segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Um pouco de romantismo ,,,,,,



Soneto II
O amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que doi e não se sente 
É um contentamento descontente
É dor que destatina sem doer
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor

Luís de Camões