sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O UNO E OS MUITOS



Ao término de um período de
decadência sobrevém o ponto de
mutação. A luz poderosa que fora
banida ressurge.
Há movimento, mas este não é gerado pela força...
O movimento é natural, surge espontaneamente
Por esta razão, a transformação do antigo
torna-se fácil.
O velho é descartado, e o novo é introduzido.
Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando
daí, portanto, nenhum dano.
I Ching

Nesta época em que vivemos uma crise global de valores e em que observamos um movimento de mudança para um paradigma, em que a arte, a ciência e a espiritualidade não estarão separados mas convergirão dentro de um mesmo modo de sentir  a realidade, é bastante pertinente refletir sobre este texto de Fritjof Capra, que ainda está coerente com a realidade atual e é bastante esclarecedor sobre a crise mundial que estamos vivendo e a direção que ela pode tomar. Quer saber mais ? Este é o Link : http://agharta-mundointerior.blogspot.com/2011/12/o-uno-e-os-muitos.html


Perfil Tarológico para 2012







2012, O ANO DO HIEROFANTE

O ano vindouro, 2012, pela sua leitura teosófica utilizando os Arcanos Maiores do Tarô, chama para a seguinte reflexão.
O número 2, relacionado ao Arcano A Sacerdotisa, nos convoca para a introspecção e o silêncio para que possamos ler o livro da Sabedoria que está inscrito em nosso próprio corpo, naquele local recôndito onde o Ser que deixamos de considerar, se resguardou e se houver ambiente propício, principalmente a nossa aquiescência em escutá-lo iremos ter mais discernimento, força e sabedoria para enfrentar as mudanças que por certo estão por vir. 

O número 12, composto de 1= O Mago e 2 A Sacerdotisa, os quais, somados nos levam ao Arcano III, A Imperatriz. Isto, simboliza uma enfatização da necessidade de silêncio e introspecção para poder fazer uma melhor leitura da realidade, significa também, com o Arcano 12, O Enforcado, que o mundo estará literalmente de cabeça para baixo e por isso precisamos visualizá-lo por um novo ângulo, encarando o sacrifício como um sacro-ofício. O número 1, ou O Mago orienta no sentido de considerar com mais responsabilidade o lado da imaginação criativa, a determinação no querer, em vez de estar mais interessados nas charlatanices,  e mentiras, (querendo mostrar ser alguém que não somos) com os quais podemos ainda enganar os outros pois na hora H, este lado sombrio do mago não será de nenhuma valia. E Arcano III, lembra que em tempos difíceis é preciso, ter os pés na terra, ter planejamento, e dar uma certa prioridade às coisas práticas da vida, visando ter condições para enfrentar tempos difíceis.

O numeral 0, que corresponde ao Louco, o Arcano sem número, nos mostra que se comportar como um louco, às vezes pode ser necessário, porque o Louco não fica paralisado pelo medo do NOVO MUNDO em que certamente todos iremos viver. Precisamos, além de sermos introspectivos, escutando o nosso Ser mais Íntimo, também de uma dose de louca confiança em nossas próprias forças e no Plano Cósmico de Harmonia e Equilíbrio para o qual acredito que estamos nos encaminhando
.
E, finalmente, a soma teosófica de todos os números que leva ao Arcano V, O Sacerdote, O Hierofante, simboliza que provavelmente, se cumprirmos nossa parte, fizermos o nosso trabalho, chegará um momento de ordem e harmonia espiritual onde o Mestre Hierofante voltará a cumprir o seu papel de ponte entre o mundo espiritual e o mundo da dualidade que nos dias atuais está bastante desvirtuado.


O Arcano Regente de 2012 é o HIEROFANTE, O PAPA, O SUMO SACERDOTE.

Os Arcanos Maiores representam nossa caminhada a través da existência, hora somos o Mago, a Sacerdotisa, a Imperatriz, o Louco e o Hierarca (além de todos os demais arcanos). Cada Arcano tem uma lição a nos ensinar, resta para nós, ter a capacidade e a responsabilidade de aprender com os nossos erros.

FELIZ ANO DE 2012




O UNO E OS MUITOS




Ao término de um período de  
decadência sobrevém o ponto de


mutação. A luz poderosa que fora
banida ressurge.

Há movimento, mas este não é gerado pela força...
O movimento é natural, surge espontaneamente
Por esta razão, a transformação do antigo
torna-se fácil.

O velho é descartado, e o novo é introduzido.
Ambas as medidas se harmonizam com o tempo, não resultando
daí, portanto, nenhum dano.

I Ching


Nesta época em que vivemos uma crise global de valores e em que observamos um movimento de mudança para um paradigma, em que a arte, a ciência e a espiritualidade não estarão separados mas convergirão dentro de um mesmo modo de sentir  a realidade, é bastante pertinente refletir sobre este texto de Fritjof Capra, que ainda está coerente com a realidade atual e é bastante esclarecedor sobre a crise mundial que estamos vivendo e a direção que ela pode tomar  :

"[...] Segundo Beatrice Bruteau, podem-se interpretar as diferentes imagens do Divino como um reflexo de soluções diferentes para o problema metafísico fundamental de "o Uno e os Muitos. O deus masculino representa tipicamente o Uno, que pode existir sozinho, independe e absoluto, ao passo que os muitos existem  somente na vontade de Deus, dependentes e relativos.
 Na sociedade humana, tal situação é exemplificada pela convencional relação pai-filho. A paternidade, como sublinha Bruteau, cracteriza-se pela separação. O pai em momento nenhum está fisicamente unido ao filho, e a relação tende a ser a de confrontação e amor condicional. 
Quando essa imagem do pai é aplicada a Deus, ela evoca naturalmente as noções de obediência, lealdade e fé, e inclui, com frequência, alguma imagem de desafio, com subsequentes prêmio ou punição.
 A imagem da Deusa, por outro lado, segundo Bruteau, representa uma solução do problema Uno/Muitos em termos de união e mútua consubstanciação, com o Uno manifesto  nos Muitos e os Muitos habitando no seio do Uno. Em tal relação, a qual não é imposta ou alcançada, mas organicamente dada, não existe qualquer sentido de oposição entre Deus e o mundo.
 Sua relação é caracterízada por harmonia, ternura e afeição, em vez de desafio e drama. Tal imagem é claramente maternal, refletindo o amor incondicional da mãe, em que mãe e filho estão fisicamente unidos e participam juntos da vida.
Com o renascimento da imagem da Deusa, o movimento feminista está criando também uma nova auto-imagem para as mulheres, juntamente com novas formas e um novo sistema de valores, Assim, a espiritualidade feminista terá uma influência profunda tanto sobre a religião e a filosofia como sobre nossa vida social e política.
Uma das contribuições mais radicais que os homens podem oferecer para o desenvolvimento da consciência feminista coletiva será envolverem-se plenamente na criação dos filhos desde o momento do nascimento para que eles possam crescer com a experiência do potencial humano total que é inerente às mulheres e aos homens. John Lennon, sempre um passo à frente do seu tempo, fez justamente isso nos últimos cinco anos de sua vida. [...]" 
 Fritjof Capra, O Ponto de Mutação - A Ciência, a Sociedade e a Cultura Emergente. Ed. Cultrix, São Paulo, 1982. Tradução de Álvaro Cabral. p.406/407