domingo, 15 de maio de 2011

O HOMEM CONVIDA AS SUAS PRÓPRIAS CALAMIDADES - Mirdad disserta sobre a morte

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Teu pai não está morto, Himbal. Nem estão mortas ainda a sua forma e a sua sombra. Mas estão mortos, verdadeiramente mortos, os teus sentidos para a forma e a sombra alteradas de teu pai, pois há formas tão tênues e delicadas, com sombras tão atenuadas que os olhos grosseiros do homem não as podem divisar.



A sombra de um cedro na floresta não é a mesma que a de um cedro que se tornou mastro de um navio, ou pilar de um templo, ou cadafalso de uma forca. Nem é a sombra daquele cedro a mesma ao Sol e à luz das estrelas. 

No entanto, aquele cedro, não importa quanto haja sido transformado, vive como um cedro, embora os outros cedros da floresta já o não reconheçam mais como irmão.

Pode o bicho de seda que está sobre a folha reconhecer a irmã na crisálida que se encontra adormecida no casulo de seda? Ou pode esta reconhecer sua irmã na borboleta da seda que voa?

Podem os vapores no ar, ou as águas no mar, reconhecer como irmãos e irmãs os pingentes de gelo na caverna da montanha?
Pode a Terra reconhecer como irmão o meteoro que cai sobre ela das profundezas do Espaço?


Pode o carvalho ver-se a si mesmo na bolota?

Devido ao fato de teu pai estar agora em uma luz à qual os teus olhos não estão acostumados e em uma forma que não podes perceber, dizes que teu pai já não existe. 

Mas o eu material do Homem, não importa quanto haja sido modificado e para onde tenha sido transportado, sempre projeta uma sombra até que se haja dissolvido no Eu-Divino do Homem.
Um pedaço de madeira - seja ele hoje um galho verde na árvore ou uma cavilha na parede amanhã - continua a ser madeira e a mudar de forma, até que seja consumida pelo fogo que há dentro dela.

 Do mesmo modo o Homem continua a ser homem, quando vivo ou quando morto, até que o Deus que há nele o consuma, o que quer dizer: até que ele compreenda a sua unidade com O Único. Isso porém não se cumpre no ápice de tempo de um piscar de olhos que o homem gosta de chamar de uma vida inteira.

O Tempo todo é uma vida inteira. Não há paradas e começos. O Tempo é uma continuidade que se sobrepõe a si mesmo. A sua pôpa está ligada à sua prôa. Nada termina e é posto à margem no Tempo; nada começa nem termina.

O Tempo é uma roda criada pelos sentidos e pelos sentidos lançada a girar no Espaço. Vós sentis a estonteante mudança das estações e acreditais, então, que tudo está preso nas garras da mudança. Mas vos esqueceis de que o poder que dobra e desdobra as Estações é eterno, único e sempre o mesmo.

Vós sentis as coisas crescerem e decaírem, e irreverentemente declarais que a ruína é o fim de tudo que cresce. Mas esqueceis que o poder que faz as coisas crescerem e decaírem - esse não cresce nem decai.


Como dizeis vós que o crescimento é crescimento e a decadência é decadência e que um é inimigo do outro?
Já alguma coisa cresceu sem que o haja feito à custa daquilo que decaiu?


 E já algo decaiu que não fosse em benefício do que cresce?
Não cresceis vós por uma decadência contínua? E entrais em decadência pelo contínuo crescimento?


Não são os mortos o subsolo dos vivos, e os vivos o celeiro dos mortos? Se a Vida é filha da Morte e a Morte filha da Vida, então na verdade ambas são uma só em todos os pontos do Tempo e do Espaço. 
E, na verdade, a vossa alegria de viver e de crescer é tão estúpida quanto a vossa dor de decair e morrer.

Muito semelhante ao esquilo na sua roda é o Homem, que tendo posto a roda do Tempo a girar fica de tal modo dominado por ela e levado pelo movimento, que já não pode crer que ele é que a faz mover, nem "acha tempo" para deter o giro do Tempo. 

A roda do Tempo gira no vácuo do Espaço. No seu aro estão situadas todas as coisas perceptíveis pelos sentidos que nada podem perceber senão no Tempo e no Espaço. E assim as coisas continuam aparecendo e desaparecendo. 

