quinta-feira, 14 de julho de 2011

A magia da culinária


Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado.

Sabia disso Babette, artista que conhecia os segredos de produzir alegria pela comida. Ela sabia que, depois de comer, as pessoas não permanecem as mesmas. Coisas mágicas acontecem. E desconfiavam disso os endurecidos moradores daquela aldeola, que tinham medo de comer do banquete que Babette lhes preparara.

Achavam que ela era uma bruxa e que o banquete era um ritual de feitiçaria. No que eles estavam certos. Que era feitiçaria, era mesmo. Só que não do tipo que eles imaginavam. Achavam que Babette iria por suas almas a perder.

Não iriam para o céu. De fato, a feitiçaria aconteceu: sopa de tartaruga, cailles au sarcophage, vinhos maravilhosos, o prazer amaciando os sentimentos e pensamentos, as durezas e rugas do corpo sendo alisadas pelo paladar, as máscaras caindo, os rostos endurecidos ficando bonitos pelo riso, in vino veritas... Está tudo no filme A Festa de Babette. 

Terminado o banquete, já na rua, eles se dão as mãos numa grande roda e cantam como crianças... Perceberam, de repente, que o céu não se encontra depois que se morre. Ele acontece em raros momentos de magia e encantamento, quando a máscara-armadura que cobre o nosso rosto cai e nos tornamos crianças de novo. Bom seria se a magia da Festa de Babette pudesse ser repetida...

Trecho do artigo publicado no jornal "Correio Popular", Campinas(SP), com o qual o educador e escritor Rubens Alves colabora.

Rubem Alves: sua vida e sua obra estão em "Biografias".



Nota: 
A extravagante Karen Blixen, que de acordo com uma lenda americana apenas se alimentava de ostras e champanhe, bem como, ocasionalmente, de gambas, espargos, uvas e chá, tematizou o prodigioso poder transformador da arte culinária sobre o espírito num pequeno e magistral conto intitulado A Festa de Babette (1952).

Mudanças climáticas diminuem absorção de carbono pelos oceanos


Os oceanos têm papel fundamental no cenário global de mudanças climáticas. São responsáveis por consumir cerca de um terço de todas as emissões de carbono promovidas pela ação humana, reduzindo o dióxido de carbono atmosférico que está associado ao aquecimento do planeta. Mas por quanto tempo os oceanos continuarão a sequestrar o carbono antrópico nos níveis atuais é uma grande incógnita. Estudos feitos chegaram a resultados conflitantes sobre em que níveis as alterações no clima afetam esse sequestro.


Uma nova pesquisa, cujos resultados foram publicados neste domingo na revista Nature Geoscience, fornece evidências observacionais para concluir que as mudanças climáticas estão afetando negativamente a absorção de carbono pelos oceanos. “A conclusão é que os oceanos estão consumindo menos carbono justamente por causa do aquecimento promovido pelo próprio carbono na atmosfera”, disse Galen McKinley, da Universidade de Wisconsin-Madison, um dos autores do artigo.


O novo estudo difere de anteriores pela extensão de dados tanto em relação ao espaço como ao tempo. Os pesquisadores não se limitaram a determinadas áreas e extrapolaram os resultados para regiões maiores, mas utilizaram dados da maior parte do Atlântico Norte e do período de 1981 a 2009. (…) Nas últimas três décadas, o aumento no dióxido de carbono atmosférico tem sido largamente equilibrado pelo aumento correspondente no dióxido de carbono dissolvido na água do mar.


 Mas o novo estudo mostra que as temperaturas mais elevadas estão diminuindo a absorção de carbono em uma grande área no Atlântico Norte subtropical. A água mais quente não é capaz de manter tanto dióxido de carbono como a mais fria. Os pesquisadores destacam a importância de se ampliar os dados para utilização em novos estudos e a expansão da análise para outros oceanos.


Fontes: do UOL Ciência e Saúde, Agência Fapesp, Gaia net

Os destruidores e gananciosos aprimoram seus métodos para acabar com a floresta amazônica



Na matéria  A Amazônia Pede Trégua, a revista Mãe Terra explica direitinho a causa do pedido de demissão de Marina Silva do Ministério do Meio Ambiente 

Neste artigo, o autor descreve o que vem acontecendo, paulatinamente nas florestas da Amazônia. ''O processo de devastação da floresta ao longo do século passado seguiu, grosso modo, um padrão geral. Ele começava com a apropriação de terras públicas devolutas. Em um primeiro momento, madeireiros irregulares adentravam as terras, abriam caminhos clandestinos e retiravam o quanto podiam de árvores de alto valor comercial. Quando a área encontrava-se esgotada, ela passava a ser ocupada por fazendeiros, que realizavam queimadas e plantio de capim para criação de gado. Estas terras, ocupadas então por gado, tornavam-se propriedade legal do pecuarista, através da grilagem, o que envolvia corrupção e forja de documentos ilegais. Quando a área deixava de ter qualquer vestígio de floresta, ela podia então ser vendida para grandes produtores rurais, em especial sojicultores, que passavam a ocupar terras que outrora foram uma floresta.”

