sexta-feira, 15 de abril de 2011

A Busca do Maravilhoso



Maravilhoso é o momento presente. Maravilhoso é a presença, a integração dos centros. Está ao nosso redor, como a água para os peixes, mas somos cegos.

O trabalho sobre si busca retirar essa película que cobre nossos olhos, nossa percepção, e nos tinge de negatividade não contrabalançada.


Muitos encontram o maravilhoso, ao menos por lampejos, mas não o reconhecem.

É preciso coragem para reconhecê-lo. Pois nos sentimos seguros com a negatividade conhecida e a maioria de nós não quer trocá-la por nada - puro hábito.

É preciso esforço e persistência para integrá-lo a si, pois sendo uma energia muito fina (H 24, H12, H6, na terceira oitava), é extremamente volátil, e basta uma pequena escorregada no automatismo, na imaginação (Mundos 48, 96), que ele se esvai.


Disse Jesus: "Orai e vigiai". "O Reino dos Céus está dentro de nós".

A energia do maravilhoso existe em nós, originalmente, em muito pequena proporção, no entanto ela é necessária para a felicidade.

Felicidade é matéria dos centros superiores, e só com ouro se faz ouro. É preciso economizá-la e não deixar que seja roubada pelas emoções negativas, as quimeras.


Não foi por acaso que Ouspensky deu a seu famoso livro o nome de "Em busca do milagroso" (título original de "Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido", que em português é usado como subtítulo).
O milagroso e o maravilhoso são o mesmo. Apenas não o buscamos diretamente; ele é o resultado, a prova, o corpo da busca

Nathan Bernier, em "O Trabalho Interior", Editora Gilgamesh.