O que desaparece para um em certo ponto do Tempo e do Espaço, aparece para outro em outro ponto. 

 O que pode ser dia para um é noite para outro, dependendo do "Quando" e do "Onde" do observador. Uma só é a estrada da Vida e da Morte, ó monges, sobre o aro da roda do Tempo, pois o movimento em círculo jamais pode atingir o fim e jamais se desgasta. E todo movimento no mundo é movimento circular.

Então o Homem jamais se libertará do círculo vicioso do Tempo?

Sim, o Homem se libertará, pois ele é herdeiro da Liberdade Sagrada de Deus. A roda do tempo gira, mas o seu eixo está sempre em repouso. Deus é o eixo da roda do Tempo. Conquanto tudo gire à volta dele no Tempo e no Espaço, ele é sempre sem espaço e sem tempo. 


Conquanto tudo seja procedente de sua Palavra, sua Palavra é tão sem tempo e sem espaço como Ele. No eixo está a paz. No aro a agitação. Onde quereis vós estar? Em verdade vos digo, escapai do aro do Tempo para o eixo e vos poupareis da náusea do movimento. Deixai o Tempo girar em volta de vós; porém não gireis vós com o Tempo.

Como pode o Homem, criatura do Tempo, libertar-se das muletas do Tempo?

Assim como a Morte te livrará da Morte e a Vida te libertará da Vida, o Tempo te libertará do Tempo. O Homem se cansará tanto das mudanças que tudo nele ansiará e almejará apaixonadamente por aquilo que é mais poderoso do que as mudanças. E é certo que se encontrará a si mesmo.


Felizes os que almejam, pois estão já no limiar da Liberdade. É a eles que busco; é para eles que prego. Não vos busquei a vós porque ouvi aquilo que almejáveis? Mas desgraçados serão aqueles que se embalam nas voltas do Tempo e nelas procuram sua liberdade e paz. 


Tão logo sorriem para nascer e já principiam a chorar para morrer. Tão logo se enchem são imediatamente esvaziados. Quanto mais pensam que sabem, menos em verdade conhecem. Quanto mais avançam, mais na verdade retrocedem. Quanto mais alto sobem, mais fundo caem. 

Para estes, minhas palavras serão vagas e irritantes murmurações. Enquanto também eles não anseiam pela Liberdade, não terão seus ouvidos abertos para as minhas palavras.

Mestre, para onde iremos depois de morrermos?

Os vossos corpos, conquanto circunscritos ao Tempo e ao Espaço, foram retirados de tudo que está no Tempo e no Espaço. Aquilo de vós que veio do Sol, vive no Sol. Aquilo de vós que veio da Terra, vive na Terra. E assim com todas as outras esferas e ínvias regiões especiais entre elas. 


Só o tolo pensa que a única morada do Homem é a Terra, e que as miríades de corpos que flutuam no Espaço são meros ornamentos da morada do Homem e distração para os seus olhos. 


A Estrela da Manhã, a Via Láctea, as Plêiades não são menos moradas para o Homem do que esta Terra. Cada vez que elas enviam um raio para os seus olhos, o elevam até elas. Cada vez que ele passa sob elas, as atrai para si. 

Todas as coisas estão incorporadas no Homem, e o Homem está, por sua vez, nelas incorporado. O Universo é um corpo único. Comunga com a menor partícula dele e estarás comungando com o todo. E assim como morres continuamente enquanto vives, assim viverás continuamente quando estiveres morto; se não neste corpo, em um corpo de outra forma. Mas continuarás a viver em um corpo até te dissolveres em Deus; o que significa que terás vencido todas as mudanças.


Voltamos à Terra enquanto viajamos de mudança em mudança?

A lei do Tempo é a repetição. Aquilo que uma vez ocorre no Tempo está fadado a ocorrer de novo e tornar a ocorrer; os intervalos, no caso do Homem, podem ser longos ou breves, dependendo do desejo de cada homem e da vontade de repetir.


Quando passais deste ciclo conhecido como vida para o ciclo conhecido como morte, e levais convosco uma sede que não foi satisfeita pela Terra e uma fome que não foi saciada pelas suas paixões, então o magneto da Terra vos atrairá novamente ao seu seio. 