No editorial de Mãe Terra a revista cita em destaque uma frase de Vitor Hugo, escritor francês do século XIX: “É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve”.


Fonte: Revista Mãe Terra n. 1  pag. 05 

Nota : estas pessoas que estão destruindo a floresta,  são tão pobres de espírito que a única riqueza que enxergam é o dinheiro, vamos ver quando não existir alimento para comprar, ar para respirar e água para beber de que vai lhes servir o dinheiro tão gananciosamente amealhado.


Nota zero para eles !!!!!!!

Ibama flagra uso de aviões em desmatamento na Amazônia


O Ibama identificou uma área de floresta amazônica, do tamanho de 180 campos de futebol, destruída pela ação de herbicidas.
A terra, que pertence à União, fica ao sul do município amazonense de Canutama, na divisa com Rondônia. O responsável pelo crime ambiental ainda não foi identificado pelo órgão.

Em sobrevoo de duas horas de helicóptero, na segunda semana de junho, analistas do Ibama observaram milhares de árvores em pé, mas desfolhadas e esbranquiçadas pela ação do veneno.

Encontraram também vestígios de extração de madeira por motosserras e queimadas, práticas usadas para limpar o terreno. Especialistas dizem que os agrotóxicos, pulverizados de avião sobre as florestas nativas, matam as árvores de imediato, contaminam solo, lençóis freáticos, animais e pessoas.

Anteontem, a Folha informou que o Ibama apreendera quatro toneladas de agrotóxicos que seriam usados para esse fim. Até agora, o único registro de uso dessas substâncias em desmatamentos no Estado era de 1999.

O Ibama de Rondônia, por sua vez, afirma que, em 2008, flagrou uma área de cinco hectares destruída por herbicidas na região de São Francisco do Guaporé.

FLORESTAS PÚBLICAS
Jerfferson Lobato, chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama no Amazonas, afirma que o uso de agrotóxicos acelera o desmatamento de florestas públicas (pertencentes à União ou aos Estados), que são um dos alvos da ação de grileiros, fazendeiros e madeireiros.

O fenômeno é recente, no entanto. O mais comum é devastar com motosserras, tratores e queimadas.
"Eles [os infratores] mudaram de estratégia porque em pouco tempo conseguem destruir mais áreas com os agrotóxicos. Assim, deixam de mobilizar muitos extratores para driblar a fiscalização do Ibama", afirmou Lobato.

O Ibama chegou à área destruída, de 178 hectares, depois que o sistema por satélite Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), apontou indícios do crime ambiental. "Fomos verificar e confirmamos a destruição."

Para encontrar o local no sul de Canutama (555 km em linha reta de Manaus), os analistas ambientais do Ibama partiram de helicóptero de Humaitá (AM) em direção a Porto Velho (RO).

A terra atingida fica entre o Parque Nacional de Mapinguari e a terra indígena Jacareúba/Katawixi, que ainda não foi demarcada. De acordo com o chefe da delegacia especializada em repressão contra crimes ambientais e patrimônio histórico da Polícia Federal, delegado Carlos André Gastão, pulverizar agrotóxicos em florestas é crime.

Um inquérito deve ser aberto para investigar a denúncia, após a notificação do Ibama. "A pessoa será responsabilizada pelo uso indevido de agrotóxicos e pelo desmatamento", disse. A multa pode chegar a R$ 2 milhões, afirma o órgão.

ALTA E BAIXA
O Inpe divulgou ontem os dados do Deter correspondentes ao mês de maio deste ano. Foram derrubados 268 km² de mata na Amazônia, um aumento em torno de 2,5 vezes em relação ao mesmo mês do ano passado.

É, no entanto, uma desaceleração no desmate em relação aos meses de março e abril, quando a média da área derrubada chegou a quase 300 km². O governo atribui a diferença ao fortalecimento da fiscalização em abril.

Fonte: http://alagoasinformacao.com.br/meio_ambiente_interna.php?cod=8666http://alagoasinformacao.com.br/meio_ambiente_interna.php?cod=8666

Nota: Ao desmatar com herbicida, o infrator além de pagar multas astronômicas deveria ser preso por crime ambiental sem direito a fiança.

Meditação : Atenção e Consciência



Diminua sua velocidade. Coma devagar, caminhe devagar, fale devagar, mova-se bem lentamente, e aos poucos você chegará a conhecer a beleza da inatividade, a beleza da passividade. Assim você não fica intoxicado – você está completamente atento e cônscio.

Osho, em "Returning to the Source"