segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O ESTADO DE FELICIDADE


Imagem Google


O estado de felicidade está associado ao fluir, ou seja: estado de equilíbrio entre o indivíduo, a vida e todos os seus afazeres. Para atingir este estado de "fluir" devem ser observados oito princípios norteadores desta experiência:

1. Clareza de objetivos: o que quero realizar?
2. Retornos imediatos: Este ato pode me aproximar dos meus objetivos ou não?
3. Combinar desafios da atividade com talentos da pessoa:  o que tem que ser feito está em equilíbrio com o que eu posso fazer?

4. Foco: minha atenção converge ou dispersa durante esta atividade?
5. Estar aqui/agora: consigo me desconectar dos problemas do cotidiano, do apego ao passado e da ansiedade frente ao futuro para estar inteiro nesta atividade?

6. Sentir o controle da vida: Sinto-me constantemente aprendendo, crescendo, enfim, desenvolvendo todo o meu potencial?
7. Transcender a si mesmo: Sinto-me parte integrante de um todo harmonioso ou me sinto vulnerável e preocupado em demasia com o que as pessoas pensam de mim?

8. Transcendendo o tempo: Sinto prazer com o que faço a ponto de perder a noção do tempo?

Felicidade: Estado permanente de mudança.
Dificuldade: Cristalização e apego aos momentos fugidios experienciados.

Autor: Mihaly Csikszentmihalyi

SE...

O professor Hermógenes e sua trajetória de vida
Foto: Albrecht Gerlach

Se, ao final desta existência,
alguma ansiedade me restar
e conseguir me perturbar;
se eu me debater aflito
no conflito, na discórdia…

Se ainda ocultar verdades
para ocultar-me,
para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…


Se restar abatimento e revolta
pelo que não consegui
possuir, fazer, dizer e mesmo ser…

Se eu retiver um pouco mais
do pouco que é necessário
e persistir indiferente ao grande pranto do mundo…

Se algum ressentimento,
algum ferimento
impedir-me do imenso alí­vio
que é o irrestritamente perdoar,
e, mais ainda,
se ainda não souber sinceramente orar
por quem me agrediu e injustiçou…

Se continuar a mediocremente
denunciar o cisco no olho do outro
sem conseguir vencer a treva e a trave
em meu próprio…

Se seguir protestando
reclamando, contestando,
exigindo que o mundo mude
sem qualquer esforço para mudar eu…

Se, indigente da incondicional alegria interior,
em queixas, ais, e lamúrias,
persistir a buscar consolo, conforto, simpatia
para a minha ainda imperiosa angústia…

Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medí­ocres que o mundo vende…

Se insistir ainda que o mundo silencie
para que possa embeber-me de silêncio,
sem saber realizá-lo em mim…

Se minha fortaleza e segurança
São ainda construí­das com os materiais
grosseiros e frágeis
que o mundo empresta,
e eu neles ainda acredito…
apagar

Se, imprudente e cegamente,
continuar desejando
adquirir,
multiplicar,
e reter
valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
na ânsia de ser feliz…

Se, ainda presa do grande embuste,
insistir e persistir iludido
com a importância que me dou…

Se, ao fim de meus dias,
continuar
sem escutar, sem entender, sem atender,
sem realizar o Cristo, que,
dentro de mim,
Eu sou,
terei me perdido na multidão abortada
dos perdulários dos divinos talentos,
os talentos que a Vida
a todos confia,
e serei um fraco a mais,
um traidor da própria vida,
da Vida que investe em mim,
que de mim espera
e que se vê frustrada
diante de meu fim.

Se tudo isto acontecer
terei parasitado a vida
e inutilmente ocupado
o tempo
e o espaço
de Deus.
Terei meramente sido vencido
pelo fim,
sem ter atingido a Meta.


\\\\Por José Hermógenes