E a Terra vos amamentará e o Tempo vos desmamará de vida em vida e de morte em morte, até que vos desmameis por vós mesmos, de uma vez e para sempre, de acordo com a vossa própria vontade.

Quero ser desligado da Terra de uma vez para sempre. Como poderei fazê-lo, Mestre?

Amando a Terra e todos os seus filhos. Quando o Amor for o único saldo de suas cotas com a Terra, então a Terra te dará quitação do teu débito.


Mas Amor é ligação e ligação é aprisionamento.

Não, o Amor é a única coisa que liberta da prisão. Quando amas a tudo a nada estás ligado.


Pode alguém, pelo Amor, escapar à repetição das suas transgressões contra o Amor e, desse modo, fazer parar a roda do Tempo?

Tú o podes conseguir pelo Arrependimento.
A maldicão proferida por tua língua procurará outro pouso quando voltar para ti e encontrar a tua língua coberta de bênçãos provenientes do Amor. Assim o Amor evitará que aquela maldição se repita.


Um olhar lascivo procurará os olhos lascivos e ao voltar encontrará transbordantes de olhares de Amor os olhos que o haviam enviado. E assim o Amor evitará a repetição daquele olhar lascivo.


Uma intenção maldosa emitida por um coração maldoso procurará aninhar-se, e quando voltar encontrará o mesmo coração repleto de intenções provenientes do Amor. Assim o Amor evitará que se repita aquela intenção maldosa.
Isto é Arrependimento.


Ainda há uma coisa que perturba meu coração e anuvia a minha compreensão, Mestre: Por que meu pai morreu desta morte e não de outra?

Tudo que é guardado na memória do Tempo fica profundamente gravado sobre as coisas do Espaço. A própria terra que pisais, o próprio ar que respirais, as próprias casas em que morais poderiam facilmente revelar-vos os mínimos pormenores do registo de vossas vidas - passada, presente e do porvir - tivésseis vós a capacidade de ler e a perspicácia de entender o sentido.


Na vida, como na morte; na Terra ou além da Terra, jamais estareis sós, mas na constante companhia de seres e coisas que participam de vossa vida e de vossa morte, assim como vós participais da vida e da morte deles. 


Assim como os buscais, assim eles vos buscam. O Homem tem sua conta com todas as coisas, e estas têm sua conta com o Homem. Esse intercâmbio segue sem interrupção.

O raio jamais feriria a casa se a casa o não atraísse. A casa é tão responsável pela sua ruína quanto o raio.
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O assassinado afia o punhal do assassino e ambos desferem o golpe fatal. 


O roubado dirige os movimentos do ladrão e ambos cometem o roubo.


Sim, o Homem convida as suas próprias calamidades e depois protesta contra os hóspedes importunos, por se haver esquecido quando e como escreveu e enviou os convites. 

O Tempo, no entanto, jamais esquece; o Tempo entrega o convite no endereço certo, e o Tempo conduz cada convidado à casa do anfitrião.

E em verdade vos digo, jamais protesteis contra um hóspede, para que ele não se vingue, demorando-se muito tempo ou tornando as suas visitas mais freqüentes do que seria normal. Sede bondosos e hospitaleiros para com eles, seja qual for o seu procedimento ou comportamento, pois na realidade são vossos credores. 


Dai aos mais importunos do que deveis, para que se vão gratos e satisfeitos e para que, se voltarem a visitar-vos, o façam como amigos e não como credores.

Fonte:
http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2009/08/mirdad_da_morte.html

Árvores estranhas

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Estas árvores estranhas são naturais de Socotra ou Socotorá, um pequeno arquipélago formado por quatro ilhas no oceano Índico e a ilha mais famosa do arquipélgo é Socotra com 3.625 km2. As 3 ilhas menores são chamadas de "Os Irmãos" que são: Abd Al Kuri, Samba e Darsa. O isolamento geológico, o calor intenso e a falta dágua originou uma  interessante flora endêmica, muito vulnerável a mudanças. Uma das mais estranhas é a Dracaena Cinnabari com aparência de guarda chuva. Sua seiva vermelha,, na antiguidade era usada na medicina e na tinturaria.


