quinta-feira, 14 de abril de 2011

Uma boa notícia: 77 municípios do Pará aderem a pacto pela redução no desmatamento

 


O sucesso de Paragominas, no Pará, em reverter a escalada de desmatamento e começar a criar uma economia mais sustentável está inspirando o resto do estado. Paragominas foi pioneiro em um programa chamado Município Verde, em parceria com o governo do estado e ONGs. O município, um dos maiores do país, era campeão de desmatamento e estava na lista negra do Ministério do Meio Ambiente, que limitava o acesso ao crédito dos produtores de lá. Mas os produtores rurais, entre madeireiros e pecuaristas, fizeram um pacto para regularizar as propriedades, recuperar áreas degradadas, interromper a expansão ilegal da área de pastagem e fazer o cadastro da fazenda. 

Nos últimos anos, o programa deu resultado e realmente reduziu o desmatamento. Também abriu novas perspectivas de um desenvolvimento mais sustentável, com geração de riquezas e empregos a longo prazo, no munícipio.

Agora o governo do Pará e outros municípios do estado estão tentando replicar o trabalho de Paragominas. Segundo Adalberto Veríssimo, do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), 77 municípios já aderiram à expansão do programa. O Imazon faz parte do grupo de organizações que está executando o projeto. Esses novos municípios, somados, representam cerca de 70% da área do estado do Pará. Sua área total é equivalente a três vezes o estado de São Paulo. Interromper o desmatamento ilegal nessa região seria um passo vital para o país. 

O Imazon lançou até uma espécie de guia para os municípios e produtores interessados. Um passo chave do programa é a realização de pactos locais com os próprios produtores rurais. Algumas lideranças entre esses empresários têm interesse em combater o desmatamento ilegal. A manutenção da corrida pela expansão da pecuária em cima de áreas abertas irregularmente tem efeitos negativos para os produtores.

Eles perdem acesso a crédito e também deixam de vender para grandes frigoríficos e varejistas, que começam a restringir a compra de municípios na lista negra do desmatamento.

Autor: Alexandre Mansur

Tornar-se como as criancinhas


Nosso desenvolvimento assemelha-se ao de uma borboleta. Devemos 'morrer' e 'renascer', como o ovo morre e se torna lagarta, a lagarta morre e se torna crisálida, a crisálida morre para que, por seu turno, nasça a borboleta.

"É um processo longo e a borboleta só vive um dia ou dois. Mas cumpre-se o desígnio cósmico. Com o homem passa-se o mesmo. Precisamos destruir nossos amortecedores. As crianças não os têm, por isso é que devemos nos tornar como as criancinhas ."

(Prieuré, 2 de junho de 1922)

Gurdjieff, em «Gurdjieff Fala a seus Alunos", Editora Pensamento, p.46.