A Matriz filosófica que faz as vezes de pano de fundo das postagens.
Compartilho a concepção cosmológica de autores como Allan Watts, Fritjof Capra, Arne Naess, Lyn Margules, James Lovelock, Jean Yves Leloup, Roberto Crema, Pierre Weill, UG Krishnamurt, enrtre outros. Capra pensa o Universo como uma Teia de relações ou fenômenos essencialmente inter relacionados e interdependentes onde o ser humano ou qualquer outro ser não está separado do seu ambiente natural, está inserido nos processos cíclicos da natureza. e depende deles.
Neste sistema formulado para entender o universo, o espírito humano é entendido como um modo de consciência no qual o indivíduo sente-se conectado com o cosmos enquanto um Todo. Este sistema é coerente com a Filosofia das Tradições Espirituais quer estejamos nos referindo à espiritualidade dos místicos cristãos, dos budistas e até mesmo está subjacente às tradições dos nativos americanos.
Capra, Arne Naess e outros participantes do Movimento Ecologia Profunda reconhecem que há um valor inerente à vida humana e que todos os seres são membros de oikos=lar terreno, ou seja, a Terra não nos pertence, nós é que pertencemos à terra conforme as palavras do chefe Seatle (índio norte-americano).
Na visão de mundo da Ecologia Profunda, os valores são inerentes à toda a natureza viva pois a Natureza e o Eu são um só. Nesta concepção filosófica o Eu se expande até chegar a uma identificação com a Natureza.
Se houvesse esta compreensão e aceitação do Cosmos como um Todo onde estamos todos inseridos (todos os seres que o compõem), não haveria necessidade de normas de proteção à natureza pois todos teriam consciência de que qualquer agressão a qualquer uma das partes seria compartilhada por todos os outros integrantes. Enfim, nesa visão do mundo o ser humano é concebido com um dos fios da Teia da Vida.