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Este grupo, se confunde com a paisagem ...

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De tão estranhas que são estas árvores, parece que estamos observando a paisagem de um outro planeta.

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Este grupo aqui está totamente florido!

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Dracaena Cinnabari

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Esta daqui, além de sua aparência estranha, está também estranhamente equilibrada, à beira de um barranco.

Jardins botânicos - João Pessoa - Brasil


Criado pelo governo do Estado em 2000, o Jardim Botânico é uma das maiores reservas de Mata Atlântica do Brasil, com 515 hectares. Além de área de lazer, é também local para estudos de espécies da fauna e da flora. Através de três trilhas, o turista pode vislumbrar espécies animais e vegetais típicas da Mata Atlântica. Entre as plantas estão sucupira, cajazeira (a árvore do cajá), copiúba (que serve de alimento para os sagüis), orquídeas e bromélias. Entre os  animais,   podem ser vistos exemplares de tamanduá-mirim, cotia, raposa, preá, preguiça, borboletas e pássaros (picapau, sabiá, anum-preto e jacu). As atrações incluem ainda a "árvore do abraço", um dendezeiro que cresceu no meio de uma gameleira, dando a impressão de que as duas árvores estão enlaçadas. O passeio é acompanhado por guias e guardas florestais. 

 Além de área de lazer, o jardim botânico tem o objetivo de estudar espécies da fauna e da flora, desenvolver atividades de educação ambiental e preservar o patrimônio genético das plantas. 
Para as três trilhas (do Rio, do Buriti e do Bambuzal), o jardim botânico recebe grupos de até 50 pessoas por turno, de manhã e à tarde, cujas visitas têm de ser agendadas. Antes do passeio, o grupo assiste a uma palestra no auditório sobre o jardim botânico e sua importância para a cidade. O rio Jaguaribe, que deságua no oceano Atlântico, atravessa a reserva e corta 23 bairros da capital paraibana e atualmente sofre com a poluição urbana.

 História

Em 1856 a Mata do Buraquinho, hoje Jardim Botânico, era chamada de Sítio Jaguaricumbe. O primeiro registro, como terra possuída, tinha como limites do poente até o Palácio da Redenção (atual sede do Governo do Estado), atingindo os arredores da Lagoa do Parque Sólon de Lucena.
A área original sofreu grande redução devido a vendas e desapropriações até 1907, quando foi adquirida pelo Estado, para iniciar os estudos de canalização d´água feitos pela Companhia Parahyba Water Company.
O serviço de abastecimento d’água da cidade foi inaugurado em 1912 com caldeiras alimentadas pela lenha oriunda da Mata do Buraquinho. Em 1939, devido à necessidade de ampliação do fornecimento d´água, foi adquirida e anexada à área a Propriedade Paredes, localizada na margem direita do rio Jaguaribe. Em 1940 foi inaugurada a Barragem do Buraquinho. A área original ficou reduzida à cerca de 50%, devido à implantação do projeto de saneamento e abastecimento e a abertura de avenidas e estradas.
Em 1951 foi executado o Acordo Florestal da Paraíba entre o Serviço Florestal e o Governo da Paraíba, onde estava previsto a criação de um Jardim Botânico, cujo objetivo principal era a produção de mudas e essências florestais. A inauguração ocorreu apenas em 1953. Em 1957, o Estado doou à União 166 hectares da área da Mata do Buraquinho para a implantação de um horto florestal.
Na década de 70 parte dos 565 hectares que formavam a Mata do Buraquinho foi desmembrada para a construção do Campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 1989, através do Decreto Federal nº 98.181, os 515 hectares restantes foram declarados Área de Preservação Permanente, ficando sob a responsabilidade do IBAMA. Todavia, 305 hectares, permaneceram sob a jurisdição da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA).
Em 1996, o IBAMA apresentou mais uma proposta para transformação da Mata do Buraquinho em Jardim Botânico, com o objetivo de preservação da área e garantia do seu estudo.
Em 2000, o Governo do Estado da Paraíba, chamou para si a responsabilidade de criação e implantação do Jardim Botânico de João Pessoa. Assim, em 28 de agosto de 2000, foi assinado o Decreto nº 21.264 de criação do referido Jardim Botânico, abrangendo uma área total de 515 hectares.

