planejamento imperfeito. Se esperava que a cidade contasse com uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, mas já alcançava os 2 milhões de habitantes neste ano. Seus arredores constam como os mais violentos do país, comprometendo a imagem duvidosa da capital como ilha de prosperidade.
Ademais, o papel de Brasília como cidade-esperança também tem sido profundamente comprometido, sob o tacão da Ditadura Militar e sua herança nefasta. Todo este quadro denota, pois, a necessidade de mudar esta situação para resgatar o verdadeiro papel desta cidade nova, surgida em meio a tantos sonhos e expectativas nacionais e mundiais.
A data de 2012 é propícia porque encerra um ciclo tradicional de mudanças, que é o "Fogo-Novo" de 52 anos, e ainda mais, pois a segurança das mudanças em pauta, está em que esta data assinala igualmente ciclos maiores, como são o "Ciclo-Fênix" maia-nahua, de 520 anos e a Sexta Era Solar, de 5.200 anos. Analisaremos aqui, não obstante, especialmente o ciclo menor de 52 anos.
O texto acima está inscrito no vídeo abaixo.
Trecho da obra "As Luzes do Pramantha -- o Livro dos Anciãos", Luís A. W. Salvi