 Invasão e descaso

Desde a criação do jardim botânico são visíveis as invasões às margens da reserva, onde podem ser constatados casos de subtração de território de preservação, assim como desmatamento (Favela Paulo Afonso), além da criação de comércios clandestinos, como a conhecida "Sucata do Italiano", no bairro de Jaguaribe
Funciona todos os dias, inclusive sábados e domingos, das 8h às 17h, com visitas programadas antecipadamente, através de contato telefônico com os números 3218-7880 ou 3218-7881.
Além do saudável contato com a natureza, os visitantes vão dispor de uma infraestrutura, que consiste em trilhas, centro de visitação, auditório e atividades de educação ambiental. Nos finais de semana, quatro horários estão reservados para o percurso das trilhas, às 8h, 10h, 14h e 16h.

  
Joáo Pssoa possui também o Jardim zoobotânico: Parque Arruda Câmara 

Jardins botânicos : Recife -Brasil

árvore símbolo do Jardim Botânico do Recife: visgueiro


O Jardim Botânico do Recife (JBR) foi criado no ano de 1960, a partir da reformulação do Parque Zoobotânico do Curado, que fazia parte da Mata do antigo Instituto de Pesquisa Agropecuária do Nordeste - IPEANE. Nesta época o JBR passou a ser de responsabilidade da Prefeitura Municipal do Recife.
Desde estão é um testemunho vivo da biodiversidade da Mata Atlântica, que junto à restinga e os manguezais, cobria o sítio original do Recife.
As várias realizações nas áreas de pesquisa científica, conservação e educação ambiental, possibilitaram a admissão do JBR na Rede Brasileira de Jardins Botânicos, RBJB, e, por intermédio dessa, na Botanic Gardens Conservation Internacional, BGCI.
Ocupando uma área de 10,7ha, o Jardim Botânico compõe uma parte da Unidade de Conservação Municipal denominada Matas do Curado, uma área de 113,6ha pertencentes, em sua maioria, ao patrimônio do Exército.

Jardim Botânico: Quadro Atual
Atualmente o Jardim Botânico desenvolve as atividades em educação ambiental, como caminhadas ecológicas, exposição permanente da mata atlântica, exibição de vídeos com temas ambientais e visitas aos viveiros de plantas medicinais e florestais. Possui ainda um orquidário para visitação, produção e permuta de orquídeas e um meliponário de abelhas nativas. Mesmo com esses atrativos, o JBR é pouco conhecido pela população, por causa da inexistência de campanhas promocionais. O público que visita o Jardim Botânico é formado basicamente por estudantes das escolas do Recife (públicas e privadas) e, durante os finais de semana, por famílias.

Coleção de orquídeas do Jardim Botânico do Recife.

Alguns espécimes do Jardim Botânico do Recife




A seguir uma contribuição para os estudiosos e apreciadores das orquídeas.
Classificação
A classificação das orquidáceas é um ponto importantíssimo e fundamental, não só do ponto de vista dos estudos, mas também para seu cultivo. É através da classificação que seu modo de cultivo é determinado.
As plantas foram classificadas em famílias, diferenciadas umas das outras pela estrutura de suas flores, hastes, folhas e raízes. Cada família é dividida em tribos e posteriormente em gêneros. De acordo com a classificação de Rudolf Schlechter, a família das orquidáceas é classificada em 85 grandes grupos (tribos), mais de 2500 gêneros e aproximadamente 35 mil espécies. As orquídeas são relacionadas em grupos de acordo com características vegetativas. Dentro das espécies encontram-se plantas parecidas, variando apenas as flores em tamanho e cores.
As orquídeas são classificadas na divisão Spermatophyta, subdivisão Angiospermae, classe Monocotyledonae, ordem Microspermae (Gynandrae) e família Orchidaceae. A família é uma das maiores plantas floríferas, englobando quase um sétimo das existentes no planeta. É composta por cerca de mil gêneros e vinte mil espécies. O maior número de espécies ocorre nas regiões subtropicais, predominando as formas epífitas e rupícolas, enquanto as formas terrestres são mais comuns fora dos trópicos. Há diversidade no tamanho, desde aquelas com as dimensões de uma cabeça de alfinete (microorquídeas) até plantas com caules de 5 ou 6m de comprimento. Muitas pessoas acreditem que as orquídeas são parasitas, no entanto elas apenas usam o hospedeiro para fixar suas raízes.
A 1ª subfamília, as Diandrae, compreende as espécies com duas anteras férteis e é composta por duas tribos: as Cipripediloideae e as Apostasioideae. Congregam orquídeas sem caule e com flores cujos labelos têm a forma de "sapatinhos".
A 2ª subfamília, as Monandeae, é formada por espécies com apenas uma antera fértil. É muito mais extensa e compreende todas as outras orquídeas. São tantas, que se desdobram em divisões, tribos, subtribos, séries, subséries e seções.
Divisão 1:
Basitonae- reúne as espécies com antera persistente e coluna curta, formando a tribo Ophrydoidae, que por sua vez divide-se em 8 subtribos de plantas terrestres, com raízes tuberculosas e que perdem as folhas na época do repouso do inverno. São elas: Androcorydeae, Disiae, Dispepideae, Habenarieae, Huttoneeae, Plantanthereae, Porolabieae e Satyrieae.

Divisão 2:
Acrotonae- tem como característica principal a antera caduca, ou seja, as políneas, ao serem removidas, desprendem também a cápsula na qual está alojada. Essa divisão é reagrupada em duas tribos: as Polychondreae e Kerosphaereae. Essa última tribo também divide-se em duas séries e congrega a maioria das plantas cultivadas para fins ornamentais.

Nomenclatura
As plantas são classificadas por um nome genérico e outro restritivo específico. Assim, o primeiro nome da planta refere-se ao gênero a que pertence e o segundo à espécie. Algumas plantas podem receber um terceiro nome para indicar a variedade referente à cor, tamanho, forma, ou modo de desenvolvimento.


Lista Das Espécies De Pernambuco
  • Amblostoma armeniaca (sin/syn Epidendrum armeniacum) tridactylum (sin/syn Amblostoma cernua)
  • Anacheilium alagoensis (sin/syn Epidendrum ou/or Encyclia alagoense), fragrans (sin/syn Epidendrum ou/or Encyclia fragrans), glamaceum (sin/syn Encyclia glumacea ou/or Epidendrum glumaceum), vespum (sin/syn Epidendrum vespum ou/or Encyclia vespa)
  • Aspidogyne bidentifera (sin/syn Erythrodes bidentifera), foliosa (sin/syn Erythrodes aratanhensis), kuczynskii (sin/syn Erythrodes kuczynskii)
  • Beadlea bicolor (sin/syn Cyclopogon bicolor), elegans (sin/syn Cyclopogon elegans)
  • Brassavola tuberculata
  • Brassocattleya - Híbridos Naturais/Natural Hybrids
  • B. tuberculata X C. granulosa
  • Bulbophyllum sanderianum
  • Capanemia thereziae
  • Campylocentrum crassirhizum, fasciola, iglesiasii, lansbergii, linearifolium, micranthum, ornithorrhynchum, pauloense, pernambucense, pernambucense, sullivanii
  • Catasetum appendiculatum, barbatum, barbatum fma albina, blackii, ciliatum, cristatum, discolor, hookeri, hookeri var. labiatum, macrocarpum, purum, reichenbachianum, uncatum
  • Cattleya elongata, granulosa, guttata, labiata, leopoldii var. pernambucansis
  • Cattleya - Híbridos Naturais/Natural Hybrids X le czar (C. granulosa x C. labiata) (Sin/Syn C. X imperator) X victoria-regina (C. labiata X C. leopoldii var. pernambucense)
  • Chaubardia surinaemensis
  • Comparettia coccinea
  • Coryanthes speciosa
  • Cyclopogon candidus (sin/syn Hapalorchis rhombiglossae ou/or Hapalorchis candidus)
  • Cyrtopodium aliciae, andersonii, gigas, paranaense
  • Diadenium barkeri
  • Dichaea panamensis
  • Dimeranda emarginata
  • Dipteranthus duchii
  • Disciphus scopulariae
  • Elleanthus brasiliensis, linifolius
  • Eltroplectris calcarata
  • Encyclia dichroma, euosma, longifolia, odoratissima (Lindl), oncidioides, oncidioides fma roseo-alba, osmantha, pygmaea (sin/syn Hormidium tripterum), randii, tripartita
  • Epidendrum ansiferum, cinnabarinum, compressum, crassifolium, difforme, denticulatum, elongatum, fulgens, imatophyllum, latilabre, latifolium, nocturnum, ochrochlorum, paniculatum (sin/syn densiflorum), pernambucense, ramosum, rigidum, saxatile, secundum, schomburgkii, spruceanum, strobeliferum, vesicatum, xanthinum
  • Epistephium lucidum
  • Eulophia alta
  • Eurostyles cotyledon
  • Gomesa barkeri, recurva
  • Gongora aropurpurea, bufonia, nigrita, quinquenervis
  • Habenaria cryptophila, glaucophylla, goyazensis, hexaptera, liguliglossa, matogrossensis, petalodes, pickelii, polycarpa, pratensis, schenckii, trifida
  • Hexadesmia cearensis, sessilis
  • Ionopsis satyrioides, utricularioides
  • Isochilus linearis
  • Jacquiniella globosa, teretifolia
  • Lanium avicula, berkeleyi
  • Leochilus labiatus
  • Leptanthopsis floripecten
  • Liparis nervosa
  • Lockhartia goyazensis, lunifera
  • Lygyophila rosea
  • Masdevallia infracta, infracta fma atropurpures, gomesii-ferreirae
  • Maxillaria amazonica, camaridii, ferdinandiana, jenischiana, leucaimata, minuta, notyliglossa, ochroleuca, pendens, rufescens, villosa
  • Mesadenella esmeraldae
  • Miltonia flavescens, spectabilis
  • Notylia barkeri, hemitricha, longispicata, lyrata, microchila, rosea
  • Octomeria deltoglossa, helvola, linearifolia, oxichela
  • Oeceoclades maculata (sin/syn Eulophidium maculatum)
  • Oncidium barbatum, blanchetii, cebolleta, cebolleta fma alvina, croesus, flexuosum, gravesianum, lanceanum, phymatochilum, raniferum
  • Ornithidium parviflorum
  • Phragmipedium sargentianum
  • Phymatidium delicatum
  • Physosiphon spiralis
  • Pleurothallis barbullata, exarticulata, gomesii-ferreirae, lingua, minima (sin/syn marginata), ochreata, paranaensis, peduncularis, pernambucensis, pruinosa, quartzicola, rubens, rudolfii, ruscifolia, saudersiana, sclerophylla, sphaeroglossa, trifida, uniflora
  • Pogoniopsis schenckii
  • Polystachya concreta, estrellensis, foliosa
  • Prescottia epiphyta, microrhiza, plantaginea, stachyodes
  • Psygmorchis pusilla (sin/syn Oncidium pusillum ou/or Tolumnia pusilla)
  • Reichenbachantus emarginatus
  • Rodriguezia bahiensis, bracteata, leeana, pubescens
  • Sanderella discolor
  • Sarcoglottis acaulis, grandiflora, schwackei
  • Scaphyglottis cuneata, sicikii, violacea
  • Schomburgkia crispa (ou/or gloriosa)
  • Schomburgkia crispa (ou/or gloriosa) fma albina
  • Schomburgkia crispa (ou/or gloriosa) fma atroviolacea
  • Sobralia liliastrum
  • Sophronitis cernua
  • Stanhopea lietzei
  • Stelis aprica, filiformis, loefgrenii, megantha, papaquerensis
  • Stenorrhynchus lanceolatus
  • Tetragamestus modestus
  • Trichocentrum cornucopiae, fuscum, tenuiflorum
  • Trichopilia santos-limae
  • Trigonidium acuminatum, latifolium, tenue
  • Vanilla bahiana, chamissonis, denticulata, gardneri, palmarum, pompona, schwackeana
  • Xylobium colleyi
  • Zygosepalum ballii
  • Zygostates dazyrhisa, kuhlmanni
  • Warmingia eugenii
  • Wullschlaegelia aphylla
Fonte: http://www.recife.pe.gov.br/meioambiente/jb_orquidario.php